30 de mai. de 2009

Perdão, meu Deus


Perdão meu Deus! Pelas vezes que fui ao culto buscar bênçãos de ti. A religião nunca me ensinou o real poder da cruz e da ressurreição, muito menos a versão “evangélica” (do evangelho) de culto, que enuncia ser o culto um ambiente comunitário de total louvor ao nome bendito de Jesus Cristo, a quem devemos a vida. Enganado, fiz do culto em Cristo um ambiente pagão, pratiquei de maneira insana a filosofia do “toma lá, da cá”, usei de barganhas, clamei pela sua mão e me esqueci da tua maior obra: a redenção.

Perdão meu Deus! Pelos dias que me desgastei preocupado com as minhas coisas, esquecendo-me de buscar o seu reino e a sua justiça. É muito difícil entender a graça, a segurança e o consolo que seu Filho nos prometeu; estas, não são palavras de fácil compreensão para quem foi, por muito tempo, prosélito de quem se julga detentor absoluto da verdade.

Perdão meu Deus! Pelas músicas que cantei, pelo: “restitui! Eu quero de volta o que é meu!” E tantas outras imbecilidades entoadas por mim. Como prosélito de néscios travestidos de sacerdotes, adotei a filosofia que dicotomiza música evangélica e música “do mundo” e acabei coando o mosquito e engolindo camelos. Por um desvio teológico o movimento evangélico tem cantado mentiras absurdas em nome de Deus, saciando o ego humano e a fome de injustiça de Satanás, enquanto as músicas populares, com poesias brilhantes, louvam a Deus, bendizendo a vida.

Perdão meu Deus! Por ter idolatrado a Bíblia por tanto tempo, fazendo dela o livro dos livros, mas esquecendo-me de vivenciá-la. Pelas vezes que fiz dela um livro de necromancia evangélica, tirando dela seu objetivo único de revelar Deus ao homem e o homem ao homem de maneira escrita pelos seus servos e inspirada pelo seu Espírito. Pelas vezes que a li só por ler, sem a pretensão de entendê-la, mas com o fim de decorar versículos para cuspi-los nos rostos daqueles que não fazem parte da tua igreja bendita.

Perdão meu Deus! Pelas vezes que deixei de desfrutar a vida em nome de uma santidade vulgar, imbecil e não-bíblica. Por obstruir a vida em favor de questiúnculas de seres humanos que se preocupam em manipular o outro e a divindade, em favor dos “bons costumes”.

Meu Deus, arrependido e disposto a reviver, ante as novas oportunidades que só o Senhor concede aos que o buscam com um espírito contrito e um coração arrependido, confesso-lhe me sentir um estranho em meio a tanta ignorância entre aqueles se dizem teus filhos.


Por Jesus Cristo,

Will no excelente blog Celebrai!

Aproveito e faço das palavras do Will as minhas e também peço: perdão, meu Deus!

29 de mai. de 2009

Quadrilhas religiosas


Por Werton Freire

Mãos ao alto! Não quero ver ninguém calado. Olhinhos fechados, carinha de choro; Bíblia numa mão, carteira na outra. Isso é um culto, meu irmão! Pegue a notinha mais alta que você tiver e ponha dentro da sacolinha. Depois vire-se sutilmente para o individuo ao seu lado e diga a ele que há um pote de ouro no fim do arco-íris. Que ele será mais forte que o Super-homem. Mais rico que o rei Salomão e mais poderoso que o Barak Obama!

Agora bem alto que é para o inimigo ouvir. Repita comigo: compre batom. – perdão! Diga! Eu sou mais que vencedor! Eu sou muito mais que vencedor. deus vai me colocar por cabeça e não por cauda. Isso é meu, a casa do vizinho é minha; o carro o emprego também. Tô pagaando! - Mais alto, que é para o Satanás ouvi e cair da cama . Eu sou filho do rei. Tudo é meu!- ai, ai, ai, que saudades do Tim Tones!

E olha aê;
olha aê! Têm sabonete ungido, pra mamãe e pro papai. Rosa mais milagreira que Santo Antônio amarado de cabeça para baixo. Quem vai querer? Olha aê, olha aê. Vai passado a sacolinha de novo, olha aê! Tem oração forte que só leite de jumenta, baratinha na promoção. Pague uma e leve duas. Desamarra até nó cego. "Y la garantia soy Yô"! Olha aé, olha aê! Também tem óleo mais cheiroso que filho de barbeiro, capaz de fritar até pecado oculto. Vamos colocando o real na sacolinha. Que é para comprar um terreninho, nossa Canaã meu irmão. Ajudar na construção do templo. Pagar a rádio no fim do mês. – tem fé não é? Lembre-se que você está nos ajudando a dominar o mundo.

Não se mexa meu irmão! Porque ainda tem mais, vem aí um pregador mais poderoso que reza de benzedeira, que promete prodígios e maravilhas de deixar Hercules no chinelo.- há quem diga que ele cura mais que pomada de banha de cobra. Cura dores ciáticas, dores reumaticas, males de pele, nevrites ou artrozes, equizemas secos ou úmidos, feridas dificeis de sarar, caroços e se lhe passar a mão sara mais do que gelol.

E antes de sair não se esqueça de dar uma passadinha em nossa loja, logo aí na entrada. Tem CDs; DVDs, de entrevista com o demo. Feijões mágicos, pipoca, algodão doce e muito mais. – O que?Acabou o seu dinheiro? Pare de sofrer! Aceitamos cheques pré-datados, cartões de créditos e ainda dividimos sua oferta em dez vezes sem juros! Agora vá embora devagarzinho, não olhe para trás. E volte sempre!


Fonte: Ultimato, Via: Assembleianos Reformados [via Púlpito Cristão]

Isso é o que chamo de assalto à mão armada (de Bíblia). Esses aí levaram a sério o fato de que a Bíblia é uma arma.

28 de mai. de 2009

Alguém acha que Jesus não sabia?


Uma das afirmações mais fortes e realistas de Jesus acerca do sucesso do Evangelho na Terra, digo “sucesso” mensurável por categorias visíveis, foi a sua pergunta “Quando vier o Filho do Homem, porventura encontrará fé na Terra?

Ele manda que se pregue no mundo todo, a todas as nações, e que se dê testemunho do Seu amor pelos homens, enquanto no ato do viver/pregar, dizia Ele, os que fossem Seus mensageiros e discípulos, amar-se-iam uns aos outros, pois, somente assim o mundo creria...

Ao mesmo tempo Ele declara que quando o Filho do Homem voltasse... fé seria uma raridade no chão do planeta.

Ele manda pregar ao mundo, mas diz: “Se o mundo me odiou, odiará também a vocês”.

Ele ordena que se dê testemunho a todas as nações, mas não disse que as nações se converteriam...

Todavia, quando disse que somente o amor entre os discípulos é que seria o poder comprovador da eficácia do Evangelho, e, assim, seria o único poder com a força necessária para, como testemunho, curvar o mundo ante as evidencias de Seu poder manifesto como cura humana, pelo amor, entre os Seus discípulos... —, também disse que quando o Filho do Homem voltasse não encontraria fé na Terra.

