3 de dez. de 2009

A igreja que matou Jesus

church, by Exian A igreja que matou Jesus preferiu conviver com um marginal e assassino do que com Jesus.
A igreja que matou Jesus também matou os profetas.
A igreja que matou Jesus era religiosa.
A igreja que matou Jesus convivia com Ele, mas não o conhecia.
A igreja que matou Jesus era hipócrita.
A igreja que matou Jesus fazia do templo e da Palavra, comércio.
A igreja que matou Jesus envolveu-se com a política da época.
Na igreja que matou Jesus havia podres e sujeiras.
Na igreja que matou Jesus a última palavra era dos poderosos, os santos sumo sacerdotes.
Na igreja que matou Jesus a comunhão era fingida. O amor, discursivo.Leia +


Recomendo a leitura do restante do texto. E convido à reflexão...

16 de nov. de 2009

7 Dias Para Viver




O que você faria se tivesse apenas uma semana de vida?

Abordei quatro pessoas próximas com esta pergunta. A pergunta foi feita de súbito, fora de contexto. Indaguei do nada surpreendendo-as com uma questão pouco levantada em seus dias comuns.

Primeiro foi interessante observar as expressões de impacto: "Como assim?", "O quê?", "Hummnn..."

Acredito que a esmagadora maioria das pessoas não pensam muito nisso. Ninguém gosta de pensar no fim! Ninguém quer o fim. Todos queremos - e pensamos ter - mais tempo. Todos nós vivemos como se fôssemos imortais na verdade. No mínimo afastamos de nossos pensamentos a idéia de que enfim aquele dia chegará... o dia em que findará tudo o que conhecemos, tudo o que vemos, tudo o que experimentamos, tudo o que construímos e conquistamos.

Pense um pouco comigo. O que dá valor às coisas? O que é valor? O que é importante? O que vale a pena? Onde está nosso tesouro? O que é nosso tesouro?

Creio que você como eu acordamos todos os dias e temos como meta ganhar dinheiro para viver, certo? Ou será que temos vivido para ganhar dinheiro? Pare para pensar um instante... onde você deposita seus valores? Ao que você confere valor?

Todo mês quando recebo meu merecido "dinheirinho", que logo tem seu destino certo, fico a pensar: "Puxa vida! Esse papelzinho filho da p&t@ é razão de boa parte da minha rotina! É razão de boa parte de minhas preocupações. Por causa desse papelzinho morrem pessoas... PESSOAS, caramba! Papelzinho... pessoas... Algo está errado aqui..."

O quê? Pegamos uma papel impresso e lhe conferimos valor? Não consigo entender o fênomeno de valorizar alguma coisa sem comparação. Algo tem valor diante de outra coisa que não o tem. O valor é praticamente simbólico, abstrato. O valor das coisas brota de dentro de nós...

Famílias estão passando fome porque não têm alguns papéizinhos "com valor"? Crianças estão sem perspectivas de futuro por causa de papéizinhos atribuídos de "valor"? Isso não soa nem um pouco justo. Aliás, é isso que é o Capitalismo, certo? Lucro inconsequente. Lucro injusto. Lucro, lucro e lucro...

Mas, valor é algo que só tem sentido se comparado com outra coisa sem valor! E para isso ser determinado precisamos de perspectivas. O mundo gira como se não fosse findar nunca. Lucrar é a ordem. Vencer é o objetivo. Acumular é o princípio.

Mas, o que acontece quando você só tem sete dias para viver? Suas perspectivas mudam radicalmente. Suas prioridades alteram-se como nunca seriam se não lhe restasse tão pouco tempo. Resumindo, seus valores tornam-se outros. Melhor dizendo, as coisas que realmente têm valor emergem nessa perspectiva de reta final.

O trabalho árduo, frenético e quase incessante perde o sentido. Se este perde o sentido, o dinheiro então torna-se loucura! O poder, a ganância e o orgulho tendem a perder campo. O que realmente importa na vida torna-se mais claro quando nossos dias são abreviados.

Ninguém quer gastar seus últimos sete dias de vida trabalhando, ganhando dinheiro, exercendo poder, vingando, magoando, maltratando, brigando, acumulando bens, retendo tesouros, negligenciando o outro necessitado, e tantas outras coisas que são comuns enquanto vivemos "imortais".

As respostas que tive me levaram a perceber que realmente vivemos e damos valor às coisas que na verdade não teriam valor algum para nós numa perspectiva de morte iminente. O que por conclusão temos que, de fato, não são coisas que deveríamos atribuir valor.

E nos últimos sete dias de vida o que realmente importa é estar com as pessoas que você ama. É estar com as pessoas que te amam também. É correr atrás de fazer feliz e se preocupar menos com que te façam feliz. Na última semana de vida o que realmente tem valor são PESSOAS... essas coisas que geralmente não damos valor durante toda uma vida pensando que somos "imortais".

Deus deve achar ridículo quando damos valor a "papéizinhos" e não às pessoas quando estas são na verdade as únicas coisas que importam quando paramos para pensar...


Texto que escrevi para o Blog dos 30! Todo dia 16 um "textículo" meu por lá =)

11 de nov. de 2009

Antes Na Igreja e Depois de Fora da Igreja




Acho que posso contar minha história dividindo-a em ANI e DFI. Calma, vou explicar: Antes Na Igreja e Depois de Fora da Igreja. Os leitores que já conhecem esse espaço e como me refiro aos termos me perdoem, mas muita gente ainda cai de súbito por aqui e entenderá mal minha colocação. De maneira que vou explicar só um pouquinho mais!

Quando divido minha vida em Antes Na Igreja, digo dos meus tempos como membro de denominações; meus tempos como "ministro de louvor", como professor de Escola Bíblica Dominical, como "adorador extravagante", como "separado do mundo" - acabo de ter um insight para um próximo texto -, como "evangélico", como "gospel", e por aí vai um tanto de classificações e nomes sem tanto... vocês conhecem!

Antes Na Igreja eu fazia parte desse bem elaborado Sistema religioso do qual grande parte das pessoas estão inseridas; esse Sistema abrange várias confissões: Cristianismo, Catolicismo, Protestantismo, Evangelicalismo, Judaísmo, Espiritísmo, Hinduísmo, Budismo, Ateísmo (considero um sistema (a)religioso), etc., etc. e etc. De uma forma ou de outra as pessoas, mesmo não engajadas, são influenciadas e moldadas por esses "ísmos".

Antes que me pergunte o que tem de errado em fazer parte do Sistema, digo que a princípio nada. Todos estamos presos a algum tipo de Sistema. O problema é quando você se torna a bateria para que esse Sistema funcione. E assim, ele vai te sugando, e sugando toda sua energia a fim de fincar existência, ganhar poder, riqueza e expansão. Quando você deixa de ser uma "pessoa" que é servida pelo Sistema para servir ao Sistema, algo está muito errado.

E não se engane, alguém estará lucrando por trás do Sistema. Sempre haverá alguém lucrando...

Depois de Fora da Igreja eu experimento uma leveza na alma indescritível. Aprendi a me relacionar melhor com pessoas. E aprendi a julgar menos o caráter religioso das mesmas. Claro, que isso não é fácil! Vez ou outra a gente se pega definindo uma pessoa pela crença e a partir daí construimos algumas barreiras. Mas, a experiência tem me ensinado que quando não construo essas barreiras, encontro mesmo naquelas cujo a crença não compactuo de forma alguma, algo pra aprender. Encontro alguém com quem trocar idéias e na medida do possível suscitar diálogos edificantes. No mínimo ser gentil e educado!

Hoje sinto que minha energia não é gasta com o lucro dos vendilhões da fé. Minha consciência não é cativa de dogmas e doutrinas corrompidas em si mesmas. Hoje sou livre para ir e vir e fazer o que bem entender sem me sentir preocupado com o pastor.

Hoje aprendi a usar a liberdade que Cristo conquistou pra mim. E uso essa liberdade não como pretexto para libertinagem como virão alguns a pensar. Só porque não frequento uma denominação e não tenho meu nome constando no rol de membros de alguma instituição religiosa, não quer dizer que sou um "mundano" como dirão os desavisados.

Não, muito pelo contrário! Não vivo pela Lei, vivo pela Graça e isso me basta sobremodo.

Não quero que pensem que julgo ou condeno quem faz parte de uma denominação, ou de uma igreja institucionalizada. Por favor, não! Entendo que cada um tem que estar onde precisa estar. Cada um tem seu ritmo, seu jeito de aprender, de viver e de apreender a espiritualidade. Não sou melhor que nenhum destes só porque experimento um "ser igreja" diferente, natural e com pouquíssimos ajuntados. Muito pelo contrário, sou pior.

