16 de nov. de 2009

7 Dias Para Viver




O que você faria se tivesse apenas uma semana de vida?

Abordei quatro pessoas próximas com esta pergunta. A pergunta foi feita de súbito, fora de contexto. Indaguei do nada surpreendendo-as com uma questão pouco levantada em seus dias comuns.

Primeiro foi interessante observar as expressões de impacto: "Como assim?", "O quê?", "Hummnn..."

Acredito que a esmagadora maioria das pessoas não pensam muito nisso. Ninguém gosta de pensar no fim! Ninguém quer o fim. Todos queremos - e pensamos ter - mais tempo. Todos nós vivemos como se fôssemos imortais na verdade. No mínimo afastamos de nossos pensamentos a idéia de que enfim aquele dia chegará... o dia em que findará tudo o que conhecemos, tudo o que vemos, tudo o que experimentamos, tudo o que construímos e conquistamos.

Pense um pouco comigo. O que dá valor às coisas? O que é valor? O que é importante? O que vale a pena? Onde está nosso tesouro? O que é nosso tesouro?

Creio que você como eu acordamos todos os dias e temos como meta ganhar dinheiro para viver, certo? Ou será que temos vivido para ganhar dinheiro? Pare para pensar um instante... onde você deposita seus valores? Ao que você confere valor?

Todo mês quando recebo meu merecido "dinheirinho", que logo tem seu destino certo, fico a pensar: "Puxa vida! Esse papelzinho filho da p&t@ é razão de boa parte da minha rotina! É razão de boa parte de minhas preocupações. Por causa desse papelzinho morrem pessoas... PESSOAS, caramba! Papelzinho... pessoas... Algo está errado aqui..."

O quê? Pegamos uma papel impresso e lhe conferimos valor? Não consigo entender o fênomeno de valorizar alguma coisa sem comparação. Algo tem valor diante de outra coisa que não o tem. O valor é praticamente simbólico, abstrato. O valor das coisas brota de dentro de nós...

Famílias estão passando fome porque não têm alguns papéizinhos "com valor"? Crianças estão sem perspectivas de futuro por causa de papéizinhos atribuídos de "valor"? Isso não soa nem um pouco justo. Aliás, é isso que é o Capitalismo, certo? Lucro inconsequente. Lucro injusto. Lucro, lucro e lucro...

Mas, valor é algo que só tem sentido se comparado com outra coisa sem valor! E para isso ser determinado precisamos de perspectivas. O mundo gira como se não fosse findar nunca. Lucrar é a ordem. Vencer é o objetivo. Acumular é o princípio.

Mas, o que acontece quando você só tem sete dias para viver? Suas perspectivas mudam radicalmente. Suas prioridades alteram-se como nunca seriam se não lhe restasse tão pouco tempo. Resumindo, seus valores tornam-se outros. Melhor dizendo, as coisas que realmente têm valor emergem nessa perspectiva de reta final.

O trabalho árduo, frenético e quase incessante perde o sentido. Se este perde o sentido, o dinheiro então torna-se loucura! O poder, a ganância e o orgulho tendem a perder campo. O que realmente importa na vida torna-se mais claro quando nossos dias são abreviados.

Ninguém quer gastar seus últimos sete dias de vida trabalhando, ganhando dinheiro, exercendo poder, vingando, magoando, maltratando, brigando, acumulando bens, retendo tesouros, negligenciando o outro necessitado, e tantas outras coisas que são comuns enquanto vivemos "imortais".

As respostas que tive me levaram a perceber que realmente vivemos e damos valor às coisas que na verdade não teriam valor algum para nós numa perspectiva de morte iminente. O que por conclusão temos que, de fato, não são coisas que deveríamos atribuir valor.

E nos últimos sete dias de vida o que realmente importa é estar com as pessoas que você ama. É estar com as pessoas que te amam também. É correr atrás de fazer feliz e se preocupar menos com que te façam feliz. Na última semana de vida o que realmente tem valor são PESSOAS... essas coisas que geralmente não damos valor durante toda uma vida pensando que somos "imortais".

Deus deve achar ridículo quando damos valor a "papéizinhos" e não às pessoas quando estas são na verdade as únicas coisas que importam quando paramos para pensar...