Ora, com isto Ele dizia que se os discípulos se amassem o mundo teria uma chance; mas se não se amassem, nem o mundo, e menos ainda os discípulos, teriam qualquer chance; pois, para Jesus, Igreja sem amor não existe; é sino tocando como latão de má qualidade; é como blasfêmia cantada com cara contrita; é como homem e mulher fingindo que estão tendo prazer; é como o que tivemos: o Cristianismo com cara de poder romano ou terreno..., mas sem nada de Jesus.

Ora, Jesus sabia que assim ninguém creria..., pois, Ele mesmo não creria...

E se Jesus não crê em algo, quem mais genuinamente poderá dizer que sua fé naquela coisa seja real?

Jesus somente se convence ante a fé que atua pelo amor!

Ora, o que não for assim não convencerá a Ele; e como é Ele, pelo Seu Espírito, quem convence o mundo, tal anuncio do “evangelho” no qual Jesus não creia [posto que ainda que “certo” não seja fruto do amor], não convencendo primeiro a Ele, não convencerá ao mundo; pois, não tendo o testemunho Dele, não terá poder sobre o mundo.

Por isto somente me interessa pregar aquilo no que Jesus creia.

Creia em mim..., a partir da coerência da mensagem com o desejo sincero da vida em amor e em perdão para com todos, indiscriminadamente; e não somente isto, mas capaz de manifestar amor simples por todos os homens.

No entanto, esses serão sempre um pequenino rebanho... Pois, os discípulos não se amaram e não se amam, não crêem que sem amor nada aproveita, e insistem em pregar aquilo no que Jesus não crê..., que é um evangelho sem amor e misericórdia.

Por isto, o afã da “igreja” de pregar sem amar, é sua própria condenação, pois, pela falta de amor, a pregação se torna apenas uma barulheira dos infernos...

Assim é a profundidade do realismo de Jesus acerca do “sucesso” da Sua mensagem entregue à Igreja que virou “igreja”.

Enquanto isto, o "Legião Urbana" parece saber disso melhor do que a "igreja": http://www.youtube.com/watch?v=AKqLU7aMU7M

Nele, quem não levou susto com nada do que fizemos,

Caio Fábio [em seu site]

22 de mai. de 2009

Fugindo da Matrix

Toda a banda larga é inútil, se a mente for estreita – do Twitter do José Otávio – da minha coleção de frases.


Você às vezes não tem a sensação que o Brasil está totalmente em Matrix?



Que todo mundo está em um mundo paralelo (da novela ao futebol) com tubos nas nossas cabeças?



Que alguém está assistindo ao jogo enquanto tem uma galera ficando sempre com toda a arrecadação?



De que há um mundo colorido de um lado e algo preto e branco de outro?

Já até tive um blog que falava desse assunto no extinto Globoonliners.

Cheguei, depois de muito refletir, que Matrix não é um lugar, mas um estado de espírito.

E que é dentro de nossa cabeça que fazemos todas as ilusões do mundo.

(Vi isso ontem também naquele filme “Quem somos nós?”)

Não há um prisão fora, mas dentro de nós.



Engolimos ao mesmo tempo a chave, a cadeia, com tudo que tem dentro no processo longo de “Educação Social”.

E não conseguimos saber, aonde começa a grade e onde começamos nós.

Paulo Freire considera que o oprimido tem dentro de si o opressor.

E por isso é um trabalho de dentro para fora e não o contrário.

Há algo tatuado no fundo da nossa placa-mãe.



E achamos que estamos certíssimos, quando, na verdade, estamos repetindo o código de Matrix.

Gustavo Bernardo fala que somos cavalos das idéias dos outros.

De tróia? De bites? De Twitters?

É o trabalho perfeito.

Você repete o que o repetidor queria que você fizesse sem saber.

Automático.

Como no filme do Simonal, quando a platéia continua cantando “Meu Limão, meu limoeiro” e ele sai para tomar um cafézinho e volta, mas o povo continuou cantando.

Pior que ele desdém do pessoal, com um certo desprezo.

Tentar viver fora de Matrix não é fácil.

Mas, pelo menos, é interessante.

Concordas?

Fonte: Nepôsts - Rascunhos Compartilhados

[dica do Pr. Julio Soder via Twitter]

21 de mai. de 2009

O dinheiro evangélico

O dinheiro evangélico virou mandinga de crente, está para além das necessidades econômicas e se mistificou de tal forma na pós-modernidade que até culto em seu favor já existe. O dinheiro está no centro da vida religiosa ocidental, e assim como Aristóteles sentenciou que os homens são convencidos por considerações de seus interesses, o dinheiro não é apenas objeto de interesse dos pajés, mas é alvo constante dos fiéis convencidos ou não. Em suma, o dinheiro é o deus evangélico.

Contudo, pra não ficar em apenas um parágrafo, quero pensar um pouco mais com você a respeito deste assunto intrigante para a religiosidade cristã capitalista. A vida neste mundo de cá se resumiu na busca de um bom emprego para alcançar uma boa moradia e um bom carro. Os filhos, por exemplo, não são mais educados para o casamento, e sim, para o primeiro emprego. As faculdades estão lotadas de jovens que na sua maioria não serão éticos em sua profissão, pois estão simplesmente interessados na rentabilidade que o curso lhe proporcionará.

Esta mentalidade medíocre tem sido corroborada pelos espaços religiosos que eficazmente desafiam seus membros para lutarem e se esgoelarem em busca da prosperidade financeira. O que deveria ser um espaço de confronto e oposição a esta realidade vem se conformando e pecavelmente se amoldando à mesma realidade. Os templos da religião deveriam ser oportunidades de escape e refrigério num mundo que incansavelmente tem escravizado e desfigurado pessoas a viverem além da lógica da sobrevivência. É insano sacrificar o ser em detrimento do ter.

E o pior, se não bastasse toda essa bagunça desenfreada pelo ter, não se contentam em vender apenas suas consciências, mas vendem também o próprio Cristo. Humberto de Campos, talvez profano para muitos, em sagradas palavras bem disse que “Jesus está sendo criminosamente vendido no mundo, a grosso e a retalho, por todos os preços, em todos os padrões de ouro amoedado. E os novos negociadores do Cristo não se enforcam depois de vendê-lO.” É triste o fato de ter que aceitar a idéia de que tudo isso acontece debaixo dos nossos olhos e nada fazemos para mudar.

Se não houver uma mudança radical de valores e princípios para um viver consciente, certamente o mundo será pequeno para tanta ganância, e talvez, quando a última árvore tiver caído, o último rio secado, o último peixe pescado, vocês entenderão que o dinheiro não se come! Arrependei-vos, pois, o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Amém!

Ivan Cordeiro [via Solomon]

O evangelho do auto-engano


É com tristeza e grande pesar que afirmo que o evangelho mais consumido é o menos saudável.

Existe um evangelho que não visa promover o Reino de Deus muito menos a salvação da alma de quem pecar. Ele somente busca exaltar a si mesmo e resolver os problemas práticos desta vida temporal. Neste evangelho não há espaço para Deus e sua divindade, resta apenas um claro em aberto para ser ocupado pelo menino das entregas rápidas.

Tal evangelho é prejudicial a Igreja (Corpo de Cristo) e ao próprio Homem que dele se alimenta, pois transforma-o num ser humano frágil, incapaz trabalhar e de providenciar seu próprio sustento. Vive de mensagens calorosas e positivas!