Apenas sei de uma coisa. Assim como não dá para voltar nos tempos A.C. também não dá para voltar nos tempos ANI.

P.S.: O Marcos Siqueira sugeriu com bastante propriedade a troca das siglas ANI/DFI por AD/DD (Antes na Denominação e Depois da Denominação)! Para quem achar melhor para entendimento... =)

3 de nov. de 2009

Igreja, da mesma que a sua



Lindões e lindonas, alegria sempre!

Agora a pouco estava a estudar e escrever, quando me lembrei de duas coisas: avisar a turma sobre o programa Sempre Feliz da TV Rede Super que me recebe amanhã[segunda-feira 19] a partir das 9h:40 e , também, compartilhar um breve pensamento sobre a Igreja. O  lembrete está dado, vamos ao pensamento.
A Igreja parece ser, durante boa parte da nossa caminhada,tão inofensiva que não conseguimos vê-la. Outra vez, ao olharmos demoradamente, percebemos que a Igreja é tão grande e exuberante que não cabe em nenhuma instituição aparente.

A Igreja é maior do que qualquer organização física, seja católica ou evangélica, seja copta ou grega. Tão grande que transborda às tentativas de representação que essas denominações nos descrevem. Ao mesmo tempo ela é tão simples e pequena que muitas vezes passa desapercebida pelo sujeito distraído que em algum momento pergunta: onde ela está!?

Além dessa pergunta -  principalmente irmãos de alguma denominação – fazem outra: de qual igreja você é?!

Pensando a Igreja conforme acima exposto em paradoxo, como responder essa pergunta utilizando os meios formatados do denominacionalísmo? Normalmente, em resposta ao “de qual igreja você é” respondo, em amor: “da mesma que a sua!” Pois Igreja só existe uma, que é rica, grande, transbordante como ao mesmo tempo também é miúda, discreta, invisível!
Vamos por aqui. A beleza é mais inteira….

Abraço demorado.

Marcos Almeida, do Palavrantiga

1 de nov. de 2009

Meu pedido de casamento



Acontece que cresci e não acredito mais em contos de fadas! Pelo menos não deveria...

Percebi que se elas não forem de verdade talvez também não existam princesas.

Nós crescemos e o mundo não nos deixa viver fantasias. Qualquer um que assim tente viver é tido como um louco varrido, insano.

Contudo, ponderei, não é possível que tudo seja tão vazio e sem vida assim, sem cor... sem mágica! Sem Graça!

Onde estão os príncipes encantados? Onde estão as belas e puras donzelas? O que aconteceu com os castelos onde viviam felizes para sempre? Onde está aquele amor embalado de música e suspiros? O que aconteceu com os apaixonados? Onde estão aqueles que caminham nas nuvens, os românticos?! O que houve com as lindas histórias de amor?

Não, não é esse mundo que quero pra mim! Quero acreditar que o amor existe, mesmo quando tudo a minha volta diz o contrário. Quero acreditar que existe música dentro de mim, mesmo que o barulho a minha volta me impeça de ouvir. Quero crer de todo o meu coração que ainda é possível viver aventuras e perigos por quem se ama.

Preciso repensar a existência de fadas encantadas porque encontrei uma Princesa de verdade. Conheci uma linda Princesa que, antes, para mim só habitava a imaginação. E se existe uma Princesa de verdade, talvez eu possa ser o seu Príncipe, ou um sapo que seja... se não for com um beijo que eu me transforme num Príncipe encantado, talvez com mil, quem sabe?! Talvez a Princesa seja nobre o suficiente e continue tentando, e tentando, e tentando...

Quero dizer, Princesa, que eu acredito em você! Acredito que é realmente encantada! Porque quando estou com você sinto a mágica! Quando te coloco nos braços sinto que nada mais importa. Sinto que nossa fantasia existe! Sinto que quero passar o resto da minha vida ao seu lado.

Os outros podem não acreditar em contos de fadas, mas nós podemos fazer do nosso romance algo mágico. Podemos espalhar flores no nosso caminho. Podemos vencer os espinhos. Quem disse que não podemos viver uma linda história de amor?

Quero viver do seu lado as mais diversas aventuras. Quero ser seu herói. Quero ser aquele com quem você poderá contar no final do dia. Quero ser o seu confidente, quero guardar seus segredos, e proteger seus sentimentos. Posso não ter um cavalo branco para vir ao teu encontro, mas tenha certeza que sempre irei o mais rápido que puder para te socorrer. Quero te fazer feliz!

Não posso te prometer uma vida isenta de problemas. Penso que se existem princesas como você com toda certeza existem bruxas, caçadores maus, lobos ferozes, maçãs envenenadas e dragões terríveis. Mas, é disso que estou falando. Que linda história de amor não é repleta dessas coisas? Quero vencer junto com você todos os desafios. Superar nossos medos e conquistar juntos nossos sonhos.

Quero escrever junto com você a nossa história de amor. Quero ser o seu Príncipe encantado, seu amigo, seu amorzinho, seu cúmplice, seu protetor... seu amado fiel. Quero construir com você o nosso Castelo de sonho, nosso Lar, nossa Família... e viver nosso “felizes para sempre” todos os dias!

Princesa Fernanda, em nome do amor que lhe devoto é que pergunto: casa comigo?


P.S.: Ela disse sim! =)

26 de out. de 2009

Igreja Emergente

Uma amiga que congrega conosco pediu minha opinião sobre igrejas emergentes e 10 motivos para se reunir em uma delas para um trabalho de faculdade. O texto deveria ser curto e confesso que apesar de nos reunirmos em uma igreja nos lares e ser considerados por muitos como uma comunidade emergente, nunca tinha pensado nesse assunto. Descobri que nunca me considerei parte de uma igreja emergente; sempre penso em ser parte da igreja, só e ponto. Sem sobrenomes, rótulos, títulos, expectativas, mas simplesmente viver o evangelho. De toda forma escrevi o seguinte:

"Dar minha opinião sobre a igreja emergente é tão complexo como tentar definir o que é uma igreja emergente. Dentro desse contexto vejo claramente comunidades que tendo em vista alcançar pessoas da geração pós-moderna mudam apenas a forma de se reunirem, agregando em seus cultos elementos atraentes às novas gerações como músicas, grafites, sofás, etc... criando um ambiente informal. Quando a mudança ocorre apenas na maquiagem, ou seja, uma mudança estética, minha opinião é que o resultado é superficial e não agrega ganhos reais ao cristianismo. As pessoas se apegam ao visual e criam novas castas sacerdotais que muitas vezes são mais fracas no conhecimento da Palavra e na graça de Deus do que seus antecessores chamados de tradicionais.

Quando o contexto emergente sai da superficialidade e busca os valores do Reino de Deus, independente do visual, tendo liberdade de aceitar a diversidade de nossa geração sem abrir mão da verdade do evangelho e da prática da Palavra, então minha opinião é que essa igreja está emergindo para ser modelo e iniciar um novo avivamento onde viveremos mais próximos do que viveu Jesus e nossos irmãos no primeiro século. Isso sim é vida de Deus capaz de transformar toda uma geração e emergir para restaurar vidas.

Meus 10 motivos para participar de uma igreja emergente:
1º) Construir odres novos para o novo vinho derramado pelo Senhor
2º) Alcançar pessoas excluídas pelas comunidades tradicionais
3º) Deixar um legado para as próximas gerações
4º) Viver o evangelho com simplicidade
5º) Responder ao chamado de Jesus para fazer discípulos
6º) Criar uma cultura de respeito a diversidade
7º) Formar líderes prontos para os novos desafios
8º) Servir aos excluídos sem proselitismo
9º) Edificar a geração de meus filhos
10º) Responder ao chamado do Espírito"

PS.: Depois de pensar um pouco mais no assunto e tentando esclarecer melhor um dos meus temores: o meu medo é que na busca de fugir da hipocrisia as igrejas ditas emergentes esqueçam que devemos andar como Jesus andou. A hipocrisia finge uma santidade inexistente, permitindo o pecado desde que ele não apareça ou não manche a reputação da instituição. Triste! Mas, tenho visto congregações novas, na busca de fugir dessa hipocrisia, não tratar com amor os pecadores, permitindo que eles continuem nas garras do pecado, negando a graça e a eficácia do evangelho em dar nova vida e capacitar os discípulos a não serem escravos do pecado, mas sim escravos do Senhor.

