11 de fev. de 2009

Tomou a pílula vermelha


A Pílula Vermelha

A cena de Matrix em que Morpheus oferece duas opções para Neo: a pílula vermelha da verdade, ou a azul, da realidade virtual, sempre me instigou: e se fosse eu? Será que um dia eu teria que escolher entre uma verdade dura, mas real, ou a maravilhosa ilusão?

No fundo eu sabia que a minha vida era uma Matrix, mas não sabia como poderia encontrar Morpheus e escolher ver a verdade.

Enquanto isso, eu continuava vivendo a vida normal da realidade virtual: trabalho trabalho trabalho, comer, dormir e se divertir desesperadamente para esquecer que a vida é só trabalho e poderia acabar a qualquer momento, sem eu ter a mínima idéia para quê aquilo tudo servia.

Depois de muito correr atrás da felicidade e do significado, eu estava cansada. Caiu a ficha que para o sistema da Matrix funcionar a felicidade tinha que continuar a ser um cacho de uvas inalcançável, de onde, às vezes, caiam algumas uvas meio podres.

Cansada, machucada e sem esperança de ser feliz o tempo todo, eu fazia vários questionamentos sobre o sentido daquela vida superficial que eu levava. Pronto. Comecei a olhar em volta e todos viviam naquela mesma corda bamba: faltava alguma coisa. Eu era Neo, percebendo que tinha algo muito estranho no mundo.

Soube o que estava de errado com o mundo: nada é para ser como deveria. As pessoas deveriam conviver mais, se amar mais, e não se isolar mais. O trabalho deveria servir para o sustento, e não o contrário. Quem tem muito deveria dividir com quem tem pouco.

Para mim ficou claro que tudo estava ao contrário. Eu queria tomar o caminho de volta, o caminho estreito da pílula vermelha e estar onde eu deveria estar. Ficou óbvio que o fim daquela vida contrária à natureza era a morte, e eu queria viver. Por ganância, o homem quis viver na independência de Deus, e destruiu o planeta, a natureza, as pessoas, e a própria vida.

Meus antepassados escolheram viver à margem do propósito real da vida. Ecolheram viver na matrix. Escolheram a morte.

Havia uma possibilidade. Um inocente morreu na Matrix para que, quem quisesse, saísse dela e voltasse a ter a vida real. Para que o buraco da alma fosse preenchido. Para que todos vivessem eternamente na realidade. Para que a verdade libertasse.

E tudo o que esse homem magnífico queria é que eu soubesse de seu sacrifício e o aceitasse. Por acaso o nome dele era Jesus.

Quando essa ficha caiu percebi que eu estava diante do dia mais importante da minha vida. Nada mais seria igual.

Qual vai ser, pílula vermelha ou azul?

Tomei a pílula vermelha. Tudo mudou. Renasci fora da Matrix, mas tenho livre acesso a ela, para ajudar os outros a sair. Este caminho é mas estreito, mas é o único caminho. Todos os outros são atalhos que levam ao precipício.

E é desse caminho que falaremos aqui.

Ellen Bileski tem 27 anos, é jornalista e mora em São Paulo. Tomou a pílula vermelha em 2008. Como renasceu fora da Matrix há pouco, está reaprendendo a andar. Dá vários tropeços, esses dias quase quebrou o nariz. Acha maravilhoso estar na mundo real.

fonte: Oxe Meo! Caminho Estreito, Sorriso Largo?

6 comentários:

  1. e aí thiago...sempre passo aqui...blog abençoado
    tem selo pra vc...passa lá...espero a visita!! paz aí!!

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  2. Oi, Thiago! Bacana estarmos por aqui! Deus te abençoe!
    Abraço
    Ellen

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  3. Olá!

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  4. Olá Thiago,

    parabéns pelo seu blog criativo, curativo, inspirativo, reflexivo e devocional.
    Fui apresentado a ele por meu irmão e tenho apresentado a muitos queridos. Sou pastor. Abraços

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  5. ótimo texto! precisamos tomar uma 'pílula vermelha' TODO dia!

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Fico muuuuuuuito feliz com a iniciativa de deixar seu comentário. Aqui você pode exercer sua livre expressão e opinião: criticar, discordar, concordar, elogiar, sugerir... pode até xingar, mas, por favor, se chegar a esse ponto só aceito ofensas contra mim (Thiago Mendanha) e mais ninguém, ok? rs