30 de jan. de 2009

Paradoxos do nosso tempo

Hoje temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos...
Temos auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos...
Gastamos mais, mas temos menos...
Compramos mais, mas desfrutamos menos...
Temos casas maiores e famílias menores...
Temos mais conhecimento e menos poder de julgamento...
Temos mais medicina e menos saúde...
Hoje bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma excessiva, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos facilmente...
Ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais...
Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores...
Falamos demais, amamos raramente e odiamos com freqüência...
Aprendemos a ganhar a vida, mas não vivemos essa vida...
Fazemos coisas maiores, mas não coisas melhores...
Limpamos o ar, mas poluímos a alma...
Escrevemos mais, mas aprendemos menos...
Planejamos mais, mas realizamos menos...
Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência...
Temos maiores rendimentos, mas menos padrão moral...
Temos avanços na quantidade, mas não na qualidade...
Esses são tempos de refeições rápidas e digestão lenta..
De homens altos e caráter baixo...
De lucros expressivos mas relacionamentos rasos...
Mais lazer, mas menos diversão...
Maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição...
São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável e pílulas que fazem tudo: alegrar, aquietar, matar...

via Pavablog

27 de jan. de 2009

Os homens que mais pedem dinheiro são os mais miseráveis

Não sou dizimista. Já fui. Não sou mais.
Nenhum devorador atacou a minha casa.
Nenhum demônio ou gafanhoto saqueou a minha despensa.
Não sou nenhum ladrão, sou apenas alguém que entendeu
que o dízimo era para os judeus e não para os cristãos.
Os pregadores me chamam de ladrão, eu os chamo de mentirosos.
Eu não sou judeu e eles não são levitas.
Se o dízimo está sendo um peso para sua vida, alivie-se desta carga.
Não dizime com cheque pré-datado, dinheiro emprestado,
cartão de crédito nem depósito bancário.
Não dizime sobre aquilo que você não tem.
Não suje seu nome, muito menos o nome de Deus.
Não se renda a chantagens emocionais ou espirituais.
Não tenha receio de recusar envelopes com pedidos de oferta.
Se o envelope já estiver no seu banco, rasgue-o ou coloque
a quantia que você quiser, e não ponha o seu nome.
Não creia em promessas espirituais, físicas ou financeiras
precedidas de pedidos de ofertas em dinheiro.
Jesus nunca fez isso, nem os apóstolos.
Os homens que mais pedem dinheiro são os mais miseráveis
e também os mais avarentos.
Os apóstolos Paulo e Pedro também não eram dizimistas.
Biil Gattes , o homem mais rico do mundo não é dizimista,
no entanto, tem distribuído em vida parte de sua fortuna.
A verdadeira obra de Deus não vai acabar pela falta do dízimo,
mas pode ter certeza que os pilantras e picaretas da fé vão desaparecer.
É o que eu espero.

texto de A.Porto que está circulando pelo mundão digital
dica do José Freire Silva Filho [via Pavablog]

Cara, sabe aquele lance de "tirou as palavras da minha boca"? Então...

24 de jan. de 2009

Entrevista com William P. Young

Acho que muitos já leram A Cabana escrito por William P. Young. Quem não leu, reforço a recomendação de leitura. Foi o melhor livro que li em 2008. Taxado de herege por alguns e tido por outros como uma linda e bem elaborada exposição da natureza de Deus e seu amor por nós. A questão é que para todos os fins é uma leitura que vale a pena.

Encontrei essa entrevista realizada com o autor do livro, mas, não havia o video com legendas em português. De maneira que invoquei por ajuda para legendá-lo. Para deleite dos que não lidam bem com o inglês o Volney se prontificou a traduzir a entrevista. "Brigadão, Volney!". E eu, caríssimos leitores, me aventurei em embutir as legendas. De antemão, peço desculpas por qualquer incoveniente ou qualquer coisa que demonstre a minha inexperiência nisso.


23 de jan. de 2009

Igrejas turbinadas

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Vivemos na época das especializações. O legado da pós-modernidade nos traz de presente, em todo o seu conteúdo, a personalização, ou melhor ainda, a especialização. Não adianta ser simples, tem que haver a especialidade. Sinais dos tempos, diriam uns. Modernidade, diriam outros. Seja o que for, uma coisa é certa: é realidade!
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Ninguém mais procura, por exemplo, um clínico geral. O certo é procurar um especialista em dedo “mindinho” do pé esquerdo, porque se você não tomar cuidado acaba indo num especialista em “dedão” do pé direito. Essa especialização, se formos mais fundo, desembocará, inexoravelmente na individualização. E a individualização leva à arrogância e ao isolamento, assim entramos na roda viva da pós-modernidade. Cada um faz o que quer... compra o que quer... e há mercadorias para todos os gostos. Se alguém pensar hoje em comprar um chocolate verde com sabor de anis numa embalagem amarela, se procurar, encontra. Se não encontrar, entre em contato com o SAC da empresa, isso se você tiver sac. A empresa, pra ganhar um cliente fará o seu chocolate personalizado. Bom isso? Bom! Quando se trata de empresa, sim! Mas quando se trata de igreja...
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Vivemos também a época dos acessórios, que são reflexo da individualidade. Quer um carro básico (do geral), ou vai um acessoriozinho? (do indivíduo). Você quer um modelo de fábrica, que todo mundo pode ter, ou paga-se mais um pouco e tem-se um carro com limpador de para-brisas com dupla borracha e sistema integrado de percepção pluviométrica?
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Como diria o meu amigo e jornalista Fábio Nazareth (a quem devo a idéia do texto), é como comprar na carrocinha de cachorro-quente do Zé. “- É só o pão com ‘salchicha’?(modelo básico), ou a madame quer compreto? (com os acessórios)” Por acessórios entenda-se milho, ervilha, maionese e tantas outras coisas que podem “enriquecer” o sanduíche.
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Uma grande empresa de Fast-Food brasileira (é brasileira, mas é fast e é food) para tentar ganhar o mercado contra a principal rival, que é estrangeira, anuncia que “aqui você monta o sanduíche!” No fim das contas o que importa é oferecer o “algo mais”, ou, na linguagem empresarial, o diferencial da sua empresa. Bom para empresas... ruim para as igrejas...
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Até mulher hoje já não reclama tanto de suas “infelicidades” corporais. Seios pequenos? Turbina neles! Bum-bum “murcho”, a gente ajeita! E saem todas felizes... Sentindo-se Danielles Winnittz e Sheilas Mellos, prontas para serem alvos das mais variadas cantadas, que elas mesmas rejeitam, mas gostam de ouvir. Hoje já não sabemos quais são as originais... Não questiono aqui se mulher deve ou não colocar próteses siliconadas, isso é coisa delas, ninguém se condene naquilo que aprova... Bom para as mulheres? Talvez! Exemplo para as igrejas? Nem tanto...
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Vivemos na geração turbinada: Ser básico não vale; tem que ser “fashion”. Tem que ter algo mais... o diferencial!
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E assim começa (ou continua) o nosso FEBEAIG (FEstival de BEsteiras que Assola as IGrejas), a versão “gospel” do FEBEAPA da época da ditadura, já que tudo (de bom e de ruim) agora tem que ter uma versão “gospelizada”.
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Já não se procura mais um louvor simples. Tem que ser louvor “profético”. Mesmo que o louvor seja dirigido a Deus e que para Deus não se profetize, pois é por Ele e nEle que se encerra toda a profecia, assim vamos nós... o importante é turbinar...
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Já não quero ser um adorador comum, tenho que ser um adorador “levita”, mesmo que essa “casta” já não exista mais. Mesmo que os levitas deixem de existir quando o templo deixa de ser o prédio para ser o corpo e que o sacerdote deixe de ser o líder e todos experimentemos da benção de sermos, nós mesmos, sacerdócio real.
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Já não procuro uma igreja simples, mas uma igreja com “propósitos”. Ora, igreja sem propósitos não é igreja! Se não tem propósitos o que estou fazendo lá? Estou de propósito numa igreja sem propósito? Qual o propósito disso?
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A guerra pelo merchandising de igrejas é algo tétrico. As igrejas se vendem como marcas de cervejas. Uma desce redonda, a outra é a que todo mundo merece, outra é a número um, e por aí vai...
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As igrejas agora acoplam títulos ao seu nome:
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Igreja Tal: a igreja que vive da fé! É lógico que vive da fé. Se não vivesse não servia para ser igreja.
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Igreja X: igreja da comunhão! Se não há comunhão, há igreja ?
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Igreja Y: a Igreja com cara de Leão! Igreja tem que Ter cara é de cordeiro, pois somos entregues á morte todos os dias, como ovelhas para o matadouro... pelo menos é o que a Palavra diz...
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Igreja Fulana: uma igreja da Palavra! Igreja que preza pela palavra não precisa anunciar isso no letreiro, o povo verá. Será uma igreja honrada, cairá na simpatia do povo, ou na perseguição total pela fidelidade que incomoda. Mas não precisa de letreiro luminoso, precisa de gente que brilhe por viver o evangelho. Isso funciona mais que qualquer propaganda.
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Igreja A: uma Igreja que tem Asas de Águia! Igreja não foi chamada pra ter asas de águia, mas pernas de homem. Bem aventurados os PÉS dos que anunciam a paz!! A Palavra diz que é aquele que sai ANDANDO e chorando e plantando a semente... não o que sai voando... A Igreja é chamada de seguidora do Caminho... e é nesse caminho que devemos andar...
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Hoje não há mais simples adoração. Há a “adoração de guerra”, tornando-nos mais belicosos do que já somos... e lutando pela paz.
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Não queremos mais o pastor de ovelhas, mas o Apóstolo das nações.
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Não serve a adoração em espírito e em verdade, só a “adoração extravagante”. Que de extravagante passa a ser extra-vazante, vazando por todos os lados as maiores esquisitices em nome do Deus a quem se deve adorar, não com extravagância, mas com coração contrito e sincero.
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O logos de Deus não faz mais tanto sucesso quanto o rhema da confissão positiva: é a Palavra Turbinada! Só a Palavra não serve... tem que ter a “revelação”.
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Mas... ainda creio que podemos voltar ao cristianismo puro e simples... há mais de 7.000 que não dobraram o joelho ao Baal turbinado.
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Só não quero ver daqui há alguns anos, um comercial onde apareça uma caquética tartaruguinha dizendo: “- Já fiz muito comercial de igreja... mas naquele tempo eles só queriam mesmo era saber de números, de leões, de ursos, águias e outros bichos mais.... mas encheu o SAC!”
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E tá enchendo mesmo!
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Por José Barbosa Junior
Fonte: Crer é também Pensar! [via Púlpito Cristão]

