O problema da fundamentação da fé em instituições representativas é sua não sobrevivência se com os cativos não acompanhar a desesperadora batalha. As famigeradas reafirmações convictas obtiveram êxito no corpo cristão pela necessidade intrínseca da fé belicosa; a fé que se estabelece entre os abismos das confirmações e o dualismo oriental divino.
A similaridade contemporânea entre Estado e instituição religiosa - por meio dos devidos conceitos que circundam a temerosidade evidente, o temor ao Inimigo - não é mero percurso intuitivo.
Reafirmar Satanás e tê-lo como real opositor aos intuitos divinos é estabelecê-lo a outra face da mesma fé que deveria tão somente abraçar o evangelho. A instituição, portanto, cumpre seu papel, tal qual o Estado, ao organizar a credulidade em um pêndulo de vitórias e derrotas por meio do eterno pavor das garras malignas do oponente.
Tal interessante relação amistosa dos corações convictos para com a fé fundamentada na batalha maligna deve ser observava com atenção dobrada. Enquanto que o menosprezo era evidente nos atos de Jesus Cristo quando Satanás intrometia-se como um rato faminto, a composição da oração penitente não se completa sem a citação do chamado Devorador nas rodas de fervores afirmativos - um detalhe que deve ser constantemente lembrado. Os cristãos reunidos para a batalha dos temores demoníacos agem como o gado rodeado pelo lobo que nada faz senão balbúrdia: necessitam de instrução, e cercas.
A fundamentação da fé temerosa credita valores extremos à falsificação da espiritualidade pelo positivismo hermetista.
E com ele temos a máscara do otimismo exacerbado, como crianças que apontam ao saboroso pirulito, obscurecendo o temor dos crédulos em troca da segurança institucional religiosa; a sólida proteção ao pavoroso rebanho.
Fonte: O Templo Felpo
Thiago,
ResponderExcluirPerdão, havia feito este comentário no post errado. Desconsidere. Não sei como se apaga o outro.
Seu blog é muito mais "popular" do que você imagina...
Apesar do texto conter verdades, ele perde seu impacto pelo excesso de virtuosismo. O texto é muito floreado para atrair e manter a atenção do leitor comum. A não ser que você esteja querendo leitores eruditos.
Mas você tem muita coisa para transmitir e não são os eruditos que tomam a pílula vermelha; são aqueles que estão cansados e sobrecarregados da mediocridade desta matrix.
Um abraço de amigo.