Por diminuir o status de Deus a um simples garoto de entrega de pedidos, o qual deve atender no mais curto prazo de tempo, anula o temor e tremor, a reverência e a gratidão, o zelo e a correção.

Este evangelho, já há muito tempo perpetuado entre nós, cria cristãos nominais. Homens que buscam a benção e não o abençoador. Não anseiam e nem anelam em se aproximar do verdadeiro Deus. O que querem é identificar a linha divisória entre ser salvo e não sê-lo, para que estejam o mais próximo possível de suas vidas pré-“conversão”. Não almejam conhecê-lo, pois sabem que quanto mais conhecem mais indesculpáveis se tornam por não vivenciarem o evangelho autêntico.

Enquanto isso, o único e verdadeiro evangelho acumula poeira entre suas folhas, porque ninguém deseja ser corrigido e exposto como pecador, mesmo que seja pelo próprio Deus.

Ninguém anseia em seguir pelo caminho mais dificil, muito embora as escrituras afirmem, constantemente, que o caminho é estreito e envolve renúncia, negação, mortificação da carne e, por consequência, santificação.

Como temos dois produtos no mercado, o verdadeiro e o genérico. De uma forma bem simplificada, o primeiro envolve sofrimento, renúncia, perseguição, desgaste e as beneces serão dadas na eternidade. O segundo massageia o ego, é extremamente positivo, centrado nas necessidades consumistas humanas, dá todas as coisas em vida, mas as beneces da eternidade foram trocadas e inexistem, produto falso que acarretará numa perda eterna. Por que digo isso? Porque quem leu o evangelho e, realmente, o entendeu, sabe que quem se alimenta deste falso evangelho nunca chegou ao conhecimento da revelação de Cristo. Se não conhecê-lo? Como se decidir por ele? Como aceitá-lo? Como ter intimidade com Ele, se o que nos é passado não tem relação alguma com Ele? É o cumprimento profético da expressão encontrada em 2ª Timóteo 2.13, indo de mal a pior enganando e sendo enganados... Quem abraça este evangelho de auto-ajuda, de prosperidade, de pensamento positivo está bem longe da verdade, compraram um produto falsificado incapaz de produzir as bem-aventuranças futuras, enfim, “o barato que sai caro”;

Qual deles terá mais aceitação? O evangelho original ou o falsificado? Nem se preocupe em responder! Nossa geração já respondeu a questão com ações...

Autor: Ricardo Inacio Dondoni
Fonte: [ O Pensador ] [via Bereianos]

14 de mai. de 2009

Lógica sexual


Existe uma certa "lógica" cristã-evangélica que tenho muita dificuldade em entender, ela é mais ou menos assim:

1o. se você pecar sexualmente, mas não for cristão: "venha! nossas igrejas são pra você."2o. se você pecar sexualmente, mas for cristão: "saia! nossas igrejas não são pra você."3o. se você for cristão e pecar em qualquer área, exceto a sexual: "fique! pois os irmãos te perdoam."4o. se você for cristão e não pecar em nenhuma área, exceto a sexual: "saia! pois nem Deus te perdoa."Pra um mundo caído e cansado, cheio de pecado e pecadores, porque essa fascinação com a área sexual apenas?

Igrejas assim acabam virando "museus de santidade" :'(

Comentário do Roger no Pavablog#
Além desse comentário lúcido do Roger seria interessante ler também o texto abaixo:


Pecados sexuais: como a igreja deve encará-los?

Conforme está subentendido no título, a problemática abordada aqui não será o pecado em si, mas o modo como a igreja trata o pecador.

Nós protestantes, em teoria, repudiamos a idéia católica de pecado venial e mortal. Porém, o que é admitido na teoria é negado na prática através do exercício daquilo que convencionamos chamar de disciplina eclesiástica. Podem relutar o quanto quiserem, podem me chamar de perturbador da ordem, mas o fato é que eu não consigo ser hipócrita e nem fechar os olhos para essa verdade.

Mas a disciplina eclesiástica (um eufemismo para excomunhão) é bíblica, alguém certamente dirá. A estes, responderei que não estou interessado em debater a “biblicidade” da prática. Quero antes, apelar para o nosso senso comum e propor algumas questões. Ora, se ela é bíblica, e uma vez que o pecador precisa ser “disciplinado”, porque é que não disciplinamos todos os mentirosos, os invejosos, os soberbos, os avarentos e herejes em nossas igrejas? Porque é que suportamos pacientemente estes pecados, e condenamos a exclusão apenas os pecados sexuais? Acaso isso não é usar de dois pesos e duas medidas? Será que isso não significa ressucitar uma doutrina católica refutada e abandonada na época da reforma e enxertá-la no nosso meio? Somos evangélicos de alma católica, essa é a verdade.

Os fariseus de plantão que me apedrejem se quiserem, mas definitivamente não concordo com essa praxe absurda das igrejas evangélicas. É injusto que um casal de namorados, que confessa seu pecado com lágrima nos olhos diante do pastor, declarando-se arrependidos, sejam punidos com três meses de “disciplina”, durante a qual não podem exercer atividades na igreja, nem participar da Ceia do Senhor; enquanto os herejes televisivos, que dão veneno para as ovelhas comerem, homens rebeldes e soberbos que não têm o menor interesse em se arrepender, são tolerados nas igrejas locais e nas convenções. Que cristianismo é esse, que oprime o arrependido e faz vista grossa para o impenitente? Que igreja é essa que pune o quebrantado e tolera o rebelde incontrito? Definitivamente, algo está errado em nosso meio.

Pecados sexuais, numa escala de 0 a 10, recebem pontuação 11 nas igrejas! O caso é tão extremo que admite-se reintegrar ao ministério pastoral a um ex-ladrão, ex-caloteiro, ex-corrupto, enfim, ex-TUDO, menos um ex-adúltero, ou um ex-fornicário! Não estou defendendo direito de púlpito para A ou para B; só estou tentando te convencer de que há certos costumes que precisam ser mudados. Somos bons para exercer justiça (a nossa, obvio!), mas péssimos em misericórdia. Ah, mas o obreiro deve ser irrepreensível, você me dirá. Mas sejamos sinceros, ao menos dessa vez: Quem entre nós, membros, líderes, pastores, é irrepreensível no sentido absoluto da palavra? Ora, se apelarmos para a literalidade nesse versículo, então nem eu, nem você, nem Tomé e nem Pedro o eram! Não devemos entender essa irrepreensibilidade como uma obra acabada, e sim como uma busca constante e sincera. Do contrário, a Bíblia não fará nenhum sentido!

Como a igreja deve lidar com os pecados sexuais? A resposta é simples: Da mesma forma como Jesus os tratou. Como atuou o Mestre quando lhe trouxeram aquela mulher apanhada em adultério? Ele não deu nenhuma ordem de linchamento, antes nivelou a situação ao perguntar se havia alguém, entre aquela enfurecida turba, que jamais houvesse pecado. Ao fazê-lo, Jesus mostrou àquela multidão envaidecida e cheia de auto-justiça, que o pecado daquela mulher não era maior que os pecados deles. Logo disso, Jesus perdoou aquela mulher, brindando-lhe aceitação e amor, e em lugar da costumeira repreensão, deu-lhe um sábio e concludente conselho: vá e não peques mais.