22 de jan. de 2009

Vulnerabilidade dos crentes

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O cenário da igreja evangélica parece não ter conserto. Parece que quando penso que chegamos no fundo do poço sou surpreendido com mais alguns metros p/ descer na lama. É lamentável a tragédia ocorrida no templo da Renascer, mas, é tão triste quanto qualquer outra tragédia.

Talvez os "crentes" sintam uma estranheza ou uma sensação diversa por estarem acostumados a "livramentos" e "milagres". Muitos acostumados - ou programados - a pensar que são "cabeça" e não "cauda", são abalados com um evento como esse que testemunhamos.

Suas mentes moldadas nessa teologia da imunidade entram em "parafuso" quando são despertos para a realidade. Que realidade? Que o Sol brilha para justos e injustos e a tempestade alcança tanto estes como aqueles.

Então onde está, de fato, a diferença para nós cristãos? A diferença não está na manipulação da realidade... nem no mover do "espiritual" em nosso favor no sentido de nos tornar blindados aos infortúnios da vida. O diferencial está - ou deveria - em nossos corações, em nosso caráter como servos e discípulos de Cristo. Que como tais, podem tudo Naquele que os fortalecem. De maneira que, são capazes de suportar pela fé a pobreza, o sofrimento, a tragédia, a injustiça e a escassez... e na mesma Força são capazes de permanecer fortes e fiéis na riqueza, na alegria, no conforto, na justiça e na abundância!

Nota-se então, que o que nos diferencia dos que não são de Cristo, não é como inferimos na realidade, nos eventos aleatórios ou no mundo ao nosso redor, mas como estes nos afetam ou não ao ponto de fazer emergir a transformação que o Evangelho deve produzir em nós.

O acidente com a Renascer só nos mostra que somos tão vulneráveis quanto todos. E que são em momentos assim que devemos florescer Cristo dentro de nós em humildade e oração.

P.S.: Postei esse texto originalmente no Pavablog#

A maldição do Cristo genérico



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Recentemente abandonei a leitura do livro “A maldição do Cristo Genérico”, de Eugene Peterson, por achá-lo muito prolixo. Confesso que com um título desses, eu esperava um pouco mais do autor.

Contudo, navegando pela internet, achei esse texto no blog Romanos 12, onde nos é apresentado um Jesus genérico, o senhor Gezuz. Apresento abaixo alguns princípios para que você poss identificar que tipo de “cristo” estão pregando na sua igreja:
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JESUS: Aceitava pessoas pobres e ricas, sem tratá-las de forma diferente por este quesito.
GEZUZ: Só abençoa quem deixa a contribuição financeira no seu altar.
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JESUS: Ficou irritado ao ver pessoas vendendo coisas no templo e transformando a casa de oração em comércio.
GEZUZ: Adora ver a igreja ser um comércio, pois assim, com o dinheiro, ele pode ter novas filiais de suas empresas-igrejas para mais pessoas conhecerem seu lindo nome: Gezuz!
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JESUS: Não deixava os demônios falarem.
GEZUZ: Adora ver os demônios falar, dar entrevistas e fazer espetáculos para impressionar as pessoas e prendê-las na religião pelo medo.
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JESUS: Para ele o amor é muito mais importante do que o dízimo.
GEZUZ: Até entende se você não amar, afinal, a carne é fraca, mas se você não der o dízimo, ele deixa o devorador comer o teu salário.
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JESUS: Revelou com detalhes a vida da mulher samaritana.
GEZUZ: Não conhecendo muito bem as coisas, chega numa platéia com mil pessoas e chuta: “Tem 10 aqui com dor de cabeça, 8 com reumatismo, 3 com causa na justiça, 40 desempregados...”
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JESUS: Soprou o Espírito Santo em seus discípulos.
GEZUZ: Só dá o Espírito Santo se você falar meio enrolado e desembolsar uma graninha.
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JESUS: Teve medo no jardim do Getsêmani.
GEZUZ: Diz que o medo vem do diabo.
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JESUS: Chamou pessoas que usavam a religião como causa de ganho financeiro e status de hipócritas, mentirosas, raças de víboras e filhas do inferno.
GEZUZ: Chama pessoas que usam a religião como causa de ganho financeiro e status para se assentarem no púlpito da igreja e darem uma palavra.
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JESUS disse: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. (lucas 6:20).
GEZUZ disse: bem-aventurados vós que sois ricos, por que pobre ou está em pecado ou precisa de um verdadeiro encontro comigo.
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Ora, não há outro salvador a não ser Jesus! (At 4.11-12). Não deixem que te empurrem esse placebo chamado Gezuz goela abaixo; foneticamente parece a mesma coisa, mas quando observamos seus ensinos vemos que ele é muito diferente do nosso Salvador, o Senhor Jesus.