Texto que escrevi para o Blog dos 30! Todo dia 16 um "textículo" meu por lá =)

11 de nov. de 2009

Antes Na Igreja e Depois de Fora da Igreja




Acho que posso contar minha história dividindo-a em ANI e DFI. Calma, vou explicar: Antes Na Igreja e Depois de Fora da Igreja. Os leitores que já conhecem esse espaço e como me refiro aos termos me perdoem, mas muita gente ainda cai de súbito por aqui e entenderá mal minha colocação. De maneira que vou explicar só um pouquinho mais!

Quando divido minha vida em Antes Na Igreja, digo dos meus tempos como membro de denominações; meus tempos como "ministro de louvor", como professor de Escola Bíblica Dominical, como "adorador extravagante", como "separado do mundo" - acabo de ter um insight para um próximo texto -, como "evangélico", como "gospel", e por aí vai um tanto de classificações e nomes sem tanto... vocês conhecem!

Antes Na Igreja eu fazia parte desse bem elaborado Sistema religioso do qual grande parte das pessoas estão inseridas; esse Sistema abrange várias confissões: Cristianismo, Catolicismo, Protestantismo, Evangelicalismo, Judaísmo, Espiritísmo, Hinduísmo, Budismo, Ateísmo (considero um sistema (a)religioso), etc., etc. e etc. De uma forma ou de outra as pessoas, mesmo não engajadas, são influenciadas e moldadas por esses "ísmos".

Antes que me pergunte o que tem de errado em fazer parte do Sistema, digo que a princípio nada. Todos estamos presos a algum tipo de Sistema. O problema é quando você se torna a bateria para que esse Sistema funcione. E assim, ele vai te sugando, e sugando toda sua energia a fim de fincar existência, ganhar poder, riqueza e expansão. Quando você deixa de ser uma "pessoa" que é servida pelo Sistema para servir ao Sistema, algo está muito errado.

E não se engane, alguém estará lucrando por trás do Sistema. Sempre haverá alguém lucrando...

Depois de Fora da Igreja eu experimento uma leveza na alma indescritível. Aprendi a me relacionar melhor com pessoas. E aprendi a julgar menos o caráter religioso das mesmas. Claro, que isso não é fácil! Vez ou outra a gente se pega definindo uma pessoa pela crença e a partir daí construimos algumas barreiras. Mas, a experiência tem me ensinado que quando não construo essas barreiras, encontro mesmo naquelas cujo a crença não compactuo de forma alguma, algo pra aprender. Encontro alguém com quem trocar idéias e na medida do possível suscitar diálogos edificantes. No mínimo ser gentil e educado!

Hoje sinto que minha energia não é gasta com o lucro dos vendilhões da fé. Minha consciência não é cativa de dogmas e doutrinas corrompidas em si mesmas. Hoje sou livre para ir e vir e fazer o que bem entender sem me sentir preocupado com o pastor.

Hoje aprendi a usar a liberdade que Cristo conquistou pra mim. E uso essa liberdade não como pretexto para libertinagem como virão alguns a pensar. Só porque não frequento uma denominação e não tenho meu nome constando no rol de membros de alguma instituição religiosa, não quer dizer que sou um "mundano" como dirão os desavisados.

Não, muito pelo contrário! Não vivo pela Lei, vivo pela Graça e isso me basta sobremodo.

Não quero que pensem que julgo ou condeno quem faz parte de uma denominação, ou de uma igreja institucionalizada. Por favor, não! Entendo que cada um tem que estar onde precisa estar. Cada um tem seu ritmo, seu jeito de aprender, de viver e de apreender a espiritualidade. Não sou melhor que nenhum destes só porque experimento um "ser igreja" diferente, natural e com pouquíssimos ajuntados. Muito pelo contrário, sou pior.

Apenas sei de uma coisa. Assim como não dá para voltar nos tempos A.C. também não dá para voltar nos tempos ANI.

P.S.: O Marcos Siqueira sugeriu com bastante propriedade a troca das siglas ANI/DFI por AD/DD (Antes na Denominação e Depois da Denominação)! Para quem achar melhor para entendimento... =)

3 de nov. de 2009

Igreja, da mesma que a sua



Lindões e lindonas, alegria sempre!

Agora a pouco estava a estudar e escrever, quando me lembrei de duas coisas: avisar a turma sobre o programa Sempre Feliz da TV Rede Super que me recebe amanhã[segunda-feira 19] a partir das 9h:40 e , também, compartilhar um breve pensamento sobre a Igreja. O  lembrete está dado, vamos ao pensamento.
A Igreja parece ser, durante boa parte da nossa caminhada,tão inofensiva que não conseguimos vê-la. Outra vez, ao olharmos demoradamente, percebemos que a Igreja é tão grande e exuberante que não cabe em nenhuma instituição aparente.