Amado pastor: Devemos aprender com o pastor Jesus. Quando estivermos no gabinete pastoral aconselhando um caso de pecado sexual, e não soubermos como lidar com o tema, façamo-nos a seguinte pergunta: “o que faria Jesus no meu lugar?”. Será que ele disciplinaria o casal arrependido, condenando-os à pena de 3 a 6 meses de reclusão, ou será que ele, após confirmar o arrependimento de ambos, diria: “nem eu te condeno: vá e não peques mais”? Pecado sempre será pecado, e deve ser tratado como tal. Mas lembremo-nos de que, assim como há pecado, também existe perdão.

Soli Deo Gloria!

Por Leonardo G. Silva - Th.M.
Fonte: Púlpito Cristão

11 de mai. de 2009

Pra que outros possam viver




Há muito tempo não arrepio ao ouvir uma mensagem. Há muito tempo não me sensibilizo com uma pregação. É difícil ouvir isso nos púlpitos... muito difícil!


Você pode conferir os responsáveis nesses links abaixo:

MySpace Oficial: Livres para Adorar
Blog: Ministério Livres para Adorar

[dica da Márcia Gizella no Orkut]

9 de mai. de 2009

Atropelado no Caminho


Um dos incovenientes da reunião convencional das igrejas é a impessoalidade advinda da inexistência de discipulado e caminhar contíguo entre os irmãos. O modelo mais lembra o desenvolvimento empresarial de recursos humanos que um ajuntamento de amigos íntimos e unifocados.

Com exceção da estrutura da Escola Bíblica Dominical ou tempos de estudo separados, as principais reuniões, frequentadas pela grande maioria, são um atropelar da experiência de fé do indivíduo.

No Caminho, os verdadeiros amigos e irmãos não adiantam-se, mas esperam pacientemente os passos ainda lentos dos que não acostumaram-se com a estreiteza do percurso.

Evangelho trash


Para o deleite de vocês segue abaixo uma lista de tosquices, bizarrices e outras tranqueiras do nauseante mundo Trash Pop Gospel.
  1. A grande campanha "Diante do Trono" . Traga toda a sua família para passar pela gruta dos milgres e tocar no Trono Branco Consagrado. [clique aqui ou aqui]
  2. O cimento da casa própria, orado e consagrado dentro da santa gruta. [clique aqui]
  3. Para quem não consegue casar, ter prosperidade ou tem problema de vista. O Perfume da gruta dos milagres deve ser pego em cima da mesa farta dentro da gruta para você ter fartura. [clique aqui]
  4. A garrafa do PODER [clique aqui]
  5. Se você está estressadinho, pensando coisas ruins, chegou a solução. Diretamente da santa gruta, ungido e consagrado pelo Rev. João Batista "O Pente Consagrado" ele combate o estresse e liberta dos maus pensamentos. [clique aqui]
  6. Campanha da Rosa ungida. [clique aqui]
  7. Óleo santo contra a dengue [clique aqui]
  8. Direto da Igreja Renascer em Cristo para matar o gigante que te atormenta. A espada de Davi. [clique aqui]
  9. Se você está sujinho, precisando de uma limpeza espiritual, seus problemas acabaram-se. Diretamente das Organizações IURD. O sabonete com extrato de arruda. [clique aqui]
  10. Para acabar com todos os seus problemas é só passar pela gruta dos milagres. [clique aqui]
  11. 'Campanha da Boa Notícia' com entrega do sabonete e água da fonte. [clique aqui]
  12. Algumas campanhas da IRC com nomes do tipo: O Jejum do PURIM (alguém sabe o que é purim?), Campanha dos 4 FERREIROS, Campanha As Chaves de Davi (além de espada ele também tinha uma porção de chaves). [clique aqui]
  13. Unção do riso de Kenneth Hagin. [clique aqui]
  14. Unção da capa e sopro do espírito. [clique aqui]
  15. Bênção de Toronto. [clique aqui]
  16. Unção do Chicote. [clique aqui]

A lista é bem maior, mas cansei e enojei disso ai.

Marco no Lion of Zion

P.S.: É, às vezes tem gente que ainda não acordou p/ tanta babaquice feita em nome de Deus que tá rolando por aí...

8 de mai. de 2009

Missiologia para viver

Comer com os não-cristãos
Quase todos nós comemos três refeições por dia. Porque não ter o hábito de comer uma dessas refeições com um não-cristão ou com a família de não-cristãos? Ir para almoçar com um colega de trabalho, não sozinho. Convidar seu vizinho mais próximo para jantar junto com sua família. Se for muito trabalho cozinhar um grande jantar, então peça apenas um pizza simplesmente para você se relacionar. Leve sua família para restaurantes onde você pode sentar à mesa com com pessoas que você não conhece e comece a se relacionar. Isso é a cultura cristã.

Caminhe, não dirija
Se você mora em uma área onde você possa caminhar faça disso uma boa pratica para sair a pé para correr, caminhas, andar. Em vez de sair com seu carro para ir na padaria, mercado ou farmácia procure ir a pé. Diga Olá para as pessoas que você não conhece. Será estranho? Sim será mas você precisa conversar com as pessoas. Se você atrai a atenção das pessoas andando com cachorro, criança converse com elas também. Faça amigos. Saia da tua casa! Na noite passada, eu passei uma hora arrumando o quintal com minha família. Tivemos boas conversas com quatro de nossos vizinhos. Veja qual é o interesse de seus vizinhos. Veja o que eles precisam. Faça perguntas. Se doe.

Seja amigo.
Em vez de conhece todas os restaurantes, supermecados, café da sua cidade ao mesmo tempo. Conhece e seja freqüente em poucos. Para você conhecer o pessoal. Sorria. Faça perguntas. Seja regular com suas visitas. Eu tenho grandes amigos no Starbucks, eles doaram uma tonelada de salgados a cada 2 semanas para a minha igreja. Usamos para as pessoas que vão na igreja e para os que estão passando fome. Contive e construa relacionamentos. Seja regular.

Tenha um Hobby com os não-cristãos
Escolha um hobby que você possa compartilhar com um colega não cristão. Experimente os esportes da sua escola, faculdade, jogue bola com os amigos do seu trabalho. Compartilhe através do seu hobby o que você aprendeu. Seja piedoso. Seja alegre. Divirta-se. Seja você mesmo.

Converse com seus colegas de trabalho.
Como é seu relacionamento com seus amigos de trabalho? Você costuma sair com sua equipe depois do trabalho? Mostre interesse em seus colegas de trabalho. Escolha quatro e ore por eles. Forme grupos em seu trabalho e não se feche aos não-cristão.

Seja voluntários com organizações sem fins lucrativos.
Encontre uma organização sem fins lucrativos, em alguma parte da sua cidade para você servir. Traga seus vizinhos, seus amigos ou seu pequeno grupo para participar. Gastar tempo com organizações sem fins lucrativos além da sua igreja para servir a sua cidade. Uma vez por mês. Você pode fazer.

Servir os seus vizinhos.
Ajude um vizinho em suas rotinas, limpando o quintal, em sua construção, lavando o carro. Procure a associação do seu bairro e pergunte se há alguma coisa que você pode fazer para ajudar a melhorar as coisas. Seja criativo. Basta servir!