Se o Jesus que estão pregando em sua igreja é o Gezuz, saia fora dela enquanto é tempo. Mas não fique por aí perdido não: procure uma igreja bíblica e cristocêntrica, que pregue a Jesus, e não Gezuz. Eu sei que essas estão escassas, mas posso te garantir que elas ainda existem!
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Por Leonardo G. Silva – Th.M.
Adaptado do blog Romanos 12 [via Púlpito Cristão]

21 de jan. de 2009

Agora vou até o fim



Não sei porque me posicionei contra a invasão de Gaza. Não sou palestino, nunca estive nas áreas bombardeadas e não tenho nenhuma afinidade com qualquer militante do Hamas. Embora reconheça que existam muitos cristãos entre os palestinos, entendo que a maioria é islâmica. Não conheço nada do Corão. Gosto da cultura judaica e Jesus, meu senhor, era judeu.

Então, por que, meu Deus, eu me revoltei contra a carnificina de 2009? Consolidei a minha reputação de relativista, amigo de liberais e inimigo do “povo escolhido de Deus”. Só falta me rotularem de antisemita (Sem querer me defender, mas para registro: Sou admirador do pensamento judaico e reconheço a tradição pacifista dos teóricos do pensamento semítico).

“Ricardo, você não sabe que o mundo inteiro estará contra Israel? Não sabe que Jesus virá nas nuvens para advogar a causa do seu povo? Não sabe que o mesmo Deus que mandou dizimar cidades inteiras, matando crianças, velhos e animais, agora “limpa” o território de Israel? Não sabe que você corre o risco de ficar ao lado do Anticristo e da Besta Fera?”

Eu, que já estava ferrado, me indispus, completamente, com os evangélicos. Minha reação, diante de todos os arrazoamentos: Jesus de Nazaré jamais aprovaria o que um Estado militarizado e opressor faz com os pobres ridiculamente enjaulados numa tira de terra com quarenta quilômetros de extensão por dez de largura. Cristo não tolerou que os filhos de Boanerges invocassem a casuística bíblica para chover fogo do céu sobre os samaritanos. Não impulsionou a causa dos zelotes, não provocou ódio e não incitou vingança.

O movimento evangélico, em sua grande maioria, interpreta as profecias bíblicas com as lentes do fundamentalismo. Na versão mais comum, o mundo inteiro se revoltará contra os judeus. Liderados pelo Anticristo, os povos vão guerrear contra Israel. Mas Jesus vai voltar para resgatar o seu povo.

Uma pergunta, só uma: Por que as nações se revoltariam contra Israel? Se o Estado de Israel cometer atrocidades, oprimir e massacrar, então eu sou obrigado a me opor a ele. Nenhuma profecia me obriga a aceitar a maldade. Não posso pactuar com projetos meticulosamente programados para humilhar um povo sofrido e injustiçado. Assumi um compromisso com a justiça e não com uma leitura equivocada da profecia. Estou do lado de quem faz o que é louvável e de boa fama, não posso tolerar massacres.

E as profecias? Não sou contra nenhuma profecia, apenas inimigo da interpretação que a teologia fez da profecia. Não sou contra o projeto de Deus, apenas hostil à instrumentalização do seu projeto para beneficiar uma religião ou uma ideologia. Não sou contra a Bíblia, apenas estranho ao cinismo religioso.

Sei que devo ficar calado e curtir as minhas indignações na privacidade. Não consigo! Talvez a minha índole sertaneja me empurre para o lado de gente como Noam Chomski, Jimmy Carter, Norman G. Finkelstein, Naomi Klein e outros liberais, humanistas, relativistas e pósmodernos. Reconheço que sou impetuoso, na maioria das vezes, visceral. Como pentecostal, transbordo emoções.

Não gosto de beliscão. Melhor ficar de bem com a maioria, não me indispor com os poderosos e não cutucar quem ferroa. Levo bordoada e acabo chateado, mas fazer o quê?:

Quando eu nasci veio um anjo safado
o chato dum querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim. - Chico Buarque.

Soli Deo Gloria

Ricardo Gondim [via Stay Freak]

20 de jan. de 2009

Quando digo: Eu sou um cristão



Quando eu digo, “Eu sou um cristão,” Não estou gritando, “Eu sou salvo!”
Eu estou sussurrando, “eu me perdi! É por isso que optei por este caminho”

Quando eu digo, “Eu sou um cristão,” Eu não falo com orgulho humano
Eu estou confessando que tropeço e necessito que Deus seja o meu guia

Quando eu digo, “Eu sou um cristão,” Eu não estou tentando ser forte
Estou professando que estou fraco e oro por força para continuar

Quando eu digo, “Eu sou um cristão,” Não estou me gabando de sucesso
Eu admito eu sou falho e não posso pagar a dívida

Quando eu digo, “Eu sou um cristão,” Eu não acho que eu sei tudo
Apresento à minha confusão pedindo humildemente para ser ensinado

Quando eu digo, “Eu sou um cristão,” Eu não pretendo ser perfeito
Minhas falhas são demasiadamente visíveis, mas Deus acredita que eu possa valer a pena

Quando eu digo, “Eu sou um cristão”, eu ainda sinto o cheiro da dor
Eu tenho a minha quota de melancolia, é por isso que vou buscar o seu nome

Quando eu digo, “Eu sou um cristão,” não estou querendo julgar
Eu não tenho autoridade - Eu só sei que sou amado.

Poema de Carol Wimmer

Traduzido por Adriano Almeida no blog Terceiro Dia

19 de jan. de 2009

Mc Culto Feliz


Por Marcos Inhauser

A moda da comida rápida e pronta veio para ficar. As lanchonetes, os “por quilo”, os rodízios de massa e de carne se espalham por toda a parte atendendo uma clientela cada vez maior e cada vez com menos tempo para esperar por um prato “a la carte”. O ritual do comer, que envolvia um tempo de relaxamento, de descanso ao sentar e esperar pela comida, cedeu lugar à pressa, o sentar-se cedeu ao comer em pé, andando ou dirigindo. É o sinal dos tempos. Vida moderna caracterizada pela azia, gastrite e úlceras do comer atabalhoado.

Outro problema dos tempos modernos é a massificação dos temperos e sabores. Há multinacionais fazendo comida para ser esquentada por cozinheiros e chefs, com molho pronto e sabor igual para todos. O toque pessoal, a criatividade, o tempero, o paladar refinado, vai cedendo espaço para os paladares acostumados ao “pret-a-porter” da comida. Muda-se de restaurante, muda-se o nome do prato, mas o sabor é o mesmo em toda parte. Cada vez fica mais difícil a individualidade, o gosto pessoal. Alfaiates, costureiras, cozinheiros, doceiros, sapateiros, são profissões que estão a se extinguir pela inércia geriátrica. Morrem os velhos e não há gente nova para substituí-los.

