18 de set. de 2008

Quando os crentes davam certo (final)

Minha aproximação com o protestantismo histórico de missão se deu entre 1958 e 1962, quando o congregacionalismo acabava de completar cem anos (1955) e o presbiterianismo se preparava para comemorar o seu centenário (1959).

Neste último caso, tivemos um momento histórico e simbólico: no Culto de Ação de Graças, na Catedral Presbiteriana, da Rua Silva Jardim, Rio de Janeiro, RJ, um presidente da República, no exercício do cargo, comparece a um ato dessa natureza: o presidente Kubitscheck (JK), com a mais ampla repercussão.

No ano seguinte (1960) o estádio do Maracanã se enche pela segunda vez (a outra fora na Copa de 1950) para o encerramento da assembléia da Aliança Batista Mundial, tendo como pregador o evangelista Billy Graham.

Fui de uma geração que conviveu com muitos homens e mulheres de Deus, dos mais simples aos mais eruditos, com histórias de vida e memórias que eu, um adolescente, bebia como ensinamentos existenciais. Se já tenho meio século de vivência com o protestantismo histórico, ouvi o outro meio século dos mais velhos, que por sua vez tinham ouvido dos seus mestres o meio século anterior.

Preocupa-me o desconhecimento histórico da presente geração, em relação à História Geral da Igreja, particularmente a Reforma Protestante, e em relação ao passado do protestantismo brasileiro.

O futuro está no passado, porque o presente é, por demais, preocupante!

Nessa série procurei resgatar alguns feitos e alguns heróis da fé dessa saga, dessa epopéia, que foi a implantação do protestantismo em nosso País, sob as circunstâncias mais adversas. Há um legado perdido; há lições a serem resgatadas.

Concentrei-me no protestantismo histórico de missão, sem desmerecer a presença (mesmo que isolada do protestantismo de migração), hegemônico de 1855 a 1965. O Pentecostalismo chega em 1909. Depois aparece por aqui o Liberalismo, o Fundamentalismo, o Neo/Pós-Pentecostalismo e por aí a fora.

Mas, deixarei para comentar em outra série, que intitularei: “Quando os Crentes às Vezes, Ainda, Dão Certo”.

Que o Senhor nos abençoe!

Robinson Cavalcanti, bispo anglicano.[via Pavablog]

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