Jonathan Dodson / The Resurgence

Fonte: Solomon1

P.S.: Please, não leve folhetinhos p/ padaria, nem quando for caminhar, ou servir os vizinhos, ou ser voluntário em alguma coisa, no almoço com a galera ou com o amigo. Lembre-se que o discípulo de Jesus deve ser uma carta viva escrita pelo Espírito Santo. Evangelize com sua vida, com sua disponibilidade, altruísmo, atenção, interesse, compreensão, perdão e amor. Isso ninguém pode amassar e jogar no lixo. ;-)

Mateus 16. 24, 25




"Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la." [Jesus]

É revoltante.

Acabei de ver um vídeo falando às pessoas, que se elas crerem em Jesus, se elas dizimarem, se financiarem a "obra" do céu aqui na terra, terão casa, bens materiais, emprego...
Como se Jesus precisasse do seu dinheiro para derramar dons e graça sobre a sua vida.
Trocam Jesus, como se ele fosse uma figurinha brilhante do álbum, aquela que te falta, aquela que você precisa, consequentemente, aquela que é: A mais cara.
Assim, comercializam a cura, a salvação, o amor. Omitem que o sangue derramado por Jesus, na cruz, já pagou por tudo isso.
O que ensinam na comunhão de pastores atualmente? "Como fazer um discurso emocionante para conseguir mais dinheiro dos fiéis"
Isso deve ser matéria em alguns cursos de pastores. Não digo todos, existem ainda os que querem realmente tornar a palavra de Deus conhecida pelo que ela é, pelo que Jesus foi, não pelo que Ele pode fazer por você. Graças a Deus por isso!

O conceito de vida está destorcido, o mundo prega que Deus te serve, que Deus quer te ver feliz, sentimental e financeiramente. O mundo então, gira ao redor do homem, ele é o centro do universo e manda e desmanda na vontade de Deus. Então pra quer ser "evangélico" ? Vamos ler O SEGREDO e tentar dominar as forças da lei da atração. Mais fácil. Já que nada que é pregado vem de graça. Se você fica doente " Esse irmão deu brecha" . Se você é mandado embora, esquecem a crise e dizem "Não deu o dízimo, Deus castiga".
Pra que Deus faça a sua vontade, você tem que fazer a vontade dos pastores e líderes dos templos. Dificil, já que pra eles, só os SANTOS merecem a glória de Deus.
A verdade dói, mas vou dizer : Ninguém é santo, e muito menos digno da graça de Deus.
Por tanto, você nunca vai conseguir essa casa que eles tanto pregam, nem o emprego, nem os bens materiais, por obras que VOCÊ fez. Nada virá em troca do seu empenho e esforço.
Você vai conseguir sim, mas por amor e misericórdia de Deus pela sua vida, que por inocência, ou excesso de fé, segue, acredita e deposita sua crença e seu dinheiro , na mão desses pregadores que querem manter o status religioso, em um mundo que pontos de audiência denominam quem tem mais unção.

Jéssica Carolina Flores Diaz em seu blog [via Vineyard Café]

7 de mai. de 2009

Não sabe explicar por que não transou ainda?


Para quem está habituado aos apelos sexistas do nosso tempo, é difícil compreender as razões porque esperamos pelo casamento. Não é algo que faça parte da realidade vivida pelos jovens de hoje. Quando falamos sobre esta decisão com nossos colegas de classe ou de trabalho, a reação é no mínimo de estranheza.

Porém entendo que esperar, além de ser um ato de obediência é também uma escolha. Aparentemente pode não parecer muito confortável, entretanto as conseqüências são eternas.

Pensando nisso, seguem 12 simples razões para o motivo de espera.

01. Porque eu quero, e quero muito.

Quem disse que é fácil passar pelas tentações? Porém tenho plena consciência das minhas escolhas e faço vivência delas, assim como de suas consequências. Por isso EU QUERO e escolho esperar até o casamento.

“Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz… (2Tm 2:22)

02. Para deixar de ser o centro da própria vida

Deixar Deus dominar minha vida, como o dono de tudo que tenho e sou. “Também o coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios enquanto vivem.” (Eclesiastes 9:3)

03. Não desonrar a Deus

Imagino o profundo arrependimento de saber que desonrei meu Deus e a outra pessoa… sabendo que cedi à tentação da carne e que banalizei uma coisa tão perfeita que Deus fez pra mim. Tomo as palavras de José ao ser tentado: “Como poderia eu cometer uma tamanha maldade e pecar contra Deus?”

04. Ser e fazer a diferença nesta sociedade que prega sexo como profano e momentâneo.

Fazemos parte de uma geração descomprometida. Tornou-se comum obter benefícios de forma imediata e desprezar as responsabilidades. Porém a orientação bíblica é que “…vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo. “ (FL. 2:15)

05. Para oferecer ao meu esposo (a) uma das maiores demonstrações de amor

Viver a imensa alegria do sexo e poder dividir isso com quem vou passar o resto da minha vida

A Bíblia não fala em tornar-se UM a toa. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gn 2:24) Tem coisa melhor do que ser UMA SÓ CARNE com a pessoa que você passará o resto dos seus dias? “O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro…” Hb. 13.4

06. Para rever suas prioridades

A prioridade é estudar, viajar? Se minha prioridade não é casar, porque ter uma vida marital com meu namorado? “Para tudo há uma ocasião certa. Há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu.” Ec. 3.1

07. Para tomar mais cuidado comigo mesmo

Gasta-se milhões em conscientização das doenças sexualmente transmissíveis e incentivando o uso da camisinha. Ao mesmo tempo, cresce o número de jovens infectados com DSTs ou enfrentando uma gravidez inesperada. Portanto, o melhor método de prevenção é a ausência do sexo. Isso é lógico! Se eu não tenho relações com pessoas diversas, não corro o risco de pegar doença sexualmente transmissível. Esperar ainda é o melhor método! “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus. O Senhor Deus castigará todas essas práticas. Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.” I Ts 4.3-5;7

08. Filhos no tempo certo

Ter filhos no século XXI não é fácil, ainda mais um filho fora do casamento, onde estarei despreparada, trancar a faculdade, sair do emprego, etc.

09. Para respeitar e obedecer meus pais

Não me sentiria confortável contando que fui no motel com meu namorado diante do meu pai. Não me sentiria à vontade sabendo que meus pais estão preocupados que eu possa engravidar ou pegar uma doença.

Dentro do casamento as coisas mudam.

10. Para aprender que as coisas são como são, nem tudo é perfeito. E tudo bem!

As meninas foram criadas com a promessa que o príncipe encantado chegaria com o cavalo branco resgatando das aflições existentes. Bem, sabemos que a realidade é bem diferente. Enfrentar a realidade como é, sem buscar satisfação de uma ausência de carinho em vários relacionamentos, além de sábio, é prudente.

11. Para passar pela experiência da Lua-de-mel

Lua de mel deixou de ser “o grande momento” da vida do casal, passou ser um tempo de viajem e não de descoberta no mundo moderno. Eu optando por ESPERAR, a lua de mel torna a ter o verdadeiro sentido, a emoção e a descoberta. Eu quero muito isso!