Este tipo de comportamento massivo e massificante também tem chegado às igrejas. Tenho estado em contato com muitas igrejas em função de convites para pregar e dar palestras. Nos últimos tempos, por ter tido folga nos finais de semana, estive visitando várias igrejas de Campinas. Há em todas elas uma incrível similaridade na forma de conduzir a liturgia e em apresentar suas mensagens. Para quem se acostumou a liturgias bem feitas, estruturadas, com forte base teológica e unidade, ir a um culto pret-a-porter é algo nada edificante. Houve um empobrecimento das liturgias.

Aquilo que se construiu ao longo da história da igreja, os hinos, as litânias, as doxologias, as leituras responsais, cederam espaço a três momentos bem marcados: o louvor, os anúncios e a mensagem. O período de louvor é o tempo do barulho, da excitação, da empolgação. Há uma abundância de letras de adoração, mas faltam os cânticos dedicados ao arrependimento, à confissão, à consagração, à instrução. A moderna corinhologia tem se caracterizado pela abundância de cânticos que repetem jargões, lugares comuns e carecem de reflexão teológica.

Um estudo que serviu de tese de mestrado de um colega, mostrou que o hinário de uma das maiores igrejas evangélicas de Campinas não cobria a temática teológica existente no Credo Apostólico, mas havia profusão de cânticos de vitória e de adoração e muitos deles contrariavam a teologia pregada pela sua denominação.

As pregações são algo de se lamentar. Talvez tenha sido a coisa que mais empobreceu. Os sermões expositivos cederam lugar aos temáticos, onde é mais fácil o pregador dizer o que quer. E não são poucos os púlpitos onde se usa o texto por pretexto e não se tem sermão, mas arenga. O estudo cedeu lugar ao testemunho, a reflexão à empolgação, a instrução à confusão, a edificação à quantificação. A igreja é hoje avaliada pela sua platéia e não pela fidelidade a Deus e à Palavra.

Temos McCultos. Tudo pronto, embrulhado, ao gosto do freguês, digo, fiel. E fidelidade dos membros se mede pelas ofertas que faz. O McCulto é tanto mais abençoado quanto maior for o faturamento do dia.

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Fonte: Qadosh [Via: Laion Monteiro]

Leia também: MacJesus: O fast faith da igreja brasileira


Retirado do Púlpito Cristão

15 de jan. de 2009

Milagres

miracle

A idéia de que Deus pode modificar, e realmente modifica, ocasionalmente, o comportamento da matéria produzindo o que chamamos milagres, faz parte da fé cristã; mas a própria concepção de um mundo comum e portanto estável exige que tais ocasiões sejam extremamente raras.

C. S. Lewis em "O Problema do Sofrimento"[via A gruta]

12 de jan. de 2009

Simpatia Evangélica pra ganhar dinheiro



Dinheiro "fácim, fácim" =P

dica do Djair via Orkut

11 de jan. de 2009

7 características de igrejas que cometem abuso espiritual

1) Scripture Twisting (Distorção da Escritura): para defender os abusos usam de doutrinas do tipo "cobertura espiritual", distorcem o sentido bíblico da autoridade e submissão, etc. Encontram justificativas para qualquer coisa. Estes grupos geralmente são fundamentalistas e superficiais em seu conhecimento bíblico. O que o lider ensina é aceito sem muito questionamento e nem é verificado nas Escrituras se as coisas são mesmo assim, ao contrario do bom exemplo dos bereanos que examinavam tudo o que Paulo lhes dizia.

2) Autocratic Leadership (liderança autocrática): discordar do líder é discordar de Deus. É pregado que devemos obedecer ao ditador, digo discipulador, mesmo que este esteja errado. Um dos "bispos" de uma igreja diz que se jogaria na frente de um trem caso o "apóstolo" ordenasse, pois Deus faria um milagre para salvá-lo ou a hora dele tinha chegado. A hierarquia é em forma de pirâmide (às vezes citam o salmo 133 como base), e geralmente bastante rígida. Em muitos casos não é permitido chamar alguém com cargo importante pelo nome, (seria uma desonra) mas sim pelo cargo que ocupa, como por exemplo "pastor Fulano", "bispo X", "apostolo Y", etc. Alguns afirmam crer em "teocracia" e se inspiram nos líderes do Antigo Testamento. Dizem que democracia é do demônio, até no nome.

3) Isolationism (Isolacionismo): o grupo possui um sentimento de superioridade. Acredita que possui a melhor revelação de Deus, a melhor visão, a melhor estratégia. Eu percebi que a relação com outros ministérios se da com o objetivo de divulgar a marca (nome da denominação), para levar avivamento para os outros ou para arranjar publico para eventos. O relacionamento com outros ministérios é desencorajado quando não proibido. Em alguns grupos no louvor são tocadas apenas músicas do próprio ministério.

4) Spiritual Elitism (Elitismo espiritual): é passada a idéia de que quanto maior o nível que uma pessoa se encontra na hierarquia da denominação, mais esta pessoa é espiritual, tem maior intimidade com Deus, conhece mais a Biblia, e até que possui mais poder espiritual (unção). Isso leva à busca por cargos. Quem esta em maior nível pode mandar nos que estão abaixo. Em algumas igrejas o número de discipulos ou de células é indicativo de espiritualidade. Em algumas igrejas existem camisetas para diferenciar aqueles que são discípulos do pastor. Quanto maior o serviço demonstrado à denominação, ou quanto maior a bajulação, mais rápida é a subida na hierarquia.

5) Regimentation of Life (controle da vida): quando os líderes, especialmente em grupos com discipulado, se metem em áreas particulares da vida das pessoas. Controlam com quem podem namorar, se podem ou não ir para a praia, se devem ou não se mudar, roupas que podem vestir, etc. É controlada inclusive a presença nos cultos. Faltar em algum evento pro motivos profissionais ou familiares é um pecado grave. Um pastor, discípulo direto do líder de uma denominação, chegou a oferecer atestados médicos falsos para que as pessoas pudessem participar de um evento, e meu amigo perdeu o emprego por discordar dessa imoralidade.

6) Disallowance of Dissent (rejeição de discordâncias): não existe espaço para o debate teológico. A interpretação seguida é a dos lideres. É praticamente a doutrina da infalibilidade papal. Qualquer critica é sinônimo de rebeldia, insubmissão, etc. Este é considerado um dos pecados mais graves. Outros pecados morais não recebem tal tratamento. Eu mesmo precisei ouvir xingamentos por mais de duas horas por discordar de posicionamentos políticos da denominação na qual congregava. Quem pensa diferente é convidado a se retirar. As denominações publicam as posições oficiais, que são consideradas, obviamente, as mais fiéis ao original. Os dogmas são sagrados.

7) Traumatic Departure (saída traumática): quem se desliga de um grupo destes geralmente sofre com acusações de rebeldia, de falta de visão, egoismo, preguiça, comodismo, etc. Os que permanecem no grupo são instruídos a evitar influências dos rebeldes, que são desmoralizados. Os desligamentos são tratados como uma limpeza que Deus fez, para provar quem é fiel ao sistema. Não compreendem como alguém pode decidir se desligar de algo que consideram ser visão de Deus. Assim, se desligar de um grupo destes é equivalente a se rebelar contra o chamado de Deus. Muitas vezes relacionamentos são cortados e até famнlias são prejudicadas apenas pelo fato de alguém não querer mais fazer parte do mesmo grupo ditatorial.

fonte: Emeurgência [via Pavablog]

Imagine no religion



"Crenças populares freqüentemente começam de quase nada; talvez alguém simplesmente as invente, como as histórias sobre Thor e Zeus. Mas depois de terem sido transmitidas por alguns séculos, o simples fato de serem tão antigas as faz parecer especiais. As pessoas acreditam em coisas simplesmente porque outras pessoas acreditaram nessas mesmas coisas ao longo dos séculos. Isso é tradição.