Com isso muitas comunidades emergentes mostram força e vitalidade no evangelismo, na comunhão por meio de festas e eventos contextualizados, mas não conseguem promover uma mudança de vida naqueles que se agregam e como odeiam a hipocrisia, e isso é bom, tendem a fazer vista grossa ou mesmo relativizar o pecado. Isso é falta de amor e visão da pessoa de Deus [1]. Não existe evangelho sem renúncia, sem cruz, sem perder a vida [2] e sem resistir ao pecado [3] e tanto a hipocrisia como a relativização causam danos irreparáveis. Se me perguntarem qual eu prefiro, hipocrisia ou relativismo, a resposta é nenhum deles, prefiro crer no evangelho como ele é.[4]


[1] "E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu." IJo.3:5-6



[2] "E, chamando {a si} a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se {a si} mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida {ou alma} perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará." Mc.8:34-35



[3] "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia. Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." ICo.10:12-13

[4] "Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.

Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça." Rm.6:8-14 



Excelente análise e opinião do brother Marcos Siqueira no Filho Imperfeito

P.S.: Alcançar pessoas excluídas das comunidades tradicionais é meu motivo favorito, se é que posso dizer assim! =) E você o que acha?

U2 faz música com fé sem rótulo de rock cristão

u22
O U2 tem uma carreira admirável no rock ‘n’ roll, tipo de música notório por recompensar artistas que cantam sobre coisas mais simples do que o mundo em que vivemos e o lugar que nele ocupamos. A banda – ou, em alguns casos, apenas Bono, seu homem de frente – já desempenhou o papel de pop star, pária, filho pródigo e proselitista. Porém, ao longo de seus 30 anos de carreira, a espiritualidade do U2 nunca rotulou sua música como rock cristão – estigma considerado medíocre no circuito comercial da música. O U2 vem mantendo primorosamente tanto seu lado espiritual como seu lado laico – em proporções que não limitariam seu alcance de público.
Greg Garret, professor da Baylor University e autor do livro “We Get to Carry Each Other: The Gospel According to U2” (Nós temos que nos apoiar: o evangelho segundo o U2), afirma que o rock cristão se tornou uma frase tóxica no pop por uma boa razão: “Temos a arte cristã, onde a arte é menos importante do que seu lado cristão. As crenças do U2 são filtradas em seu trabalho, mas nem por isso essa é a razão principal para que eles façam música”.
A reverenda Genevieve Razim, pastora associada da Palmer Memorial Episcopal Church, é quem diz: “Em minha posição episcopal, meu palpite sempre foi de que o moderno e o cristão podem ser compatíveis; e o U2 confirmou isso para mim. São inúmeras as mensagens na mídia de que ser cristão é o mesmo que ser rígido e intolerante, e eis que vem essa banda de rock fazendo perguntas importantes e expressando sua fé”.
Sendo assim, há anos o U2 vem fazendo canções sobre paz, justiça, espiritualidade e mistérios, e sua maneira de fazê-las revela uma inclinação ao que é elevado – seja o uso de salmos no início de sua carreira até sua visão panorâmica do mundo nos dias de hoje.
É importante ressaltar que o som do U2 tem muito a ver com seu sucesso de longa data. A banda Creed, por exemplo, é incessantemente criticada por fazer música copiada. A música do U2, porém, apesar de constantes mudanças, sempre foi imediatamente identificada como sendo única: seja a voz, os efeitos de guitarra ou a marcha militar da percussão. Como a música de Johnny Cash ou Nusrat Fateh Ali Khan, o som do U2, além de espiritual, é uma constante celebração (salvo algumas vezes em que mostra indignação), ao mesmo tempo em que atravessa limitações que alguns venham a encontrar em sua fé.

Fé particular

A arte de qualidade – seja ela religiosa ou não – deve ser imbuída de uma experiência reveladora para aqueles que a testemunham e a consomem.
Ainda assim, o U2 guarda uma relação tênue com o cristianismo. Os integrantes da banda são de uma época de sangrento conflito religioso em seu país de origem, a Irlanda. Três deles – Bono, o guitarrista The Edge e o baterista Larry Mullen Jr. – eram membros de uma comunidade cristã em Dublin que, segundo consta no livro de Garrett, os levou a acreditar que a vida no rock e a vida seguindo aquela fé não seriam compatíveis.
Garret questiona: “O que você faz quando é ferido pela instituição, mas ainda ama Deus?”
Uma reação é abandonar aquela instituição e começar sua própria. De certa forma, foi o que o U2 fez – apresentando ao público uma fé particular. A outra é tentar consertar a instituição já existente, que é o que Bono vem tentando fazer recentemente, proferindo palestras em igrejas por toda a América para estimular o auxílio à África.
Como é evidente no título de um dos maiores sucessos da banda, “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” (eu ainda não encontrei o que eu procuro), ele se encontra em uma busca interior, o que pode ter um efeito profundo naqueles que igualmente buscam por algo espiritual – e isso, juntamente com sua música, poderia explicar o extenso poder de atração que o U2 desperta.
Ainda assim, ter certeza de que esse “algo” foi encontrado é anular esse “algo” enquanto fé. Garrett destaca: “Muitos americanos estão comprometidos com uma visão de fé como uma crença absoluta. São pessoas que ficam sentadas olhando para o relógio. E foi para essa tarefa que Bono convocou as igrejas americanas: este modelo de salvação que ignora o fato de que fomos colocados aqui por uma razão especial, além da salvação pessoal. E é isso o que ele tem de mais persuasivo a oferecer: a ideia de que estamos juntos nessa jornada, caímos e nos levantamos juntos, carregamos uns aos outros”.
A faixa título do último álbum da banda, No Line on the Horizon (nenhuma linha no hrizonte) – o álbum mais voltado para a espiritualidade desde os primórdios do U2 – parece ser prova disso. Existe a imagem em si, a ausência de uma linha, um destino final. A canção também trás duas frases que valem ser destacadas: “O infinito é um bom lugar para começar”, e “O tempo é irrelevante, não é linear”.
Razim acha isso parecido com a abertura do Mar Vermelho. “Para mim, é como Deus abrindo um caminho onde parecia não haver caminho algum”. É a visão abrangente do cosmo, e do que está além dele, que não combina bem com a idéia do céu como um final de partida vitorioso. Tanto é que Bono disse à revista evangélica Christianity Today: “Costumo achar que a religião obstrui o caminho de Deus”. E The Edge falou à Hot Press em 2002: “Ainda tenho uma vida espiritual, mas não sou muito fã da religião por si só”.
Turnê eclesiástica
A Christianity Today definiu a turnê de Bono pelas igrejas americanas para incentivar o auxílio à África como “uma experiência de igrejas que deixam Bono com uma eclesiologia tão frágil que mede a missão da igreja quase que exclusivamente em termos geográficos”.
Garrett, porém, vê progressos nos trabalhos não-musicais de Bono. “Acho que hoje em dia mais pessoas acreditam nesta ideia de que a igreja precisa ser mais responsiva às necessidades do mundo e menos focada na salvação pessoal – especialmente entre os cristãos jovens. Acho que eles estavam na linha de frente disso”.
A música da banda encontrou seu caminho nas igrejas americanas através do serviço eucarístico U2charists, que vêm sendo realizado nos últimos seis anos.
Razim supervisionou dois deles na Palmer Memorial Episcopal Church: na passagem do ano de 2008 e no feriado de Juneteenth em 2009 – ambos com capacidade máxima de lotação. Um próximo está programado para o réveillon de 2009. A música de U2 é cantada e o dinheiro é arrecadado para as Metas de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, condição imposta pela banda em troca de permitir que sua música seja veiculada sem royalties.
Ela diz que o U2charist é uma ação genuína, além de apoiar o envolvimento comunitário da igreja.
E, apesar de um relacionamento de certa forma tenso entre o U2 e qualquer organização religiosa em particular, Razim, assim como Garrett, vê afinidade na espiritualidade da banda. “Tem a ver com buscar, procurar”, disse ele. “A primeira vez que ouvi uma canção do U2 eu detectei isso. É uma jornada, com a fé se desenvolvendo e fazendo perguntas difíceis. Acho que a música deles confirma e fortalece isso, ela é uma verdadeira expressão de quem somos neste lugar e neste momento”.

The New York Times [ via Solomon ]

22 de out. de 2009

O Silmarillion


Estou lendo a obra de publicação póstuma, O Silmarillion de J.R.R. Tolkien. Depois que assisti a trilogia O Senhor dos Anéis, que é uma arte à parte, fiquei ansioso por ler a obra literária. Li O Senhor dos Anéis e fiquei apaixonado pelo mundo criado por Tolkien. O cara realmente tinha uma imaginação magnífica e que só pode ser um tremendo dom de Deus. Para que gostou da adaptação cinematográfica endosso insistentemente a leitura do livro - ou livros caso não sejam em volume único. É como diz o clichê, o livro é bem melhor que o filme (rs).