12. Para testemunhar

Viver Jesus no dia de hoje é fundamental para uma vida cristã saudável pautada na Bíblia. Ter um casamento abençoado testemunhando a santidade durante o namoro para os filhos é o verdadeiro exemplo vivido.

Fonte: SexxxChurch

P.S.: Tá aí uma boa explicação (12 na verdade rs) que não remete à hipocrisia, religiosidade e nem puritanismo. Simples, objetivo e direto.

Espero que ninguém mais diga que só fará sexo depois do casamento por causa da igreja, ou por causa do pastor, ou por causa da reputação, blá, blá, blá... rs

Isso não cola...

"Hoje sou crente e não abro mão da minha fé"


"Por fim, gostaria que os pastores fossem sinceros na hora de pedir dinheiro, e deixassem de lado a chantagem espiritual que fazem com todos. E não só chantagem, como terrorismo espiritual tambem. Eles pegam Malaquias 3:10 e alienam o povo: "Olha aqui, quem nao der o dizimo, o devorador vai ferrar com a vida hein..o único modo de repreender o demonio devorador é dizimiando, nao tem outro modo". Não é possível que um cara que passou anos no seminario creia numa mentira dessas."

"Defitivamente o ato de dizimar nao torna sua vida mais próspera. Se seguimos o raciocinio Xuxa e Michale Jackson sao dizimistas fieis, e nunca roubaram a Deus."

"Quem ama corrige. Amo meu povo. Amo minha igreja. E sempre que achar que algo nao esta bem com ela, eu falarei. Estou aberto a verdade, pra ser convencido a mudar de opiniao ou entao convencer vc a mudar a sua."

"Religiao e igreja nao salva. Meu Jesus me salva. Só ele."

"Hj Sou crente e nao abro mao da minha fé."

Trechos de comentários de Danilo Gentili (CQC) numa discussão feita no orkut em 2005 sobre o dízimo.

Fonte: Pavablog

P.S.: Infelizmente estes tais que estudaram anos num seminário de Teologia não só acreditam (ou fingem acreditar por conveniência) como também aterrorizam o rebanho com tamanha falácia.

Agora se o Gentili abriu ou não abriu mão da fé não sei... não cabe a mim julgar! ;-)

5 de mai. de 2009

Em Busca da Música Gospel Perfeita


Depois de muito se revoltar com a música gospel no Brasil atualmente, alguns blogueiros e podcasters decidiram fazer alguma coisa a respeito e criaram o projeto A Música Gospel Perfeita.

A idéia é protestar de forma bem humorada e interativa contra a, segundo os idealizadores do projeto, "falta de criatividade brasileira na hora de exercer esse dom de Deus: a música".

O projeto funciona da seguinte forma: todos os participantes e voluntários montaram juntos desde a estrutura, tema e etc, até a letra e o "espontâneo" que conterá na Música Gospel Perfeita através de posts e comentários em um blog.

Para saber se vai realmente acontecer o projeto ainda está em fases de testes, mas o número de pessoas que já demonstraram que irão apoiar o movimento é grande, a maioria deles blogueiros evangélicos e até ateus, espalhados por todo o Brasil.

A fase atual pede para que os fãs comentem no primeiro post sobre o projeto e deem sugestões para a empreeitada, que sonha em talvez até gravar um clipe com os participantes.

Se você quiser participar ou conferir a busca pela Música Gospel Perfeita, acesse: http://migre.me/U67

Fonte: DotGospel

Nuuussa, nem preciso dizer que não só vou ajudar a "compor" a "Música Gospel Perfeita" como também apoio totalmente a iniciativa. rs

Atracando-se com Deus


1. A coisa mais importante é: orar se aprende orando. O crucial é estar de fato a caminho, não pensando na viagem nem lendo e conversando sobre ela. "Um passo hesitante mas real é mais valioso do que qualquer número de jornadas realizadas na imaginação".

2. Como mencionado anteriormente: ore da maneira que você consegue; não ore do modo que você não consegue.

3. Não ore apenas quando sentir vontade. Comparecer e ficar quieto é uma disciplina. Cada dia equilibrado nas colunas gêmeas da oração matinal e vespertina é um passo na jornada da crença para a experiência, da teoria para a realidade. Como diz o comercial da Nike: Just d oit [Apenas faça].

4. Quando um homem ou uma mulher têm um desejo intenso de se atracar com Deus, eles se mexem e agem. Respondem e oram.

Sem essa fome, são diletantes jogando jogos espirituais. Se o desejo intenso está ausente, caia de joelhos diante do Deus em que você diz acreditar e implore por essa dádiva. Como observou o falecido rabi Abraham Heschel: "Deus não tem importância alguma até que tenha suprema importância".

Brennan Manning em A assinatura de Jesus

Creio que no decorrer de toda minha odisséia cristã, orar seja o desafio sempre presente.

4 de mai. de 2009

Consumo, logo existo

Ao visitar a admirável obra social do cantor Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças. “Quem trouxe a fome foi a geladeira”, disse. O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade.

Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável.

É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais - manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico. A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos “Manuscritos econômicos e filosóficos” (1844), ele constata que “o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens. Portanto, em si o homem não tem valor para nós.”

O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão. Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas, tem alma. Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aborígene cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém. Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia? Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife. Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, e sim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em Cinderela. Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, do poder.

Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos uma aura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somos privados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, é alçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna também objeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela mas não é ela: bens, cifrões, cargos etc. Comércio deriva de “com mercê”, com troca.

Hoje as relações de consumo são desprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas. Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre o vendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.

Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndola abarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da falta de convívio é compensada pelo consumo supérfluo. “Nada poderia ser maior que a sedução” - diz Jean Baudrillard - “nem mesmo a ordem que a destrói.” E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair da cadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.

Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo. “Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático”, respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores como vocês, respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz”.

FREI BETTO

Fonte: Solomon1

Você seria feliz sem internet, sem iPhone, sem iPod, sem celular, sem computador, sem tênis Nike ou All Star, sem shopping, sem grife, sem carro, sem apartamento, sem moda, sem televisão, sem DVD... sem dinheiro?

Já parou pra pensar do que realmente você precisa pra viver?

3 de mai. de 2009

Você sabe onde está sua alma?

Estou no meio de Manhattan, onde motoristas ainda buzinam como se tivessem tocando instrumentos musicais, e gritar nos restaurantes parece um tipo de modalidade esportiva. Estou bem distante da “brisa amena” de vozes que ouvi uma semana atrás no Domingo de Páscoa.

“Glórias ao Teu nome”, as mulheres cantavam e bailavam naquela igreja feita de pedras. Fui tomado por uma “explosão de cores”, uma corrente emocional que me carregou para o mar.

O Cristianismo, de certa forma, possui um ritmo – que é crescente nesse período do ano. O ritmo acelerado do carnaval dá espaço ao andamento lento da quaresma e depois ao stacatto dos hinos da Páscoa. Do devaneio para a reflexão. Depois de 40 dias no deserto, ou algo parecido…

Carnaval – as estrelas do rock são boas nisso

Carnaval vem de Carne vale, ou afastamento da carne, uma festa de despedida. Estive em várias. Os brasileiros dizem que a deles é a melhor; com certeza, eles são os melhores. Não tem jeito de não entrar na dança. Você não tem escolha, a não ser juntar-se aos blocos invadindo as ruas, como as barrancas dos rios, numa enchente de animação marcada pelo ritmo. Isso é uma alegria que não pode ser desprezada. Isso é força da vida. Isso é o sinal de um coração cheio, se derramando de gratidão. A escolha é sua…

Mas, é com a Quaresma que eu sempre tive problemas. Desisti… negar-se a si mesmo é onde me torno um fracasso. Minha ideia de disciplina é simples – trabalho duro – mas é claro que essa é outra indulgência.

