Estava em um momento muito feliz no carro ouvindo uma música nova do grupo Oficina G3 que se chama “Continuar”, do álbum “Depois da Guerra” que saiu recentemente e logo se esgotou.
Estava ouvindo e pensando sobre um trecho que diz:
“Luto pra sobreviver
Com os olhos voltados pro céu
Espinhos me fazem sofrer
Resisto na luta com a graça de quem já venceu”
E fiquei imaginando? O que será que eu devo fazer: viver ou sobreviver?
Daí fui pesquisar a etimologia da palavra ‘sobreviver’ e para minha surpresa a primeira definição é:
“Continuar a viver depois de outra pessoa ter morrido” Segundo o dicionário Michaelis Online
Não duvido que a memória de um Jesus que liberta deve ser lembrado, mas ao mesmo tempo não podemos viver de memória. A memória deve ser um mecanismo de imagem que possa trazer a reflexão, que sirva pra desmistificar o passado construído, que possa gerir idéias novas para o futuro. Da mesma forma que a arte não é memória a vida não deve passar a ser memória. A arte como a vida deve ser visionária, deslumbrante, incandescente!
Ainda na música, não é minha intenção falar sobre a melodia, mas a essência me preocupa, a essência do ‘lutar pra sobreviver’ deveria ser trocada por ‘lutar e viver’ ou ‘viver e lutar’, talvez essa essência nos impeça de ser luz no mundo e de fazer a diferença, talvez a essência errada nos deixe cegos. O medo da vida nos impede de viver plenamente e nos deixa apenas com o ‘sobreviver’. E Ele não queria isso (“...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” JO 10:10), essa moda de passividade que veio trazida de algum lugar(...) não condiz com a necessidade de superação que nos foi outorgada...
O pedido de ‘força’ deve ser para influenciarmos o mundo com o sal. Partir para a semântica das palavras (e aqui a uso com o sentido de significado no nosso entender) de força, fortaleza, forte, ajudar a suprir a expectativa desse mundo sedento por paz.
“I know the greatest man
I know my biggest fan
I know the best friend
I know the Great I Am
I know Him”
Salt Lamp, Disciple
Texto esperto que o Douglas Negrisolli me enviou.
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