Minha noiva ganhou o volume único de O Senhor dos Anéis de uma amiga que parecia não saber o que estava fazendo. Simplesmente deu porque percebeu nosso gosto por ler. Claro, que quem se animou para ler tudinho fui eu.

Depois disso o desejo de ler O Hobbit, trama sobre Bilbo Bolseiro que precede O Senhor dos Anéis. Por sorte, recebo uma maravilhosa promoção do Submarino no meu email, com o kit (O Senhor dos Anéis 1,2 e 3, O Silmarillion e O Hobbit) de J.R.R. Tolkien, que normalmente sairia por volta de R$270,00, por uma bagatela de R$39,90. Não pude deixar passara oportunidade.

Agora estou lendo O Silmarillion que conta a criação do mundo de O Senhor dos Anéis. Até agora, uma narrativa poderosa, semelhante ao texto veterotestamentário do livro Gênesis. A criação de Arda, a origem dos seres, elfos, homens, anões... deuses, demônios, monstros e criaturas que habitam o universo "tolkiano" tem sido um deleite para alimentar a imaginação e a pronfundidade da história tão bem elaborada de Tolkien.

Publiquei isto no mob de leitura "Livros só mudam pessoas"

21 de out. de 2009

10 coisas que odeio em você

Li essa semana uma slogan bastante interessante que revela o quanto a igreja esta em baixa nos últimos tempos: ODEIO A IGREJA, NÃO JESUS!

A lista abaixo relacionada é direcionada à igreja institucional, à igreja-empresarial, ao clube de entretenimento, assim falsificada e vendida ao poder temporal. Não me refiro absolutamente à igreja verdadeira, ao remanescente fiel que muitas vezes está contido nessa igreja caricata dos nossos dias.
Compartilho aqui o sentimento de inconformação de Davi quando disse a Deus: Não aborreço eu, Senhor, os que te aborrecem? E não abomino os que se levantam contra Ti? Aborreço-os com ódio consumado, para mim são inimigos de fato.

O que eu odeio em ti, igreja dos nossos tempos?


1. A TUA PRETENSÃO OSTENSIVA de tu te veres superior a tudo e a todos, e com esse orgulho besta, deixas de ser reconhecida como voz de Deus e agência do Reino no mundo. Ao contrário, deverias te afastar pra bem longe dessa vaidade luciferiana e cair em si, voltando a servir humildemente ao mundo ao qual foste enviada.

2. QUANDO INFLEXÍVEL, IMPÕES O DETESTÁVEL LEGALISMO COMO FORMA DE CAMINHADA CRISTÃ com regras insuportáveis que mantém teus membros eternamente cativos a infantilidade na fé, ao invés de conduzi-los à maturidade cristã que alcança a essencial liberdade consciente e anda maduramente nas pegadas de Jesus de Nazaré.

3. A TUA CEGUEIRA REDUCIONISTA que não discerne claramente o Reino além de tuas limitadas fronteiras, expandindo a visão para ver e aceitar outras formas de expressão, de serviço cristão, de culto e de obras que também glorificam a Deus e contribuem para a expansão do Reino na terra.

4. A TUA FORMA DE JULGAR SUMARIAMENTE as pessoas, se são merecedoras do céu ou do inferno, como se coubesse a ti essa prerrogativa divina de seleção. Deveria tu saber que essa é uma ação exclusiva de Deus.

5. A TUA DISCIPLINA CORRETIVA que sempre exclui e joga fora todo aquele que desgraçadamente tropeça por algum motivo, levando invariavelmente o “disciplinado” ao abandono, e ferido, a morrer a míngua.

6. A TUA FORMA ANTIBÍBLICA DE EVANGELIZAR, definindo prazo de mudança para as pessoas ”aceitarem Jesus”, exigindo uma conversão urgente e superficial baseada na adequação compulsória às regras de teus usos e costumes, e não na radical soberana transformação do Espírito Santo, de dentro para fora, e no livre tempo de Deus.

7. A TUA VISÃO MISSIONÁRIA/ EVANGELÍSTICA DISTORCIDA que em nome do “ide” retira as pessoas de suas áreas de convivência na sociedade onde exerciam posições estratégicas para alcançar seus semelhantes, para mantê-los circunscritos à área do templo, transformando-os em pessoas inativas ou em obreiros alienados que desconhecem o que se passa no mundo que os rodeiam.

8. O TEU ABUSO DE PODER arrastando milhares de PESSOAS SINCERAS, frágeis, crédulas, simplórias, despreparadas e desavisadas à exaustão, ao esgotamento, ao sofrimento, à decepção, e a se sentirem absolutamente usurpadas física, emocional, material e espiritualmente. Essas pobres vítimas do teu poder abusivo se tornam amargas e refratárias para o Evangelho para sempre, fechadas para qualquer possibilidade de pensarem em Deus ou em coisas relacionadas a ti.

9. A FORMA IMORAL COM QUE TEUS LÍDERES LIDAM COM AS FINANÇAS, manipulando o dinheiro que entra em teus cofres de forma irresponsável, desonesta, revelando que são subjugados pelo deus Mamon. Reproduzes pastores que amam posição, poder, e o dinheiro, tornando-os cheios de avareza e de ganância. ISSO TEM CAUSADO GRANDES ESCÂNDALOS E DANOS IRREVERSÍVEIS PARA O EVANGELHO, E TU ÉS DIRETAMENTE RESPONSÁVEL POR ISSO!

10. E por último, odeio quando MENTES, ASSEVARANDO QUE FORA DE TI, AS PESSOAS NÃO PODEM SOBREVIVER. Saiba que existem milhões de pessoas que nunca adentraram em teus átrios e mesmo assim oram, têm temor, discernimento, maturidade, ética, moral e dignidade, muitas vezes, mais apurados que teus pobres membros pretensiosos.

Sobretudo, há uma forma difícil, dolorida, mas possível, que pode mudar radicalmente esse quadro sombrio: TENS QUE PASSAR PELO PORTAL DO ARREPENDIMENTO. Como diria Jesus, Lembra-te de onde caíste e arrepende-te...

A seguir, 10 coisas que amo em você, Igreja.

Manoel, no blog Manoel dC

Essa listinha pertinente me traz à memória um "textículo" que escrevi sob o título "Por que odeio a igreja".

P.S.: Também repliquei esse ótimo texto do Manoel no Pavablog#.

20 de out. de 2009

U2 ao vivo no YouTube



A banda irlandesa U2 promete fazer o maior concerto já transmitido em um site de compartilhamento de vídeos, no próximo domingo. O grupo irá tocar para cerca de 96 mil pessoas no estádio do Rose Bowl, na Califórnia, Estados Unidos, e para outros milhões que acessarem o show gratuitamente pelo site YouTube.

De acordo com informações do jornal Telegraph, a apresentação será o penúltimo show da turnê 360º do grupo, que começou em junho, e coincidirá com o lançamento de No Line on the Horizon, o 12º álbum do grupo da Irlanda.

"Há tempos o U2 quer fazer algo assim", disse Paul McGuinness, empresário da banda. "Como nós estamos filmando o show, é a oportunidade perfeita para estender a festa para além do estádio", disse ao jornal.
"Os fãs costumam viajar longas distâncias para ver o U2. Dessa vez, o U2 irá até eles, em nível mundial", completou.

A transmissão será feita ao vivo para 16 países, incluindo Austrália, Brasil, Israel e Canadá. Ainda segundo o Telegraph, telespectadores britânicos vão poder entrar em sintonia com o show desde as 3h30 da manhã de segunda-feira. O show também será transmitido na íntegra no YouTube e no site oficial do U2, imediatamente após o concerto.

Segundo o site de compartilhamento, de propriedade do Google, a ideia é colocar banners anunciando a transmissão ao vivo e também permitir que os telespectadores possam conversar por meio do Twitter e até mesmo fazerem doações à instituição de caridade Bono Aids enquanto assistem ao show.

YouTube e U2 são veteranos do compartilhamento em tempo real. Em 1997, o U2 transmitiu um show em Boston, de sua turnê Popmart, no site da Microsoft, MSN. Já o YouTube, no ano passado, hospedou o YouTube Live, que incluiu performances de Katy Perry e Black Eyed Peas.