O problema com a tradição é que, independentemente de há quanto tempo a história tenha sido inventada, ela continua exatamente tão verdadeira ou falsa quanto a história original. Se você inventar uma história que não seja verdadeira, transmiti-la através de vários séculos não vai torná-la verdadeira!

A religião judaica e a mulçumana são um pouco diferentes; e há ainda diferentes tipos de judeus e mulçumanos. Pessoas que acreditam em coisas um pouco diferentes umas das outras vão à guerra por causa destas discordâncias. Então você talvez imagine que eles têm boas razões - provas - para acreditar naquilo que acreditam. Mas, na realidade, suas diferentes crenças são inteiramente decorrentes de tradições."

(Carta de Richard Dawkins a sua filha Juliet - entregue a ela quando ela tinha 10 anos de idade)

É triste que coisas que até uma criança pode compreender não sejam compreendidas por milhares de pessoas.

Juliana Dacoregio no Heresia Loira

10 de jan. de 2009

A igreja de hoje



"Nós construímos igrejas que se tornam nada mais do que lugares para os da fé se esconder enquanto fingem que suas ações estão boas e frutíferas para o mundo". (Erwin Raphael McManus)

"A igreja que deveria ser a guardiã dos princípios cristãos abriu mão de sua pregação sobre ética e moralidade paparicando seus políticos, evangélicos ou não, na busca de reconhecimento e status social, partilhando da impunidade administrativa e do enriquecimento ilícito.... A igreja é também a grande culpada pela violência estrutural, pois não tem amparado o pobre, usando das contribuições financeiras na construção de mega-igrejas, mega-templos e mega-denominações, pensando com isto agradar a Deus. Aquele que é adorado em 'espírito e em verdade' prefere ser adorado por corações contritos e dispensa os muitos sacrifícios. Se ... os crentes ... cumprissem com os mandamentos de Jesus praticando a justiça social e as boas-obras, não haveria crianças nas ruas, nem pessoas vivendo dos lixões, porque além de pregar a transformação do indivíduo - o que raramente se ouve nos atuais programas de televisão - socorreria com bens materiais os mais necessitados e afligidos pela pobreza." (Pr. João A. de Souza Filho)

"Se existe algo que a história nos ensina, este ensino é que os ataques mais devastadores desfechados contra a fé sempre começaram com erros sutis surgidos dentro da própria igreja". (John Macarthur Jr.)

"Eu vejo que chegou a hora da gente redescobrir as nossas vozes e parar de fingir que ta tudo bem numa igreja cheia de pecado e hipocrisias. Chegou a hora da gente redescobrir os nossos corações selvagens e descobrir o propósito das nossas vidas. O crente não é uma criatura criada para ser domesticado, ele é algo selvagem; assim Deus o criou e assim ele gosta." (Pr. Jeff)

Fraternalmente.

James no blog Jesus Maior Amor [via Meu Lugar é Aqui]

9 de jan. de 2009

Pepino

Gente, alguns devem ter percebido que o blog apresentou um bug no layout novo aparecendo um fundo roxo com um quadrado vermelho no centro com outro quadradinho roxo dentro... =)

Fiquei chateado pois demanda tempo deixar o blog com uma cara legal. Infelizmente acho que não vou poder trabalhar no layout por enquanto, de forma que deixarei assim até ajeitar o visual novamente com mais tempo... :(

Desculpem a péssima visibilidade, mas não deixem de passar por aqui! :)

Abraços

Teologia da prosperidade...

...por Marco Feliciano




...e por John Piper



E aí? Qual linha de pensamento você segue?

vi no Lion of Zion

8 de jan. de 2009

How Long?


Fonte: Subversivo Zine [via Práxis Cristã]

Até quando?

Você só come comida cristã? Foi o que fizeram com a música!



Todos os dias nós comemos. Na maioria das vezes, conjuntamente bebemos. Certa ocasião, à mesa para uma refeição cotidiana, me veio à mente uma hipótese no mínimo curiosa. Já imaginou se alguém, ao se converter verdadeiramente ao Senhor Jesus, arrependendo-se de tentar viver a vida de forma independente de Deus, fosse encorajado por outrem a comer, a partir de então, apenas comida cristã? Como seria? Em que loja de supermercado ou mini-mercado a encontraria? Em que lanchonete ou restaurante teria para se comer a comida já pronta? Que igreja, ou melhor, empresa, a disporia para degustação promocional nas melhores lojas do ramo, ou a promoveria nas rádios, tvs, revistas, enfim, na mídia em geral? Quais seriam as condições ou parâmetros para que tal recomendação pudesse ser praticada? Afinal de contas, o texto de I Coríntios 10:31, é literal ao dizer: "seja comer, seja beber, ou qualquer outra coisa fazer, tudo seja feito para a glória de Deus". Se comida aparece de forma tão explícita, deve existir aquela mais adequada ou exclusiva para ser ingerida para a glória de Deus. Quem sabe, trata-se de um tipo de comida especial, ou talvez cozida por pessoas especiais, talvez de uma família especial. E por que não levantar a hipótese de um ministério também especial para tal, o ministério sacerdotal da culinária ou,os cozinheiros sacerdotes? Aqueles que através da sua arte culinária unem as pessoas a Deus ou que, por meio do seu serviço, ministram aos outros de forma que o alimento que produzem torna-se cheio de uma unção especial e específica: 'unção da culinária'.

É possível que você até esteja considerando todas as palavras que escrevo. Vamos, então, pensar um pouco mais nessa curiosa hipótese sugerida. Talvez a primeira condição para o reconhecimento de uma comida como cristã fosse a sua composição, o seu conteúdo, os seus ingredientes. Então, quais seriam eles? Que ingredientes seriam os mais adequados ou sagrados? Vegetais, por serem alimento pré-queda do homem e não virem da morte de animais? Animais, porque durante um bom tempo eram oferecidos em sacrifícios? E porq ue não perguntar sobre a possibilidade de todos os feijões, arrozes, carnes, saladas, e tudo o mais, dependendo apenas da forma e quantidade que se ingere? Para alguns, certamente o sal seria presença determinante na conceituação de uma comida cristã, pois a própria Bíblia informa sua importância para que o mundo ganhe sabor. Por outro lado, possivelmente o vinho, apesar de provocar um sabor todo especial, não deveria constar, face seu conteúdo alcoólico - embora, para alguns mais 'bíblicos', esse seria o ideal, pois, questionamentos à parte, simplesmente, é bíblico. Mas nem todos gostam de tais ingredientes. E mais, alguns até gostam, porém, não podem ingeri-los por uma questão de saúde. Fatalmente, determinar alguns ingredientes como comestíveis pelo cristão e outros não seria uma aberração,ou algo simplesmente ilógico. Certamente tal decisão não poderia ser tomada a partir do seu conteúdo.

