Esta frase foi dita por Cipriano de Cartago no terceiro século de nossa era e acabou se tornando dogma na Igreja Católica Romana, mas creio que tem sido adotada por muitas igrejas e denominações evangélicas. Neste caso, o sentido da frase até pode ser ampliado para “Fora da igreja não há Cristianismo!” implicando, entre outras coisas, em que Cristianismo e igreja sejam a mesma coisa.
Em primeiro lugar é preciso deixar claro que a existência da igreja não pode ser colocada em dúvida, mas isso não significa que ela deva ser um fim em si mesma e, creio, que é isso que tem acontecido em alguns casos. Pois quando entendemos que textos como “buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça (Mt.6:33) são interpretados como “buscar em primeiro lugar as atividades e ocupações na igreja” estamos reduzindo o reino de Deus e o Cristianismo às atividades eclesiásticas em vez de considerarmos a igreja como um meio que Deus instituiu para ser um ambiente fértil para o desenvolvimento da vida cristã, da piedade, da capacitação do crente para ser cristão no mundo e desenvolver os seus dons de serviço. Também um meio para ser uma comunidade terapêutica, de capacitação na compreensão da vida, das doutrinas, da Bíblia, uma comunidade – a família de Deus, etc.
Transformamos a igreja num fim em si mesma quando entendemos que a vida cristã se resume em atividades e mais atividades freneticamente desenvolvidas no domingo, que deveria ser um dia de celebração, descanso e passa a ser “dia do cansaço” e da agitação, como se o Cristianismo de sete dias pudesse ser vivido apenas em um dia. Mesmo porque igreja passou a ser um lugar, um estatuto, um organograma, em vez de pessoas pelas quais Cristo morreu na cruz. Sem dúvida o estatuto, o organograma são necessários, mas também são meios e não fins.
A igreja de Jesus Cristo é um meio, um instrumento para levar o evangelho ao mundo, para capacitar os salvos à vida em comunhão e lealdade ao Senhor. A igreja não pode ser confundida com o reino de Deus, mas deve ser considerada um instrumento de Deus para seu reino, dando ao crente condições para viver o reino no mundo, no seu dia-a-dia, como cristão. E ser cristão não é só pregar que Cristo salva, mas viver a salvação que Cristo nos dá.
Quando a igreja se considera um fim em si mesma acaba nutrindo a entropia, fechando-se em torno de sua própria existência. Não sendo sinérgica, deixa de cumprir a sua missão integral que tem como ponto de partida levar cada pessoa a viver para a glória de Deus.
Por Lourenço Stelio Rega
Fonte: Crer e Pensar [Via: Púlpito Cristão]
Em primeiro lugar é preciso deixar claro que a existência da igreja não pode ser colocada em dúvida, mas isso não significa que ela deva ser um fim em si mesma e, creio, que é isso que tem acontecido em alguns casos. Pois quando entendemos que textos como “buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça (Mt.6:33) são interpretados como “buscar em primeiro lugar as atividades e ocupações na igreja” estamos reduzindo o reino de Deus e o Cristianismo às atividades eclesiásticas em vez de considerarmos a igreja como um meio que Deus instituiu para ser um ambiente fértil para o desenvolvimento da vida cristã, da piedade, da capacitação do crente para ser cristão no mundo e desenvolver os seus dons de serviço. Também um meio para ser uma comunidade terapêutica, de capacitação na compreensão da vida, das doutrinas, da Bíblia, uma comunidade – a família de Deus, etc.
Transformamos a igreja num fim em si mesma quando entendemos que a vida cristã se resume em atividades e mais atividades freneticamente desenvolvidas no domingo, que deveria ser um dia de celebração, descanso e passa a ser “dia do cansaço” e da agitação, como se o Cristianismo de sete dias pudesse ser vivido apenas em um dia. Mesmo porque igreja passou a ser um lugar, um estatuto, um organograma, em vez de pessoas pelas quais Cristo morreu na cruz. Sem dúvida o estatuto, o organograma são necessários, mas também são meios e não fins.
A igreja de Jesus Cristo é um meio, um instrumento para levar o evangelho ao mundo, para capacitar os salvos à vida em comunhão e lealdade ao Senhor. A igreja não pode ser confundida com o reino de Deus, mas deve ser considerada um instrumento de Deus para seu reino, dando ao crente condições para viver o reino no mundo, no seu dia-a-dia, como cristão. E ser cristão não é só pregar que Cristo salva, mas viver a salvação que Cristo nos dá.
Quando a igreja se considera um fim em si mesma acaba nutrindo a entropia, fechando-se em torno de sua própria existência. Não sendo sinérgica, deixa de cumprir a sua missão integral que tem como ponto de partida levar cada pessoa a viver para a glória de Deus.
Por Lourenço Stelio Rega
Fonte: Crer e Pensar [Via: Púlpito Cristão]
Muito bom o texto .. como dizia John Wesley: Minha Paróquia é o mundo!
ResponderExcluirÉ isso ai !
Abração, depois passa lá no meu blog:
http://bjardim.blogspot.com/
Te "linkei" lá.
Thiago, parabéns por este esclarecimento, e que todos cristãos deveriam tomar nota, que Deus continue usando pessoas com sua clareza para esclarecer outras pessoas que andam no obscurantismo religioso.
ResponderExcluirNo livreto "Pode um cristão ser budista", o autor (católico) tenta ampliar o tema para a frase "fora da comunidade não há salvação" ou "fora da comunhão não há salvação", que eu penso que apesar de carregar um certo tom de condição para a salvação, são sentidos mais apropriados. E sim, se os católicos transformaram isso numa heresia, nós evangélicos fazemos ainda pior, porque não dizemos, mas praticamos que fora da NOSSA igreja não há salvação. Abraço
ResponderExcluirPra mim é muito difícil pensar assim, mas é uma verdade que quando revelada não se pode fugir. A dificuldade está em encontrar pessoas que pensem igual fora do mundo virtual, ou que pelo menos sejam a favor da dialética. Por mais que muitas congregações sejam abençoadas sempre há uma sistemática formadora de colaboradores pressionados a alcançar os resultados da instituição, bem ao estilo da imagem postada, rs.
ResponderExcluircreio que quando conseguirmos fazer a separacao entre reino de Deus e reino dos céus, ai sim estaremos começando a entender alguma coisa.
ResponderExcluircreio que reino de Deus nao tem nada a ver com a salvacao.
quando paulo fala para o cristaos homosexuais , adulteros, roubadores e etc , que nao herdariam o reino Deus tais pessoas que praticavam tais coisa,Paulo nao queria dizer que eles perderiam a salvacao, pois o reino de Deus nao é comida nem bebida mas,,paz no espirito.
ResponderExcluiros crentes que praticam tais coisa, que nao sao poucos , perdem nao a salvacao e sim as bençaos de Deus aqui na terra e galardao no ceu
ResponderExcluiros crentes que praticam tais coisas, que nao sao poucos, perdem nao a salvacao e sim as bencaos de Deus aqui na terra e os galardoes no céu.
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