Fonte: Terra/Tecnologia


No próximo domingo, dia 25 de outubro, o YouTube fará a primeira transmissão ao vivo de um show musical na íntegra. A apresentação do U2 no Pasadena Rose Bowl Stadium, Califórnia, poderá ser vista pelos fãs no local, e por mais 15 países (incluindo o Brasil).

Além de negociar os direitos de exibição, o Google declarou ter preparado uma tecnologia e logística mais complexa dos que os eventos ao vivo que transmitiu em novembro do ano passado, através do YouTube Live.
Preparado para receber milhões de usuários simultanênos, o endereço youtube.com/U2 contará com publicidade, “formatos ainda a serem definidos”, conrfome declarou Chris Maxcy, diretor de desenvolvimento do YouTube. Além disso, será implementado um botão de doações para a campanha RED, da qual Bono é embaixador.

O streaming começará às 20h30, horário do Pacíficio, 1h30 da manhã aqui no Brasil, com o horário de verão. Os países que poderão assistir o show são Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Itália, Espanha, Japão, Brasil, Austrália, Nova Zelândia, Irlanda, México, Índia, Israel, Coréia do Sul e Holanda.
Depois da transmissão ao vivo, a apresentação do U2 ficará arquivada no canal YouTube.com/U2official.

Fonte: Brainstomr#9
 

P.S.: Caracaaaaa, loucoooo demaaaais! =) uhuuuulll



Livros só mudam pessoas


Galera, o ranking de 2009 está atualizado! Confiram o empenho dos participantes. É de inspirar qualquer um a aperfeiçoar o hábito de ler. São 93 leitores participando. Clique aqui para conhecê-los! =)

Se você não está nessa e quer figurar na lista mande-nos um e-mail para livrosepessoas@gmail.com com seu nome, quantidade de livros lidos em 2009 e número total de páginas. Se for blogueiro e tiver uma lista de leitura mande-nos o link. Pode ser perfil no orkut, facebook, enfim...

Para saber mais clique em FAQ yourself.

Vejam os 10 primeiros do ranking:


 Posição LeitorQuantidade LivrosPáginas
Marcelo Ricardo9317276
Marcos Mendonça4915771
Cristiano Andre4812848
Rodney Eloy6512041
Alcindo Almeida5611712
Silvia Reinhold Timm2810636
Giovanni Campagnuci438870
Vítor Carvalho288850
Laion Monteiro438799
10ºRaphael Akamine328616


Ranking completo aqui

Agradecemos a todos os colaboradores que fazem desse mob um sucesso! DIVULGUEM! =)

Fonte: Mob de Leitura "Livros só mudam pessoas"

P.S.: Encabeçado pelo fera do Pavarini, o mob de leitura tem instigado muitos ao saudável e libertador hábito da leitura. Se você não conhece não perca tempo e visite o blog Livros só mudam pessoas... e participe também! =)

Eu estou em 19º lugar... oxi, já é uma conquista e tanto... rs

16 de out. de 2009

Pós-modernidade?




Trecho bem interessante de um texto escrito pelo filósofo William Lane Craig num artigo para a Christianity Today e publicado pela Cristianismo Hoje na edição número 8:

" A suposição de que vivemos em uma cultura pós-moderna não passa de um mito. Na verdade, esse tipo de cultura é impossível; não poderíamos viver nela. Ninguém é relativista quando se trata de ciência, engenharia e tecnologia - o relativismo é seletivo, só surge quando o assunto é religião e ética. Mas claro que isso não é pós-modernismo; é modernismo! Não passa do antigo verificacionismo, que sustentava que tudo que não se pode testar com os cinco sentidos é uma questão de preferência pessoal."


"Sob essa ótica, adequar o Evangelho à cultura pós-moderna leva à derrota. Deixando de lado as armas da lógica e da evidência, deixaremos o modernismo nos vencer. Se a Igreja adotar esse curso de ação, a próxima geração sofrerá consequências catastróficas. O Cristianismo se tornará apenas mais uma voz em meio a uma cacofonia de vozes que competem entre si - cada uma apresentando sua narrativa e alegando ser a verdade objetiva sobre a realidade."


E aí?


Por Leonardo Jr.


Chupinhei do Música, Guitarra, Futebol e Afins...


P.S.: Há os que acreditam que estamos em uma cultura pósmoderna e que isso infere no modo como encaramos nossa fé, crença e como somos igreja. Nessa linha temos, como exemplo, Brian Mclaren que parte desse ponto para entender melhor como deve ser a prática da igreja nessa possível cultura pósmoderna.


Há também os que não afirmam tal condição cultural. Acredito que independentemente de nomenclaturas filosóficas, algo acontece, as pessoas não pensam como há 20 anos atrás... a cultura tende a se transformar com maior rapidez que outrora...

9 de out. de 2009

Sob nova direção




Outro dia passeando com minha familia, vi uma lanchonete na qual iamos sempre comer lanches, com uma faixa escrita "SOB NOVA DIREÇÃO"...É claro que não quero falar da lanchonete...mas isso me chamou atenção para minha propria vida.

Está complentando um ano, que me desliguei de uma instituição, onde fiquei por longos dez anos, muito tempo...sendo formado, discipulado e dirigido por um evangelho totalmente desviado das verdades do evangelho de Cristo.
E o incrivel é que acostumamos, porque o ser humano, e isto está provado cientificamente, é capaz de se acostumar com as coisas mais terriveis e sobrehumanas, que se tem noticia.
E eu me acostumei, em ser guiado e dirigido, por coisas terriveis, e o pior é que arrastei toda minha casa junto comigo.

Hoje lembro-me, por exemplo em fazer pedágios (forma de coletar dinheiro na rua), era uma loucura, até minha esposa com um bebe ainda de colo, ia comigo para esses pedágios, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...

E ai eu pergunto que "direção" era esta?

Me lembro também, em fazer desafios (forma de coletar dinheiro dentro da instituição), desafios esses que eram grotescos, porque muitas vezes até passei e fiz minha familia passar por necessidades, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...

E ai outra vez, pergunto que "direção" era esta?

Me lembro também, dos dias de cultos, eram reuniões todos os dias da semana, alguns dias haviam até três reuniões, passava mais horas e dias na instituição, do que com a minha esposa e filhos, não tinha tempo para familia, amigos, diversão, cultura, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...
E ai outra vez, pergunto que "direção" era esta?

E hoje posso responder com toda certeza, esta era a "direção", de quem sabe manipular, isto é sim a vampirização do evangelho, isto é direção de quem quer pra si e não pro reino de Deus, gente que quer ter controle total sobre as pessoas.
Hoje consigo enxergar com toda clareza, e vejo como fui mal dirigido...
Alias como me deixei ser dirigido por tais pessoas...

Hoje graças a Deus, estou com uma placa enorme na minha vida que diz "SOB NOVA DIREÇÃO"...agora não mais de homens ou instituições, agora somente sendo dirigido pelo evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E garanto, como isso é bom...tirou um peso, um fardo, hoje a vida é mais leve, hoje posso refletir do que realmente significa o Evangelho de Jesus.
Hoje vivo o total desapego do ter, para simplesmente ser...ser pai, marido, filho, irmão, amigo, ser gente...e como é bom isso...

Vejo tantas pessoas ainda neste martirio religioso, tantas pessoas que se deixaram e se deixam ser dirigidas por instituições e lideres fraudulentos, que a única coisa que me resta a fazer, é pedir ao Senhor da seara, ajude eles, dê luz a eles...
E quem sabe um dia, assim como eu, todos esses vão pendurar uma placa bem grande na vida deles "SOB NOVA DIREÇÃO".

Olavo Jr, no blog Pensador Compulsivo

8 de out. de 2009

Com quantos burros se faz um país?

Ordem e Progresso

Progresso?

Ouvi que o repasse de recursos do FUNDEB (fundo de desenvolvimento da educação básica) para o estado do Paraná irá sofrer uma redução de 12% no final deste ano devido a queda de arrecadação de impostos por parte do Governo Federal. Li que a restituição do Imposto de Renda será atrasada devido a falta de caixa do Governo Federal pela queda na arrecadação de impostos.

Essa queda deve-se, entre vários fatores, à isenção do IPI (imposto sobre produção industrial), que fez as vendas de carros dispararem nos últimos meses. A máscara era de que a indústria automobilística precisaria de subsídios para não demitir pessoal devido a crise. Os últimos meses registraram recordes históricos nas vendas de carros.

Também li que São Paulo hoje enfrenta mais de 100km de congestionamentos. Nossas cidades sofrem uma descarga absurda de CO2 e grande parte desta poluição vem da queima de combustíveis pelos carros. Em 1930 ou alguma década por alí, a cidade de São Franciso nos Estados Unidos tinha mais carros elétricos que carros movidos a combustão.