Mas, como, então, identificar o que significa uma comida cristã? Deixando de pensar em relação à sua composição, pensemos, então, na sua aparência. Certos alimentos não têm uma boa apresentação ou são diretamente relacionados às práticas ou aos povos historicamente apegados ao que não vem de Deus. E, enfim, imagem é algo fundamental, sobretudo quando se está à mesa. Aí eu me pergunto: Comemos ou não com os olhos? É muito mais fácil pagarmos mais caro por um delicioso sanduíche fotografado com muita arte e exposto acima da bateria de caixas de um fast-food famoso, do que simplesmente ingerirmos aquele delicioso pirão gosmento em meio a um ambiente barato e simples, servido numa panela machucada de alumínio e, ainda por cima, queimada no fundo por tantos anos de fogão. Certamente a comida cristã que procuramos teria uma aparência saudável, "santa, separada", e possivelmente um aspecto mais pautado em outra cultura do que na nossa, principalmente se tivéssemos sido evangelizados por pessoas de outras culturas como os missionários trans-culturais. Aliás, essa é uma grande tendência de alguns povos e também grande mal dos brasileiros, que têm uma gastronomia tão boa, como afirma o famoso chefe de cozinha 'Jun Sakamoto', de origem oriental e que se tornou referência na gastronomia a partir de São Paulo e Nova York: "O brasileiro muitas vezes, ao procurar uma boa comida, pensa primeiro na italiana, francesa, portuguesa, chinesa, japonesa, para depois se referir à brasileira."

Fica claro, então, que além do seu conteúdo, também não se pode definir comida cristã a partir da sua aparência. O que fazer? Por que, então, não partirmos para tentar defini-la em função da sua autoria? Quem a está fazendo? Quem é o cozinheiro ou cozinheira? De que mãos nascem essas saborosas, belas, memoráveis e saudáveis refeições, e por que não dizer, banquetes? Se formos avaliar apenas a partir da sua técnica, seríamos tentados a medir a autenticidade possivelmente com base na formação do seu autor. Que cursos gastronômicos ou de nutrição freqüentou? Qual a sua formação acadêmica? Engenharia de alimentos? Estudou em alguma renomada faculdade do ramo? Qual a sua capacitação técnica para desenvolver tais alimentos? Escreve ou lê receitas? Ou será que ele, ou ela, são capazes de criá-las simplesmente - por possuírem um dom específico na área - independente do tempo de fogão? E por falar em tempo de fogão, certamente a experiência poderia também ser um possível parâmetro. Será que tal cozinheiro possui experiência no assunto? Há quanto tempo ele cozinha? Em que restaurantes trabalhou? É profissional da área, independente da sua formação acadêmica? Com quem já fez parcerias? Ou, para quem cozinhou?

Todos esses questionamentos podem até nos ajudar a identificar uma comida muito bem feita, talvez de boa fama, deliciosa de se consumir, e, até, agradável aos olhos. No entanto, jamais os seus ingredientes, a sua aparência, ou a técnica, a experiência e a capacitação natural do seu autor para desenvolvê-la podem defini-la ou não como uma comida cristã. É óbvio que não existe uma comida cristã. Pode ser que cristão seja aquele que a produz. E você pode até estar achando tudo isso aqui meio ridículo. Mas foi exatamente o que fizeram com a nossa música chama de "cristã". Releia o artigo, substituindo a palavra "comida" por "música", e com algumas pequenas adequações, e constate tal realidade.
Que o Senhor, Pai da Luzes e das Artes, Criador Criativo em tudo, abençoe você ricamente!

Para quem não ler: deseja-se criar uma classificação para música como cristã, muitas vezes baseada no seu conteúdo, na sua aparência ou na técnica, experiência ou talento natural do seu compositor, quando na realidade não existe música cristã propriamente dita, mas sim cristãos que fazem músicas!

Augusto Guedes no portal Cristianismo Criativo

7 de jan. de 2009

Rótulos



Gostaria de participar desta blogagem coletiva, mas, tô sem time pra escrever, de maneira que vou reprisar estes posts bem antigos que tratam do assunto:

CRISTO É INSUFICIENTE

Agora mesmo no meu trabalho a gerente me perguntou de qual igreja eu era. A supervisora já ficou antenada na minha resposta porque já conversamos bastante sobre isso. Parei, pensei qual a melhor forma de dizer que... bem... não sou de nenhuma igreja, sou de Cristo!

Disse pra ela não não frequentava nenhuma igreja, por assim dizer. A reação? Se espantou comigo e disse que não imaginava isso porque eu parecia tão amoroso, gentil e conhecedor da Bíblia. A supervisora aproveitou o gancho para continuar com suas conclusões pertinentes ao assunto. E me disse que eu seria de grande valia dentro de uma igreja e que estou desperdiçado.

Tentei explicar às duas (se ajuda mencionar, católicas) que amo a Igreja, no entanto, não me identifico com templos, denominações (leia-se nomes fantasia, marcas, fachadas, placas, instituições autoexistentes, sectarismos, segregarismos, alienalismos, partidarismos, exclusivismos e etc), tradições vigentes e congeladas em si mesmas e, portanto, não exalto todo esse Sistema Humano como Igreja de Cristo, muito menos como Reino de Deus. O Reino de Deus trancende nossas limitações de terminologia e tentativas de domesticar a Palavra de Deus e o modo que o próprio Deus interage com os homens. Também expliquei que o único nome no Céu e na Terra pelo qual importa que eu seja salvo é o nome de Jesus. E que esse nome já é unicamente suficiente para eu referenciar minha vida, minha fé, meu trabalho, minha família, meu falar, meu pensar, meu agir, meu entendimento, minha alma e minha persistência. Enfim, não deu em nada. Ficaram com aquela expressão desgostosa estranhando eu não me ligar a nenhuma denominação.

Depois sentadinho de frente ao meu PC fiquei matutando: O que elas queriam dizer é que o nome de Cristo não é suficiente? Que preciso incrementar outros nomes além do Nome sobre todo nome?

O nome de Jesus não basta? Leia +

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PLACAS

Uau! Quanta diferença? Quanta picuinha e pormenores desprovidos de relevância? Que reino é este que não celebra a diversidade? Que reino é este que não dá valor ao preto, ao branco, ao azul, ao vermelho, ao rosa, ao verde? Que tipo de reino é este que faz acepção de mulheres, homens, adolescentes, jovens, crianças, velhos, gays, lésbicas, prostitutas, pobres, ricos? Que reino é este que impõe que os cabelos longos do homem, o cabelo cortado da mulher, os brincos, as tatuagens, as calças, o batom, as correntes, as pulseiras traduzam o interior e a fé de alguém? Que reino é este que segrega a variedade e a criatividade?

Tantas desigualdades e distinções incompreendidas e mal interpretadas levam a cabo a multiplicação e a sectarização das pessoas. Ao invés de, gerar unidade pela diversidade e pela multiforme sabedoria de Deus, a igreja particionou a fé e a comunhão do Corpo. Não entenderam o "suportai-vos uns aos outros em amor". Criaram repartições diferentes e de vários sabores. Se não vou com a cara dos "crentes" e não gosto de suas gritarias e fanatismo, posso frequentar uma boa missa. Se não vou com a cara dos católicos e sua "idolatria"(interessante que os evangélicos batem o pé contra a idolatria católica, mas, não enchergam o próprio rabo atolado de idolatria, amor ao dinheiro, ao "apóstolo num sei das quantas", ao "pastor", à denominação, avareza, etc) e me simpatizo com a farra evangélica, mas, sou mais conservador posso instalar-me numa comunidade mais sã, mais cautelosa, legalista, moral, tradicional. É o tipo de igreja que condiz com meu perfil.