Então chega a morte e a ressurreição, que é a Páscoa. É um momento transcendental pra mim – um renascimento que eu sempre vou precisar. Nunca foi tão claro quanto há alguns, quando meu pai faleceu. Lembro-me da vergonha e da libertação trazida por minhas lágrimas quentes, enquanto eu me ajoelhava em uma capela num vilarejo na França, e pedia perdão pela minha natureza pródiga – perdão por ter brigado com meu pai por tantos anos, e por ter desperdiçado tantas oportunidades de conhecê-lo melhor. Lembro-me do sentimento de “paz que excede todo entendimento”, como um peso removido. De todos os festivais cristãos, é a Páscoa que requer mais fé – empurrando você para além da reverência pela criação, além da mística idéia do nascimento virginal, até o inacreditável conceito de que a morte não é o fim. A cruz é como uma encruzilhada. Qualquer que sejam suas crenças, religiosas ou não, a oportunidade de começar de novo é uma ideia motivadora.

Domingo passado, o regente do coral estava surpreendente… agitado e, de repente calmo; alegre e, depois contemplativo, grande virtuosismo no piano e em suas melodias. Ele entoou suas invocações num lindo tenor, com um menino sardento ao seu lado tocando “conga” e tamborim, como se fosse uma bateria inteira. Os fieis cantavam, a plenos pulmões, canções de louvor a um Deus que aparentemente deu Sua voz pela nossa.

Eu venho a igrejas pobres e catedrais arrogantes pra quê? Eu leio a Bíblia com que finalidade? Para avaliar minha cabeça? Meu coração? Não, minha alma! Para mim, essas meditações são como um prumo usado pelo mestre-de-obras – verificando se as paredes estão tortas ou retas. Checo a minha vida emocional com a música, minha vida intelectual escrevendo, mas a religião é aonde eu busco minha alma.

O pregador disse: “Que lucro um homem pode ter se ele tem o mundo aos seus pés, mas perde a sua alma?” Ouvindo isso, os peregrinos se agruparam e perguntaram: “É comigo, Senhor?” Na América e na Europa, as pessoas estão perguntando: “Somos nós?”

Bem, sim. Isto é conosco!

O carnaval acabou. O comércio tem esquentado mercados e climas… o céu empoeirado da revolução industrial, que mudou de lugar e tamanho, agora derrete as calotas polares e faz os mares ferverem, na era da revolução tecnológica. O capitalismo está sendo julgado; a globalização, mais uma vez, está no banco dos réus. A gente dizia que tudo o que a gente queria para o resto do mundo era o que desejávamos para nós. Mas aí descobrimos que, se cada alma viva nesse planeta tivesse uma geladeira, uma casa e uma caminhonete, a gente se asfixiaria na fumaça dos nossos próprios escapamentos.

A quaresma está aqui, quer a gente tenha pedido ou não. E, com ela, esperamos, vem a chance da nossa redenção. Mas, redenção não é um termo só espiritual, mas também um conceito econômico. Na virada do milênio, o movimento em prol do cancelamento das dívidas dos países africanos, inspirado pelo conceito judeu do “Jubileu”, tinha como alvo dar aos países mais pobres um recomeço. Um contingente de 34 milhões de crianças agora pode ir à escola na África, principalmente, porque os governos usaram o dinheiro poupado com o perdão das dívidas. Essa redenção não foi o fim a escravidão econômica, mas foi um esperançoso recomeço para muitos. E, para muitos, e não apenas para poucos sortudos, é para onde a busca pela nossa alma deve nos levar.

Há algumas semanas, eu estava em Washington, quando chegou a notícia sobre a proposta de corte das verbas para o plano presidencial de assistência. As pessoas disseram que seria mais difícil cumprir as promessas feitas para os mais carentes, enquanto houvesse uma crise aqui nos EUA. E será mesmo.

Mas, li recentemente que os americanos estão usando os serviços públicos com mais freqüência, exatamente porque estão sem dinheiro. E, após uma votação multipartidária no Senado, o boato é que o Congresso devolverá a verba que havia sido cortada da área assistencial – rejeitando, assim, o abandono daqueles que estão pagando um preço muito alto por uma crise que não foi criada por eles. É nas horas mais difíceis que as pessoas mostram o que são na verdade.

Sua alma

Grande parte da discussão de hoje é sobre dinheiro - e não valores. Um projeto assistencial bem feito pode ser um bom exemplo para os dois. Providenciando remédio pra AIDS para quase quatro milhões de pessoas, estabelecendo práticas para o progresso da saúde maternal, erradicando pestes que matam como a malária e o rotovírus – tudo isso proporciona um degrau a menos em direção à autosuficiência, tudo isso pode nos ajudar a fazermos amigos em tempos pródigos para se criar inimizades. Não são almas; isto é investimento. Não é caridade; isto é justiça.

Estranho, mas à medida que saía daquela pequena igreja de pedra para o sol escaldante, pensava em Warren Buffet e Bill Gates, cujas fortunas combinadas foram dedicadas à luta contra miséria. Os dois são agnósticos, eu creio. Pensei em Nelson Mandela, que por toda sua vida lutou pelos direitos das outras pessoas. Um homem espiritual, sem dúvida. Religioso? Ouvi dizer que ele não se descreve desse jeito.

Enfim, nem toda música da alma vem da igreja.

Bono é líder e vocalista da banda U2, co-fundador do grupo ONE e colunista-contribuidor para o New York Times.

Fonte: New York Times, traduzido por Nelson Costa / Cristianismo Criativo [via Solomo1]

Mobilização de leitura agita blogosfera

Uma mobilização de leitura coletiva tem agitado a internet blogosfera cristã brasileira. Num país onde o índice de leitura é de menos do que 4,7 livros por ano per capta uma mobilização como essa é de grande valia.

Se você está pensando que por ser uma mobilização cristã o movimento cerceia o direito de contar livros "não-cristãos" pode parando por ai. A mobilização mesmo sendo de cárater cristão deixa muitíssimo aberta a contagem de livros de todo e qualquer gênero.

Segundo pesquisa realizada com 5.012 pessoas em 311 municípios de todo o país de 29 de novembro de 2007 a 14 de dezembro do mesmo ano apontou que o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano variando de acordo com as regiões, como é o caso do Sul, onde foi apurado que são lidos 5,5 livros por habitante ao ano. No Sudeste o número foi de 4,9, no Centro-Oeste 4,5, no Nordeste 4,2 e no Norte 3,9. A pesquisa confirmou também que as mulheres lêem mais que os homens, 5,3 contra 4,1 livros por ano. Para saber mais sobre a pesquisa acesse: ProLivro

Para entendermos um pouco mais da mobilização o nosso "humilde bloguinho"[kkk] entrevistou - Sérgio Pavarini editor chefe do PavaBlog - o idealizador da mobilização pela leitura :

Como nasceu a idéia e quem teve o click da mobilização?