O repasse de -12% do FUNDEB irá causar problemas no pagamento do sálario de dezembro e décimo terceiro dos professores, o que irá iniciar muito provavelmente uma greve. A isenção do IPI garantiu o dinheiro das montadoras e o emprego de milhares de operários, que são filiados a sindicatos providos de muito poder político. As crianças então irão ter mais um déficit no ensino, e no futuro adultos providos de má educação básica serão a população brasileira.

No final não teremos uma população capaz de inovar tecnologicamente, pois a educação deles irá servir para, no máximo, trabalharem de operários em montadoras. Os sindicatos continuarão fortes, e o status quo é preservado. Esse é o país em que vivemos.

Mas de verdade não importa se teremos adultos burros no futuro, o que importa é que os adultos burros vão assistir uma Olimpíada no Brasil. :)
____
foto: gaby_bra on flickr.

Fonte: novo-MUNDO

7 de out. de 2009

O bom samaritano de hoje

makeup2

Em uma rua próxima ao centro da cidade havia um homem todo machucado e quase sem vida jogado ao relento necessitando de ajuda.

1° passa o pastor e olhando o estado daquele homem pensa: “não posso parar para ajudá-lo, pois tenho que ir pregar na igreja e já estou atrasado, e minha pregação pode ganhar mais pessoas para Deus.”

2° passa o presbítero e olhando para o mesmo homem pensa: “não posso parar para ajudá-lo, pois hoje é dia de santa ceia e tenho que ajudar os outros presbíteros…”

3° passa o diácono e olhando para o homem todo machucado pensa: “não posso parar para ajudá-lo, pois já estou atrasado e tenho que abrir a igreja, para o pastor poder pregar a palavra e o presbítero servir a ceia…”

4° passa um travesti e olhando para o mesmo homem ferido no chão e pensa: “nossa hoje foi um dia maravilhoso! Fiz um programa e ganhei 800 reais vou levar esse cara machucado pro hospital!”
Chegando lá ele dá os 800 reais para o tratamento do cara machucado e diz a recepcionista: “meu bem tome esses 800 reais pra cuidar desse cara e se precisar de mais alguma coisa desconta no meu cartão de credito!”

Pergunta: quem cumpriu o chamado de Deus?

Marco Finito
via Solomon

1 de out. de 2009

Igreja: como (não) está na Bíblia


Termos que você não encontra na Bíblia:

"Esta é minha igreja"

"Eu vou à igreja"

"Eu sou membro da igreja tal-e-tal"

"Eu pertenço à igreja tal-e-tal"

"Eu frequento a igreja"

"Eu fui aceito no rol de membros dessa igreja"

"Meu pastor"

"Venha para minha igreja"

"Eu troquei de igreja"



Termos que você encontra na Bíblia:


"Todos somos um corpo..." (Ef 4:4)

"Existe apenas um Senhor, uma fé, um batismo,..." (Ef 4:5)

"Sempre se mantenham unidos no Espirito Santo..." (Ef 4:3)


"Vocês são membros da família de Deus" (Ef 2:19)

"Pois como membros de um corpo, todos vocês foram chamados para viver em paz..." (Col 3:15)"


... pois todos somos membros de um corpo" (Ef 4:25)


"a igreja em Jerusalem", "a igreja em Antioquia" (Atos 11:22; 13:1)


"sigamos as coisas que servem para a paz (na igreja)" (Rom 14:19)

"Cristo e a igreja são um" (Ef 5:32)


Fonte: Lion Of Zion

P.S.:  O interessante não são simplesmente os termos, mas como tais refletem o modo como se entende a Igreja, fazer parte da Igreja e o que é Igreja... e aí, que termos você costuma usar? Isso reflete o que você ostenta?

30 de set. de 2009

Igreja = Reino de Deus?




Você vê a igreja como sendo um subconjunto do Reino de Deus, ou a vê como dois conjuntos com um tipo de intersecção?

Dallas Willard responde: Clique aqui

28 de set. de 2009

Inferno, o Céu de Satanás?


 
 
Já recebi alguns testemunhos sobre irmãos que supostamente conheceram o inferno e voltaram para contar sua saga. Assim como Dante, são guiados não por Virgílio, mas na sua grande maioria pelo próprio Jesus e em alguns casos por algum capeta recepcionista, que mostra as instalações infernais.

Muitos relatos retratam a doutrina de determinado grupo em outra perspectiva, a da punição aos rebeldes à doutrina (repare: rebeldes à doutrina, não à Jesus). Já li relatos nos quais mulheres de cabelos curtos são atormentadas pelas suas mechas de cabelos cortados, homens castigados por bermudas em fogo, pois não cumpriram seus deveres religiosos corretamente trajados. Acho infinitamente mais interessante ver as punições afligidas aos homens no poema matematicamente composto de Dante do que nos testemunhos transcritos pelos irmãos. Ok, eles não são escritores e não demoraram 14 anos escrevendo, a comparação é injusta.

Usar o medo do inferno para obrigar pessoas a seguirem certos “usos e costumes” é pernicioso, mas ainda pior mostrar um dito inferno como o céu dos demônios. Sim; inferno, o local onde os demônios se esbaldam cumprindo seu maior prazer: atormentar o ser humano! Tudo que satanás sempre sonhou, o seu SPA, sua redenção, atormentar as “criaturas” de Deus que não aceitaram Jesus. Não é assim que são chamados aqueles que não se encaixam no padrão cristão tradicional: criaturas? Essas merecem o castigo e Satanás ajuda Deus Pai nessa tarefa infame.

Essa idéia começa nos desenhos animados, passa pelo filmes e é assinada embaixo por quem deveria trazer luz à verdade: a igreja, que nesse caso mostra-se mais interessada em manter o seu domínio sobre as pessoas do que amá-las e levá-las a verdade. Mas o que é a verdade? Nesse tema, bem mais confiável do que desenhos, filmes, livros e testemunhos, temos a Bíblia que mostra Satanás e sua corja estreando o lago de fogo, que é a segunda morte. Eles sofrerão antes de qualquer um!

“E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre” Ap.19:20

“E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.” Ap. 20:10

“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.” Ap.20:14

“E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” Ap.20:15


Fonte: Filho Imperfeito

25 de set. de 2009

Sobre o inferno




Alguém me perguntou se eu acredito na existência do inferno, o lugar onde Deus aprisiona as almas condenadas por toda a eternidade em sofrimentos sem fim. Eu não respondi. Contei uma estória para que a pessoa chegasse à sua própria conclusão.

Era uma vez um velhinho simpático que morava numa casa cercada de jardins. O velhinho amava o seu jardim e cuidava dele pessoalmente. Na verdade fora ele que pessoalmente o plantara – flores de todos os tipos, árvores frutíferas das mais variadas espécies, fontes, cachoeiras, lagos cheios de peixes, patos, gansos, garças. Os pássaros amavam o jardim, faziam seus ninhos em suas árvores e comiam dos seus frutos. As borboletas e abelhas iam de flor em flor, enchendo o espaço com as suas danças. Tão bom era o velhinho que o seu jardim era aberto a todos: crianças, velhos, namorados, adultos cansados. Todos podiam comer de suas frutas e nadar nos seus lagos de águas cristalinas. O jardim do velhinho era um verdadeiro paraíso, um lugar de felicidade.

O velhinho amava todas as criaturas e havia sempre um sorriso manso no seu rosto. Prestando-se um pouco de atenção, era possível ver que havia profundas cicatrizes nas mãos e nas pernas do velhinho. Contava-se que, certa vez, o velhinho, para salvar uma criança, lutou com o cão e foi nessa luta que ele ganhou suas cicatrizes.

Os fundos do terreno da casa do velhinho davam para um bosque misterioso que se transformava numa mata. Era diferente do jardim, porque a mata, não tocada pelas mãos do velhinho, crescera selvagem como crescem todas as matas. O velhinho achava as matas selvagens tão belas quanto os jardins. Quando o sol se punha e a noite descia, o velhinho tinha um hábito que a todos intrigava: ele se embrenhava pela mata e desaparecia, só voltando para o seu jardim quando o sol nascia.

Ninguém sabia direito o que ele fazia na mata e estranhos rumores começaram a circular. Os seres humanos têm sempre uma tendência para imaginar coisas sinistras. Começaram, então, a espalhar o boato de que o velhinho , quando a noite caía, se transformava num ser monstruoso, parecido com lobisomem, e que na floresta existia uma caverna profunda onde o velhinho mantinha, acorrentadas, pessoas de quem ele não gostava, e que o seu prazer era torturá-las com lâminas afiadas e ferros em brasa. Lá – assim corria o boato – o velhinho babava de prazer vendo o sofrimento dos seus prisioneiros.