Mas, se sou mais aberto, mais liberal, mais desinibido, mais "extravagante", posso acomodar-me numa igreja avivada, alegre, que bate palmas, que pula, que dança, que grita. Seria o tipo de igreja que me satisfaria. Há diversas modalidades de cultos, shows, rituais, liturgias, programações, costumes tantos quantos há de denominações. Nesse embalo, logo, logo, poderemos dizer que igreja é igual "nariz", cada um tem um. É questão de gosto, de conforto e de comodidade a nossa escolha pela denominação tal. Leia +

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Você falou em congregar com "desprendimento denominacional" e eu acrescentaria que não existe uma desprendimento denominacional na prática se não houver uma separação do sistema denominacional para se estar reunido SOMENTE ao nome do Senhor Jesus Cristo, o Nome tão digno ao Pai que é, infelizmente, muitas vezes, considerado por nós de somenos importância.

Quantas vezes estamos prontos a alterar nosso rumo um pouquinho a fim de não sofrermos por causa deste Nome tão maravilhoso. E então caímos, como a grande maioria de nossos irmãos espalhados pelas divisões, na tentação de nos identificarmos por mais algum nome, esquecendo do valor que Seu bendito Nome tem para Deus, esquecendo‑nos que "Jesus Cristo" é, segundo o propósito de Deus, Aquele "do qual toda a família nos céus e na terra toma o Nome" (Ef 3.15). Mas por que tanta importância deve ser dada ao Seu nome? Porque Deus faz assim e porque disto depende o testemunho da unidade da Igreja sobre a terra, testemunho este apresentado aos homens (João 17.23) e aos anjos (Ef 10.3).

Infelizmente vemos o Nome de Cristo sendo considerado algo secundário e os cristãos passam a dar mais valor à união dos crentes do que à unidade do um só corpo, comprometendo assim o testemunho desta unidade e passando por cima da verdade. Existe uma diferença entre união, no sentido em que estou mostrando aqui, e unidade. Unidade é aquilo que já temos. Deus fez a igreja UM SÓ CORPO (Ef 4.4), e isto independente de nós. Foi Ele quem a fez assim. Cabe agora a nós darmos testemunho desta unidade que é tão preciosa aos olhos de Deus. Ninguém pode destruir a UNIDADE do Corpo de Cristo, mas os homens conseguiram arruinar o TESTEMUNHO desta unidade, ou seja, aquilo que é visível aos homens e aos anjos e que coube aos homens preservar ("Rogo‑vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer... Está Cristo dividido?" 1 Co 1.10,13). Leia +

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Estes textos são de logo quando criei o blog... vale a pena dar uma lida =)

Sucessão apostólica?


Quando Paulo reivindicou para si o apostolado, ele sentiu a necessidade de provar que fora designado não pelo homem nem através de homens, mas imediatamente por Jesus Cristo (Gl1.1). Que o Evangelho não lhe fora ensinado através de outros, mas que ele havia recebido seu conhecimento por revelação (Gl1.12) que havia visto Cristo depois de Sua ressurreição (1Co9.1 e 15.8). Que ele era inspirado como mestre e que o Senhor havia autenticado sua missão apostólica tão plenamente como fizera com Pedro (Gl2.8). E disse ele aos coríntios: “Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2Co12.12).

Não há no Novo Testamento mandamento algum para que se perpetue a sucessão dos Apóstolos.

A palavra apóstolo as vezes é utilizada no sentido etimológico como “mensageiro; no sentido religioso como “missionário”; ou no sentido oficial restrito, no qual se confina aos mensageiros imediatos de Cristo, sem pares.

Para que não haja confusão, o ideal é que não utilizemos desse título, visto que as pessoas instantaneamente farão ligação entre os apóstolos restritos e a pessoa que tenha recebido o título de apóstolo por questão missional. O termo “missionário” corresponde a mesma idéia, sem causar confusões e sem alimentar vanglórias.

fonte: Aventura espiritual

6 de jan. de 2009

Decepcionado com a igreja



Não consigo esquecer-me do meu primeiro dia na igreja. Uma sorridente recepcionista me recebeu com grande entusiasmo. No momento da apresentação dos visitantes, pessoas não menos entusiasmadas me cercaram, oferecendo apertos de mãos e expressões como: “Seja bem vindo!”, enquanto a outra parte aplaudia efusivamente. Qual a minha surpresa ao receber uma carta na mesma semana agradecendo-me mais uma vez pela presença, e convidando-me a voltar outras vezes. Quem não ficaria empolgado com tamanha atenção?

Esta cena é habitual na rotina de diversas igrejas. Dificilmente, uma pessoa tão bem recebida não voltará mais vezes, e a grande chance de angariar um novo membro é muito grande. Apresenta-se a idéia de um lugar onde todos se amam,se ajudam, lutam por objetivos comuns, almejando alcançar as mesmas coisas.

A jornalista e cientista política Lucia Hippolito normalmente costuma usar uma frase quando se refere ao PMDB: “O PMDB não é para amadores”. Fazendo uma alusão a esta frase, após 16 anos na igreja, posso afirmar sem medo: “Ser evangélico e viver ativamente numa igreja evangélica não é para amadores”.

A verdade é que nosso sistema religioso institucional está adoecendo. A mensagem do Evangelho vem perdendo a força na maioria das igrejas. As novas ondas de crescimento, dos resultados, do marketing evangélico, do status e do reconhecimento estão fazendo que a igreja passe pela sua maior crise de identidade.

O foco deixou de ser a vida das pessoas, e passou a ser quantas pessoas eu consigo trazer para minha igreja. E para isso os mais diversos atrativos são utilizados: promessa de milagres, cura, um templo luxuoso e confortável, interatividade e entretenimento na igreja, entre muitos outros. O problema é que as pessoas deixaram de ser cuidadas. Muitas vezes aquele suposto amor do primeiro dia é trocado pela indiferença, onde o pastor deixa de ser o mentor espiritual de vidas ( ou porque não tem tempo porque está inserido em muitas outras atividades que desfiguram seu chamado pastoral ) e torna-se um burocrata pragmático que prega sermões aos domingos. Quantas brigas cercam pastores e ministérios “rivais” que não se falam, porque um supostamente cresce mais que o outro. Quantos clãs e dinastias se instalam nas igrejas e assume cargos importantes não por seu amor a obra de Jesus, mas porque os seus dízimos são importantes. Quantos aproveitadores entram no “esquema” para se dar bem. Quantos são desvalorizados mesmo tendo coragem de morrer por Jesus. Alianças, acordos debaixo dos panos, casos abafados conforme os objetivos, irmãos querendo derrubar outros irmãos, uso inconseqüente de poderes, jogos de influência, falsidade, descaso... Ufa! Mas muitos acreditam que isto não acontece aqui, não no Brasil... Provavelmente deve acontecer em alguma igreja do interior da Indonésia.

Não quero entrar em um debate com extremistas assim: “Porque você em vez de ficar falando, não sai?” . Na verdade tenho uma preocupação. Onde iremos parar? Já aconteceu no passado com outros movimentos que se burocratizaram tanto que perderam sua força. Compartilho a idéia do pr. Ricardo Gondim quando diz que o movimento evangélico tal como nós o conhecemos está trilhando seus últimos dias. Veja:

É engraçado porque, mesmo com a Igreja brasileira atravessando uma tremenda crise de conteúdos, a gente vive um momento de ufanismo evangélico. A Igreja Evangélica brasileira tem uma grande dificuldade de examinar a si mesma, porque está muito entusiasmada com seu próprio crescimento. Mas é fácil constatar que o Evangelho tem sido pregado e vivido de uma maneira extremamente pragmática, utilitária. Que Evangelho estamos pregando? É um Evangelho de resultados, onde o que interessa menos é o próprio significado da conversão. Isso é muito grave. O significado da expressão “nascer de novo” está muito difuso dentro das nossas igrejas. O que é nascer de novo? Esta experiência basilar foi diminuída a um simples rito comportamental de levantar a mão, vir à frente, seguir cinco ou seis “leis espirituais” – confesse isso, declare aquilo, aja deste modo. Ou seja, virou um credo. E um credo ralo. O conceito de nascer de novo está muito fragilizado, além de se falar pouco nele. E quando se fala, não sabemos nem a que estamos nos referindo. O movimento evangélico, tal como hoje o conhecemos, está próximo do seu fim.