R: Atuo no mercado editorial há 12 anos. Visitei algumas centenas de livrarias brasileiras e fiquei assustado com a falta de intimidade das equipes com os livros. Nas editoras, a situação também é parecida. Você trabalha vendendo livros... mas não gosta de ler! Costumo dizer que é o mesmo que contratar pessoas não-cristãs para liderar grupos de evangelização. Sem paixão não rola. =)

Só o fato de você expor seus números já ajuda a adquirir a disciplina necessária para você desenvolver o hábito de leitura. Para alguns a competitividade é um estímulo forte, mas procuro não enfatizar esse item. Como disse Schopenhauer, "a arte de não ler é muito importante".

Quanto tempo levou para vir a luz?

R: Como o escritor inglês Nick Hornby, também sou fissurado em listas. Só o fato de postá-las no blog já chamou a atenção de bastante gente. Na editora que atuei como gerente de marketing usava esse tipo de ranking com a galera da minha área e depois com todos os funcionários. Aí o caminho natural para perenizar uma ideia bem-sucedida foi abrir a iniciativa para todos os leitores.

Como tem sido a receptividade da blogosfera?

R: Um dos lances principais que norteia o mob de leitura é a participação coletiva. Assim que você envia sua lista de livros já recebe o convite para ser moderador e compartilhar trecho do que tem lido. Esse tipo de envolvimento proporcionou números bem legais para uma campanha que tem poucos meses de vida. Criamos o banner e + de 40 blogs já o estampam com destaque. Já são mais de 500 pessoas nos seguindo no twitter e 73 blogs seguidores. O blog está com cerca de 200 posts. A comu no Orkut tem mais de 400 participantes.

O que as pessoas estão achando da idéia?

R: A visão é um catalisador poderoso, especialmente quando temperado pela paixão. É emocionante ver o quanto o mob tem contribuído para a vida de algumas pessoas. Há leitores sem condições financeiras cuja totalidade de livros lidos foi emprestada de amigos e de bibliotecas. Outros preferem não receber os prêmio para que outras pessoas sejam beneficiadas. Há gente até doando grana para cobrir as despesas de correios. Cada um tem se doado da forma que pode. Promovemos o primeiro bookcrossing em como ilustração da importância de que o conhecimento deve ser repartido com generosidade.

O que a equipe espera com essa mobilização?

R: A internet eliminou as fronteiras e permitiu a livre expressão em níveis inimagináveis há algum tempo. No entanto, boa parte do que é publicado é pouco relevante em função das deficiências que carregamos tanto na formação educacional quanto cultural. A leitura de bons livros ajuda a corrigir esses problemas, beneficiando simultaneamente o blogueiro e sua massa de leitores.

Uma mensagem pro nossos leitores e futuros participantes da mobilização:

Um dos próximos passos é estender a mobilização para jovens e crianças, criando categorias especiais para eles. Para que estas e outras ideias sejam concretizadas é fundamental ampliar o número de participantes e, claro, de pessoas envolvidas na organização. Para entrar no time, é só enviar a lista do que leu em 2009 para o e-mail livrosepessoas@gmail.com, mesmo que tenha lido apenas um livro. Se você é blogueiro, ajude-nos a divulgar o mob com o banner e replicando alguns posts do blog do mob de leitura. Aos leitores do Penso logo é Cristo, muuuito obrigado pela oportunidade de compartilhar um pouco mais da nossa "paixão pelas palavras". =)

fonte: Penso logo é Cristo [via Pavablog#]

Lóooooogico que eu participo e colaboro com o mob de leitura. Se você ainda não conhece dá um clique aqui. Minha lista de leitura você pode conferir no menu aí em cima do blog em "Leitura".

2 de mai. de 2009

Porque o “trabalho” da Igreja Universal não vale um vintém


Ao criticar essa perversa instituição é possível encontrar sempre alguém por perto, cristão ou não, para justificar o belíssimo trabalho que a frequencia nos cultos foi capaz de realizar: jovens libertos das drogas, famílias restauradas, dívidas pagas, e mais uma série de jargões feitos para uma publicidade lucrativa do perfeito viver burguês , tão sonhado no nosso país emergente.

Fato é que a tal “libertação” do mundo das drogas e do alccol pode ser alcançada, a preços bem mais justos, se me entendem, em um grupo de ajuda como o Alcoólicos Anônimos. E a bela família restaurada está disponível para todos em breves visitas a um terapeuta. Dívidas pagas passam por negociação, parcelamento e boa administração dos nossos escassos recursos.

Vê-se que muito do que se prega não passa de anseios do homem moderno, atraído pela fantasiosa vida vendida nos comerciais de TV. Uma instituição como a do Bispo Macedo, aproveita-se dessas vontades e mostra o atalho, que, como todos sabemos, é balela.

Alguns devem estar a se perguntar: Thiago, você não dá valor a obra do Espírito Santo nas transformações dessas vidas que frequentam a Igreja Universal? Não, não dou!

Eis a explicação: você acha que a tal suposta obra do Espírito iria se adaptar para atender ao modelo de vida perfeito que criamos depois da Revolução Industrial? Pois é, vá aos exemplos da Bíblia e aí serás capaz de achar, em abundância, uma série de famílias tão perturbadas, ou até mais, que a minha e a sua:

  • Davi , homicida e pulador de cerca
  • Adão e Eva e sua complicada relação de casal
  • Noé, o dançarino peladão e pinguço familiar
  • Arão e Miriam, os invejosos
  • Moisés, o irritadinho
  • José e seus “adoráveis” irmãozinhos
  • Jacó e sua índole altamente “confiável”

Agora você pode alegar que os meus exemplos são restritos ao antigo testamento. Pois bem, são, e isso não faz diferença, já que a a morte de Cristo não garante restauração familiar para ninguém. E se formos observar muito bem, os valores da família passaram a ter pouquíssima importância no Novo Testamento. No lugar do “afeto sanguineo”, Jesus afirma novos valores de coletividade e amor ao próximo. Ele mesmo não era do tipo “almoço no domingo na casa da mamãe Maria”.

Outro fato importante a ser considerado é a nossa herança cultural. Desde quando a obra divina é guiada pelos critérios do homem moderno, ou seja, suas definições do que é bom ou ruim? Se, na nossa concepção atual, o ato de usufruir da maconha é algo ruim, isso não significa que esse mesmo critério é válido para Deus. Podes alegar que não o é pelo fato de que a Bíblia pede-nos a seleção do “bom, perfeito e agradável”, mas há diferença de valores sob a perspectiva divina versus ponto de vista humano. Não devemos jamais pensar que o “olhar de Deus” limita-se ao modo de viver ocidental, no qual fomos criados.

Logo, não há valor nenhum no trabalho da Igreja Universal, e de boa parte dessas comunidades cristãs, pelo contrário, é até prejudicial, diferente de grupos de ajuda como o A.A.. É importante ressaltar que transformação moral não tem nada a ver com obra do Espírito. Aliás, até mesmo outros animais podem experimentar mudança de conduta, de acordo com os valores daquele ambiente no qual é adestrado.

Thiago Bonfim no Livraria do Thiago