Outros diziam, ao contrário, que não era nada disto. Não havia nem caverna, nem prisioneiros e nem torturas. Essas coisas existiam mesmo era só na imaginação de pessoas malvadas que inventavam boatos. O que acontecia era que o velhinho era um místico que amava as florestas e entrava no seu escuro para ficar em silêncio, em comunhão com o mistério do universo.

Você decide. Você decide em que versão acreditar. Note bem: ninguém jamais entrou na floresta escura. Tudo o que há são fantasias de homens: fantasias de homens cruéis e vingativos. Fantasias de homens movidos pelo amor.

Se você se decidir a acreditar que o velhinho tem uma câmara de torturas que lhe dá prazer, então você tem de acreditar também que ele é um monstro igual aos torturadores que brincam com as crianças durante o dia e torturam pessoas indefesas durante a noite. Sua bondade diurna não passa de uma farsa. Eu não poderia amar velhinho assim. Você poderia? Diante de um velhinho assim a gente sente é horror, jamais amor. Quem acredita que Deus tem uma câmara de torturas eterna não pode amá-lo. Mas como Deus é amor, aquilo que é temido não pode ser Deus. Só pode ser o Diabo.

Mas se você acreditar que tal câmara de tortura não passa de uma invenção do coração malvado dos homens, então você amará o velhinho cada vez mais.

Você entendeu: essa estória é uma parábola sobre Deus. Quem acredita no inferno está, na realidade, acreditando em coisas horrendas sobre Deus. A questão crucial, portanto, nessa pergunta sobre a existência do inferno, é: o que é que você pensa de Deus? Imagino que o velhinho deve ter chorado amargamente quando ficou sabendo dos boatos que os homens estavam espalhando sobre ele. Acho que Deus chora também quando os religiosos, que se dizem a seu serviço, espalham esses boatos de que ele se diverte com o sofrimento dos presos na sua câmara de torturas. Se o velhinho não fosse tão bom, acho que seriam esses que ele enviaria para uma temporada de curta duração no inferno, se ele existisse…

Rubem Alves [via Jovens Betesda ON]

24 de set. de 2009

Batalha espiritual X Novo Testamento


Atualmente, vemos um exagero por parte de certas denominações nos exorcismos, nas entrevistas com demônios e no poder maligno.
Wayne Grudem aborda este assunto em sua Teologia Sistemática, destacando 4 erros das igrejas modernas sobre batalha espiritual:

Quando refletimos sobre a ênfase global das epístolas do Novo Testamento, percebemos que se dá bem pouco espaço à discussão da atividade demoníaca na vida dos crentes, ou aos métodos de resistir e fazer frente a essa atividade. A ênfase está em exortar os crentes a não pecar, levando uma vida de justiça. Por exemplo, em 1Coríntios, diante do problema das "divisões", Paulo não diz à igreja que repreenda o espírito da divisão, mas os aconselha simplesmente a falar a "mesma coisa" e a mostrar-se "unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer" (1Co 1.10) [...] Diante da desordem na Ceia do Senhor, não lhes ordena que expulsem o espírito da desordem, glutonaria ou egoísmo, mas simplesmente que esperem "uns pelos outros", dizendo "... examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice" (1Co 11.33, 28). Podem-se encontrar exemplos semelhantes em muitas outras passagens das epístolas do Novo Testamento.
Com respeito à pregação do evangelho aos descrentes, o modelo preconizado pelo Novo Testamento é sempre o mesmo: embora Jesus ou Paulo expulsassem um espírito demoníaco que provoca obstrução considerável à proclamação do evangelho em determinada região  [...], não é esse o modelo comum de ministério que se apresenta, pois a ênfase é simplesmente na pregação do evangelho (Mt 9.35; Rm 1.18-19; 1Co 1.17-2.5). [...] Em flagrante contraste com a prática daqueles que hoje enfatizam a "batalha espiritual estratégica", não se vê no Novo Testamento ninguém que (1) convoque "um espírito territorial" ao entrar numa região para pregar o evangelho [...], (2) exija de demônios informações sobre a hierarquia demoníaca local, (3) diga que devemos crer ou transmitir informações oriundas de demônios ou (4) ensine por palavras ou exemplos que determinadas "fortalezas demoníacas" de uma cidade precisam ser derrubadas para que se proclame o evangelho com eficácia. Antes, os cristãos simplesmente pregam o evangelho, que chega com o poder de transformar vidas!
 Imagem: Casting Out Satan, de Carl H. Bloch

Fonte: Nani e a Teologia

P.S.: Ah, eu lembro das minhas épocas de "demonbuster". Lia Rebeca Brown, Daniel Mastral e outros que tratavam do mesmo tema (é isso mesmo meus caríssimos leitores, este que vos escreve já foi um caçador de demônios. Tá, que nunca encontrei um cara a cara, mas que tentei, tentei). Talvez fosse meu gosto "mundano" por filmes de terror/suspense sendo satisfeitos no "mode gospel". É incrível como uma minuciosa e atenta estudada no Novo Testamento faz perceber que o que vemos hoje é totalmente discrepante ao Evangelho. Quem lê entenda...

Ah, desisti de caçar seres eternamente condenados, perdedores e destinados ao lago de fogo. Com Cristo no barco vou muito bem, obrigado!

22 de set. de 2009

Jesus na Célula



Foi um encontro inusitado. Jesus estava passeando pelas ruas de Brasília, passou pela rodoviária do Plano, aquela multidão, ninguém o reconheceu. Viu um jovem a passos largos, bíblia embaixo do braço, se aproximou:
- Olá rapaz! Jesus aborda o jovem que apressa ainda mais o passo.
- Olá moço. Desculpe, estou com pressa. O jovem demonstrou desgosto pela interrupção do estranho.
- Tudo bem, eu que me desculpo pela interrupção. Jesus conhecia os seus pensamentos. Você está indo a algum lugar especial?
- Estou indo para a igreja!
- Indo à igreja?
- É! Frequento a Igreja Pentecostal dos Milagres de Jesus... Pô, eu estou com pressa, o culto já começou, dá para dar licença. O jovem quase começa a correr, tentando se esquivar daquela situação desagradável com o estranho. Alguém que aborda o outro na rua, não deve ter boas intenções.
- Igreja Pente... (imagine a cara de Jesus nesse momento). Posso ir com você?
- Ãããã... Vamos, não tem problema. Mas ai se alguém perguntar você fala que frequenta a minha célula.
- ...

Já na entrada do templo ambos são recebidos por um diácono que prontamente indica um local com cadeiras vazias.
- Quem é? Jesus pergunta apontando o diácono com a cabeça.
- É o Diácono Manoel.
- Ahhhh. Ele que cuida dos pobres e zela para que na igreja não tenha nenhum necessitado?
- Hein???? O Manoel? Ele é diácono, não a Madre Tereza. Fica quieto senão ele vem aqui. Pô, nunca veio em uma igreja não? Senta ai...
- Na verdade ir a igreja é um conceito novo para mim, sempre preferei fazer parte do Corpo. Mas e você, como anda sua vida? O que...
- Psssssiiiuuu. O jovem interrompe bruscamente a conversa. Fica quieto ai! O pastor tá pregando lá, tá vendo não?
- Mas, aqui não é a igreja? O local onde se reúnem os filhos de Deus? Onde a família do Pai celestial se junta em um só coração, compartilham suas vidas necessidades, se ajudam mutuamente?
- Cara, de que planeta você veio hein??? Aqui é igreja, tá viajando? A gente vem, escuta a palavra, dá a oferta e vai embora. O jovem acha graça daquele estranho, com idéiai totalmente novas e desconhecidas.
- Mas e quando vocês conversam?
- No fim do culto ué! Caaara, vou acabar com problemas por causa dessa conversa. Sou aspirante e o Manoel tá me filmando lá da porta.
- Então quando acaba o culto é que a igreja se relaciona? O culto não é o momento no qual o meu ... o Corpo de Cristo manifesta a graça do Espirito? Um tem salmo, outro ensino, outro revelação... e todos falam para edificação mútua?
- Vééééiiii. De onde você tira essas idéias malucas? Para você falar algo tem que ter 12 discípulos, ai se candidata a aspirante. Quando for promovido a oficial pode falar na célula. Meu, pelo menos fala que é da minha célula viu?? Você já me queimou mesmo com essa falação toda. Se ficar de boa eu te levo para conhecer meu líder ai você fala essas paradas com ele.
- Então, na célula vocês compartilham suas necessidades, dons e graça do Espírito?
- Não rapá, a celula é para ganhar mais pessoas para Jesus!!!!
- Ganhar... para Jesus? E depois, o que fazem com quem vocês dizem que ganharam?
- A gente põe eles para abrir novas células, lógico!
- Entendo, foi bom falar contigo. Jesus se levanta no meio da palavra e estende a mão ao jovem.
- Ué não vai assistir o culto?
- Não, obrigado, não sou muito de assistir... vou lá fora cultuar.