A Igreja é maior do que qualquer organização física, seja católica ou evangélica, seja copta ou grega. Tão grande que transborda às tentativas de representação que essas denominações nos descrevem. Ao mesmo tempo ela é tão simples e pequena que muitas vezes passa desapercebida pelo sujeito distraído que em algum momento pergunta: onde ela está!?

Além dessa pergunta -  principalmente irmãos de alguma denominação – fazem outra: de qual igreja você é?!

Pensando a Igreja conforme acima exposto em paradoxo, como responder essa pergunta utilizando os meios formatados do denominacionalísmo? Normalmente, em resposta ao “de qual igreja você é” respondo, em amor: “da mesma que a sua!” Pois Igreja só existe uma, que é rica, grande, transbordante como ao mesmo tempo também é miúda, discreta, invisível!
Vamos por aqui. A beleza é mais inteira….

Abraço demorado.

Marcos Almeida, do Palavrantiga

1 de nov. de 2009

Meu pedido de casamento



Acontece que cresci e não acredito mais em contos de fadas! Pelo menos não deveria...

Percebi que se elas não forem de verdade talvez também não existam princesas.

Nós crescemos e o mundo não nos deixa viver fantasias. Qualquer um que assim tente viver é tido como um louco varrido, insano.

Contudo, ponderei, não é possível que tudo seja tão vazio e sem vida assim, sem cor... sem mágica! Sem Graça!

Onde estão os príncipes encantados? Onde estão as belas e puras donzelas? O que aconteceu com os castelos onde viviam felizes para sempre? Onde está aquele amor embalado de música e suspiros? O que aconteceu com os apaixonados? Onde estão aqueles que caminham nas nuvens, os românticos?! O que houve com as lindas histórias de amor?

Não, não é esse mundo que quero pra mim! Quero acreditar que o amor existe, mesmo quando tudo a minha volta diz o contrário. Quero acreditar que existe música dentro de mim, mesmo que o barulho a minha volta me impeça de ouvir. Quero crer de todo o meu coração que ainda é possível viver aventuras e perigos por quem se ama.

Preciso repensar a existência de fadas encantadas porque encontrei uma Princesa de verdade. Conheci uma linda Princesa que, antes, para mim só habitava a imaginação. E se existe uma Princesa de verdade, talvez eu possa ser o seu Príncipe, ou um sapo que seja... se não for com um beijo que eu me transforme num Príncipe encantado, talvez com mil, quem sabe?! Talvez a Princesa seja nobre o suficiente e continue tentando, e tentando, e tentando...

Quero dizer, Princesa, que eu acredito em você! Acredito que é realmente encantada! Porque quando estou com você sinto a mágica! Quando te coloco nos braços sinto que nada mais importa. Sinto que nossa fantasia existe! Sinto que quero passar o resto da minha vida ao seu lado.

Os outros podem não acreditar em contos de fadas, mas nós podemos fazer do nosso romance algo mágico. Podemos espalhar flores no nosso caminho. Podemos vencer os espinhos. Quem disse que não podemos viver uma linda história de amor?

Quero viver do seu lado as mais diversas aventuras. Quero ser seu herói. Quero ser aquele com quem você poderá contar no final do dia. Quero ser o seu confidente, quero guardar seus segredos, e proteger seus sentimentos. Posso não ter um cavalo branco para vir ao teu encontro, mas tenha certeza que sempre irei o mais rápido que puder para te socorrer. Quero te fazer feliz!

Não posso te prometer uma vida isenta de problemas. Penso que se existem princesas como você com toda certeza existem bruxas, caçadores maus, lobos ferozes, maçãs envenenadas e dragões terríveis. Mas, é disso que estou falando. Que linda história de amor não é repleta dessas coisas? Quero vencer junto com você todos os desafios. Superar nossos medos e conquistar juntos nossos sonhos.

Quero escrever junto com você a nossa história de amor. Quero ser o seu Príncipe encantado, seu amigo, seu amorzinho, seu cúmplice, seu protetor... seu amado fiel. Quero construir com você o nosso Castelo de sonho, nosso Lar, nossa Família... e viver nosso “felizes para sempre” todos os dias!

Princesa Fernanda, em nome do amor que lhe devoto é que pergunto: casa comigo?


P.S.: Ela disse sim! =)