Os sinais desse esgotamento são claros. Um deles é a fragilidade teológica e doutrinária dos adeptos do movimento evangelical nas bases. Se você perguntar a um membro de igreja evangélica, hoje, por que é evangélico, ele vai responder com um chavão ou relatando uma experiência mística, metafísica, sem qualquer conteúdo básico, exegético, hermenêutico. E essa experiência mística caberia muito bem em qualquer outra vivência religiosa, do budismo ao espiritismo. Esse esvaziamento teológico nas bases demonstra que a longevidade do movimento evangélico está comprometida

(Fonte: http://www.eclesia.com.br/revistadet1.asp?cod_artigos=25).

Não tenho uma resposta pontual para a resolução desses problemas, pois, são frutos de anos e anos de descaso e abandono de ideais. Mas, se tenho uma preocupação tenho uma esperança: que a igreja possa reagir. Não sou um defensor das igrejas emergentes, pois não compartilho e não concordo de algumas bases, mais confesso que pode ser um caminho. Ela trabalha com uma idéia que desestimula a institucionalização, a formalização, a burocratização. Pode ser esse o caminho que nos levará de novo ao interesse pelas pessoas, pelo compartilhamento, para a unicidade, para o crescimento de dentro pra fora como cristãos. A esperança provavelmente está no momento que a igreja deixar de ser rentável, e aqueles que resistirem a quebra entenderem que a verdadeira igreja somos nós, os seres humanos pelo qual Jesus morreu.

Flávio no Stay Freak

5 de jan. de 2009

Sobre o estupro daquela noiva


Li recentemente sobre o estupro da Noiva, mas conheço a moça e gostaria de dar um testemunho:

Fiquei muito triste com a notícia, mas já sabia que essa noiva adolescente não era lá essas coisas. É lamentável o abuso e a quantidade de gente passando a mão nessa menina, em plena luz do dia. Mas convenhamos, ela deixou de ser pacata e discreta há muito tempo, sempre instigando e seduzindo outros com sua saia curta de discernimento, seu decote farto em vaidades, uma boca lasciva entreaberta para propostas indecorosas, e um andar sinuoso, rebolando sem retidão. Não sei se dá pra chamar de estupro, um ato concentido e desejado. Acho que no fundo essa garota queria mesmo é pular a cerca, já que o noivo não chega e ela fica na janela da vida, olhando a banda passar, cantando coisas do amor, flertando com quem quer que passe.

Marota, ligeira, esse cara deve amá-la muito, pois eu já a teria mandado embora e procurado outra. Não sei bem, mas parece que vem de uma família complicada de muita gente má, criminosa, e provavelmente já sofreu abusos na infância. Quando retirada de sua família e adotada por um novo pai, foi cercada de cuidados, mas nunca sabemos até onde essas feridas foram saradas, o quanto esses anos de tortura e tristezas a marcaram. Seu irmão adotivo, de quem sou amigo, logo que a viu, se encantou e a pediu em casamento ao pai, que concordou com o casamento quando ela atingisse a idade adequada e ele terminasse suas tarefas. Saiu em jornada, mantem contato direto, mas lhe deixa livre pois segundo ele: "É melhor ela ser quem é, do que tentar fingir algo que não é. Amo-a assim mesmo, amo mesmo. Dei e daria a minha vida por ela se fosse preciso mais uma vez. Um dia volto e ela vem comigo, inteira, de coração aberto. Quem não erra na vida?". Assim, não há argumentos que o convençam a deixá-la. Ele daria mesmo a vida novamente por ela, se precisasse.

A notícia é tendenciosa. A corrupção é do 'algoz' e da 'vítima'. Ela conhece bem o seu noivo, sua índole, suas intenções. Sabe que ele é confiável, e que vai voltar. Sabe que ele pode satisfazê-la em todos os sentidos, mas prefere bater pernas enqunto ele está fora. Cristo pode até ser chamado de 'corno manso', ou de 'cego', mas ele é o único que não está sendo legalista, que não a está desprezando e o único cujo coração está cheio de amor, e não de crítica e condenação.

Talvez ela precisa de amigos e gente madura que a possa aconselhar.

Algumas das palavras de Cristo - coisa de gente apaixonada:

Cânticos 4:9 Enlevaste-me o coração, minha irmã, minha esposa; enlevaste-me o coração com um dos teus olhares, com um colar do teu pescoço.

Provérbios 31:10 ¶ Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.

Provérbios 18:22 ¶ Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do SENHOR.

Lucas 6:45 O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.

Isaías 62:5 Porque, como o jovem se casa com a virgem, assim teus filhos se casarão contigo; e como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus.

Jeremias 33:11 A voz de gozo, e a voz de alegria, a voz do esposo e a voz da esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao SENHOR dos Exércitos, porque bom é o SENHOR, porque a sua benignidade dura para sempre;

Um abraço.

fonte: Dos Sopas y Nada Mas

Lembrei-me de algo que Santo Agostinho disse: A igreja é uma prostituta, mas ela também é minha mãe.

2 de jan. de 2009

Não devo nada, nem você...

Deus ama a cada um de nós como se houvesse apenas um para amar. (Agostinho)

Essa é uma verdade absoluta que salta aos olhos quando lemos os Evangelhos e enxergamos tudo que Cristo fez por nós, pecadores e indignos de misericórdia alguma.

As Boas Notícias de Cristo são consolo, de fato, ao nosso coração! Esperança de transformação, de justificação e de Salvação para cada pessoa que se renda por inteiro e se entregue humildemente a esse doce Amor Divino, terno e inefável.

Porque Deus me ama? A Bíblia responde a essa profunda questão com uma palavra incomparável: graça. Deus ama em razão do que Ele é, não porque eu tenha feito algo para merecer. Deus não pode deixar de amar, pois o amor define sua natureza. (Philip Yancey)


Quando intentamos fazer qualquer coisa para justificar nossos erros e nossa imperfeição, e depositamos nossa segurança espiritual nisso, estamos cuspindo na Cruz de Cristo. Estamos dizendo: "Deus, eu sei que você diz que me ama, e que me justifica, e que já fez tudo por mim restando-me apenas amá-Lo de toda alma, com toda força e com todo meu entendimento, mas, algo me diz que tudo isso é bom demais pra ser verdade... então, permita-me desgastar-me em alguns belos rituais religiosos, manter algumas incoerentes tradições e me prender à algumas obras legalistas, é que para mim estas coisas soam piedosas e espirituais, e me dam, portanto, certa confiança... o Senhor entende, certo?"

Não, o Senhor com certeza não entende tal comportamento. Você entendería alguém continuar se esforçando para pagar uma dívida que foi paga integralmente em razão do sacrifício de seu próprio filho? Eu não entenderia... e acho que até me sentiria ofendido!