O jovem fica triste, pois Jesus saiu antes do apelo e ele viu que perdeu a oportunidade de levar mais um para sua célula. Após o término do culto, a caminho da rodoviária do Plano ele vê Jesus, sentado, cercado de pessoas de má indole, conversando alegremente. Não consegue se segurar:

- Owwww, você não disse que ia sair da igreja para cultuar??? O que está fazendo então cercado desses mundanos pecadores????


Não leve essa história herética a sério. Todos nós sabemos que para Jesus o que fazemos não é novidade!

Fonte: Filho Imperfeito [do Marcos Siqueira, novo parceiro do blog]


P.S.: Falar o quê, né?! Quem lê entenda...

19 de set. de 2009

Quer dançar comigo?




Hoje estive pensando um pouco mais sobre o episódio em que Mical, de sua janela, desprezou e censurou a Davi enquanto este dançava à frente da Arca da Aliança, em seu cortejo de volta a Jerusalém.

Dissemos no artigo anterior que para Mical, o que lhe dava o direito de julgar seu marido daquela maneira era o senso de valor próprio e o senso de justiça própria.

O primeiro, porque Davi havia lhe atribuído um valor maior do que Saul, pai de Mical, pedira como dote.

E o segundo, porque Mical havia livrado a Davi de ser assassinado pelos servos de seu pai, dando-lhe fuga pela janela de seu quarto.

Foi daquela mesma janela que Mical o desprezou. Ela se achou no direito de fazê-lo.

Fiquei imaginando se essa história não poderia servir como analogia de Cristo e a Sua Igreja.

Como Mical, muitos cristãos se acham no direito de desprezar o que Deus está fazendo do lado de fora dos seus arraias religiosos.

Afinal de contas, Deus lhes atribuiu valor muito maior do que de fato mereciam. O preço pago por sua redenção foi o sangue de Jesus. No caso de Mical, seu dote custou a morte de duzentos filisteus. No caso da Igreja, seu dote custou a morte do Filho de Deus.

O que deveria nos envergonhar, tornou-se no motivo de nossa soberba. Achamo-nos mais importantes do que o resto do mundo.

Da janela de nosso edifício teológico, desprezamos o Deus que dança com o resto da criação. Este Deus não é monopólio de ninguém. Ele é Espírito, e o Espírito é livre para soprar e dançar onde quiser.

Além desse senso de valor próprio, os cristãos também têm nutrido um profundo senso de justiça própria.

Achamos que nossas boas obras foram capazes de nos tornar credores de Deus. Se antes, nós é que tínhamos uma dívida com Ele, agora, Ele é quem nos deve. Concluímos que nossas boas obras fazem com que o preço pago por nós seja devidamente compensado. É como se estivéssemos quites com Deus. Quanta pretensão!

Em lugar de gratidão, vaidade. Em lugar de humildade, presunção.

Até quando os cristãos desprezarão o Seu Deus? Até quando se incomodarão com o que Deus está fazendo para além dos muros eclesiásticos? Até quando censurarão e repudiarão o Deus dançarino?

Tornamo-nos como o irmão mais velho do filho pródigo. Recusamo-nos a participar da festa de arromba promovida pelo Pai por causa do filho que retornou. Só dançamos se a festa for nossa, se o baile for gospel!

O desprezo de Mical a Davi lhe rendeu esterilidade por toda a vida. Até que ponto a igreja cristã também não tem se tornado estéril em nossos dias por desprezar o que Deus está fazendo lá fora?

Só há uma maneira de reverter este quadro de esterilidade espiritual: descer de nossas torres eclesiásticas e aceitar o convite que Cristo nos faz: Quer dançar comigo?

Fonte: Hermes C. Fernandes

18 de set. de 2009

Confio?



Tudo vai bem quando vai bem. A vida nos reserva toda sorte de circunstâncias e acasos. Problemas são o princípio ativo da curso de vida. Trabalhar às vezes soa como uma prisão de segurança máxima da qual ficamos sonhando e planejando fugir. Angustiamo-nos por saber que isso não é simples. A corrida pelo pão de cada dia há muito tempo não busca apenas o pão de cada dia. Se o fosse seria mais simples, acho. Mas, não. O básico da vida moderna, ou pós-moderna, como queiram, evoca muito mais do que a singela cesta básica.

Ninguém jamais diz que o objetivo na vida resume-se a não passar fome, ter o que vestir e onde morar. Isso na verdade é um luxo que milhares apenas experimentam em fantasias da alma adormecida no breu da miséria que vivem. Engraçado - ou triste, no caso - refletir nisso. Ter o que comer, o que vestir e onde morar configura luxo para uma parcela considerável e gritante da humanidade. Sinto-me mal quando penso nisso. Eu tenho o que comer hoje, tenho o que vestir hoje e onde morar hoje. E penso que nada mais me é necessário, ao menos na ótica dos Evangelhos. Em tempos de "unção da prosperidade" conformar-se com esses três quesitos é impensável, impraticável e abominável.

Às vezes me pego analisando como tenho levado minha vida; o que tem ocupado minha mente, minhas ansiedades, meus intentos, meus planos, meus desejos e coisas do tipo. É constrangedor perceber que enquanto declaro-me crente, cristão, servo, discípulo de Cristo minha busca se resume a correr atrás de dinheiro. Acordo cedo para trabalhar, contra a vontade do meu horário biológico que jamais se acostumou com essa violência à minha mente e meu corpo - todos esses anos desde criança despertando cedinho para estudar não foram capazes de forjar tal disciplina. Então trabalho, trabalho, trabalho... no meio disso tudo, claro, há relações sociais, convívio e tudo que isso traz à tona - vide início dessa divagação. O trabalho e a renda são suficientes para prover o que comer hoje, o que vestir hoje e onde morar hoje. Mas, nasci numa geração onde essas três metas de vida causam sérios problemas aos que as ostentam. Tenho que estudar, trabalhar, estudar, ganhar dinheiro, comprar coisas, adquirir bens: carro, imóvel, móveis, roupas e muitas vezes a lista apenas vai se repetindo.

Me diz você, esse não é um mundo muito do selvagem? É uma selva disfarçada de civilização. Há leões soltos por aí que ameaçam devorar-nos. Existem seres peçonhentos em toda parte. Algumas hienas e macacos, muitos insetos... parasitas aos quilos. Muitas, muitas feras famintas de qualquer bom cordeirinho ingênuo e indefeso. O Capitalismo é a lei da selva. É cada um por si e Deus por todos.

Será?! Deus é realmente por todos? Como confiar que tudo vai dar certo e que no fim do dia você estará são e salvo em sua toca?! Jesus insiste que deixemos toda ansiedade de lado. Que deixemos cada dia cuidar do seu próprio mal. Reitera que o amanhã não pertence a nós - reflita em como a sociedade capitalista não tem a mínima noção do que seja isso.

Confiar é jogar-se do alto da copa de uma árvore? É viver irresponsavelmente crendo que Deus está cuidando de tudo e "nada nos faltará"? Ou confiar em Deus pode ser apenas trabalhar, estudar, correr atrás como um batalhador, fazer por onde alcançar as metas que propõe e ficar declarando que é Deus quem está fazendo isso, ou aquilo... ou quando não somos bem sucedidos, não foi da vontade de Deus ou coisa do tipo.

Não sei vocês, mas acredito seriamente que confiança em Deus não é brinquedo. É coisa para parrudo! Falar é fácil, mas confiar, na hora do vamos ver, quando as soluções parecem ser tão fáceis de ver quanto ovnis ziguezaqueando no céu, a coisa fica realmente feia. Como confiar em Deus nesses momentos? Como, de fato, descansar Nele e esperar que tudo coopere para o seu bem? Você realmente confia de verdade? Teu coração está a salvo no meio dessa selva perigosa? Ou você simplesmente vive do instinto como todos os outros animais? Confio que no final do dia terei sido poupado?

Me ensina a confiar, Senhor! Me ajuda na minha falta de confiança...