2 de dez. de 2008

Mais um pouco sobre música...



Bem moçada, ainda em clima de saudosismo, queria falar sobre música e pq eu não suporto (peguei pesado) a música evangélica (gospel, ministerial, profética, extravagante) atual. Bem vou tentar fazer um palarelo entre minha vida e o momento musical do momento. Nasci em 1985, bem na época das diretas já, no auge do rock nacional, após tropicália, bossa nova, isso no âmbito "secular". No meio evangélico tinhamos os 15 ou 20 anos dos movimentos de mudança da música cristã iniciados pelo Vencedores por Cristo, tinhamos o nascimento da gospel records e a explosão do rock gospel com oficina, fruto, resgate, e do outro lado a consolidação do rebanhão.

Enfim, tinha música boa de todos os lados, as letras se destacavam pela crítica a sociedade e até mesmo a igreja, dogmas eram quebrados, imagine só um samba na igreja tradicional, ou um rock no meio pentecostal? A música evangélica tomava grande proporções, pessoas cantavam junto com oficina g3 (maiiiiiiiss mais que vencedores!!!) Catedral nos fazia pensar com suas letras poéticas e críticas, e Rebanhão nos fazia ir da adoração a risadas, com letras irreverentes, meu presente de 9 anos, foi um fita do Rebanhão (o príncipio) e Catedral (O sentido).

Não tinha inveja da música secular, pelo contrário, fazia questão de mostrar a todos a qualidade da música dos que louvavam a Deus, mas como disse antes, o mercado crescia, e com isso cresciam os olhos daqueles que sempre viram no evangelho fonte de renda, e outros assim como Judas, se venderam pelas 30 moedas de prata.

O mercado cresceu, as guitarras (que eram criticadas) chegaram a todos os estilos musicais, as letras começaram a agradar mais do que se fazia pensar, o louvor se tornou algo estranho, havia um certo misticismo (acho q é esse negócio de era de aquário, sempre achei estranho qd a Xuxa cantava isso), tudo mudou, os grupos de louvores deslancharam a fazer sucesso, mas um sucesso meio que imposto tipo o que diz naquela música do Titans (a melhor banda de todos os tempos da útima semana) toda semana surgia pelo menos quatro dessas, e como dava lucro, os pastores criavam enxurradas de ministérios que ganhavam membros através de seus grupos de louvor, copiamos tudo que vinha do estrangeiro, ao contrário do início qd nos voltamos ao nacional.

As letras ficam com a parte que mais foi destruída, se baseiam, em chuva, fogo, água, coração, (pela união dos seus poderes eu sou o capitão planeta), rimas medíocres, tocadas em melodias imúndas, por cantores que não são melhores que elas.

O louvor se tornou marca de igreja, as letras que mudavam cabeças, hoje alienam, criam zumbis que repetem frase de chuva, a geração de adoradores se tornou completamente pop, ou melhor pop-stars, enfim por tudo isso acho que chegamos ao fundo do poço, bem lembram quando eu disse q tinha orgulho de mostra a música evangélica? Hj da atual me envergonho, mas também graças a essa leva de grupos fracos, me voltei ao passado, conheci logos, Vpc, Elo, Janires, João Alexandre, Jorge Camargo entre outros, e assim como Elias, vi que ainda existe muitos que não se curvaram a Baal.

Amém,

Neno no Shekinah On Line

P.S.: Concordo em gênero, número e grau... Só eu tive um sentimento de nostalgia aqui?

3 comentários:

  1. É.. temo prisma, o tom de vida e os arautos do Rei tbém auhaa...
    Fora as banas cristãs seculares que fazem um ótimo trabalho, pena que não temos aqui.

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  2. Nostalgicamente NOSTALGICO!

    NOSTALGIA²

    rsrs

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  3. Nasci em 1980 e acompanhei a mudança historica e religiosa nas igrejas. Desde o louvor que a mocidade da época cantava, os Vencedores por Cristo até hoje.

    Quando se fica alheio a história, ao sentido das palavras, do que se canta, se prega, algo muito maior é perdido.

    Perde-se o cristianismo autêntico para viver o modismo, o momento...

    Li tb o post sobre adoração, e fiquei feliz de saber que não é só eu que penso dessa forma:

    Amar a Deus com todo coração mas também com ENTENDIMENTO.

    Depois escrevo mais....

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