Querido, se você estiver lendo esta carta, é sinal que chegou em paz ao hotel, e que acabou de abrir a sua mala de viagem.
Confesso que fiquei bastante entusiasmada com o fato de seu ministério começar a ganhar projeção nacional. Percebia em seu semblante a alegria e em seus gestos a euforia diante dos convites recebidos.
No retorno de cada viagem, a sua chegada em casa era bastante aguardada por mim e pelas crianças, pois além de matar a saudade, ouvia-mos acerca das maravilhas que Deus estava realizando através da sua vida.
O tempo passou, os convites aumentaram, e o que não esperava aconteceu: você se distanciou de mim. Não é fácil passar um mês inteiro sozinha, visto que ao final de cada evento, de lá mesmo, você atende outro convite. Me sinto desamparada, angustiada e aflita.
Em suas raras e rápidas passadas em casa, você não conversa mais comigo, não me olha mais, não me percebe mais, nem me deseja mais. Estou sofrendo. Não lhe falei sobre o assunto pessoalmente porque não tive a oportunidade.
As crianças estão sentindo a sua falta. O Júnior chora constantemente sem nenhum motivo aparente. Acorda durante a noite chamando por você. Fico analisando, o que será que ele vai pensar do pai quando crescer? Será que ele terá sequelas por isto?
Faço o possível para não demonstrar publicamente meus sentimentos, finjo que tudo está bem, mas parece que os irmãos já perceberam a situaçâo, sem falar que sempre perguntam por você.
Não gostaria de me sentir como um obstáculo para o teu ministério, contudo, acredito numa frase que li a pouco tempo que dizia: "Nenhum sucesso compensa o fracasso da família".
Pense nisto. Na esperança de dias melhores,
Tua esposa.
Te amo.
Obs.: Esta carta é baseada em fatos reais.
também aprendi isso
ResponderExcluirna Escola Dominical.
Alias, naquele tempo EBD
ensinava muita coisa.
Fala Thiago, depois dá uma olhada no desabafo que postei lá em meu blog (http://emerson.bahia.zip.net). acho que tem a ver com o seu...Forte abraço!
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