Trecho bem interessante de um texto escrito pelo filósofo William Lane Craig num artigo para a Christianity Today e publicado pela Cristianismo Hoje na edição número 8:
" A suposição de que vivemos em uma cultura pós-moderna não passa de um mito. Na verdade, esse tipo de cultura é impossível; não poderíamos viver nela. Ninguém é relativista quando se trata de ciência, engenharia e tecnologia - o relativismo é seletivo, só surge quando o assunto é religião e ética. Mas claro que isso não é pós-modernismo; é modernismo! Não passa do antigo verificacionismo, que sustentava que tudo que não se pode testar com os cinco sentidos é uma questão de preferência pessoal."
"Sob essa ótica, adequar o Evangelho à cultura pós-moderna leva à derrota. Deixando de lado as armas da lógica e da evidência, deixaremos o modernismo nos vencer. Se a Igreja adotar esse curso de ação, a próxima geração sofrerá consequências catastróficas. O Cristianismo se tornará apenas mais uma voz em meio a uma cacofonia de vozes que competem entre si - cada uma apresentando sua narrativa e alegando ser a verdade objetiva sobre a realidade."
E aí?
Por Leonardo Jr.
Chupinhei do Música, Guitarra, Futebol e Afins...
P.S.: Há os que acreditam que estamos em uma cultura pósmoderna e que isso infere no modo como encaramos nossa fé, crença e como somos igreja. Nessa linha temos, como exemplo, Brian Mclaren que parte desse ponto para entender melhor como deve ser a prática da igreja nessa possível cultura pósmoderna.
Valeu pela Visita Thiago!
ResponderExcluirEu acho que tem gente se preocupando demais com rótulos e conceitos e esquecendo das pessoas.
Tendo a concordar com o Craig em certos aspectos, mas concordo contigo. A cultura muda e as pessoas também. Não se pode ficar parado no tempo, utilizando métodos de 30 anos atrás.
Grande abraço!
Thiago, é bom ler sobre as teorias dos filósofos para entender um pouco sobre o mundo. Concordo com o que ele fala sobre o relativismo seletivo, porém a ciência por natureza está em constante mutação, desde que você possua as provas empíricas para provar que a teoria vigente é falha. Nas ciências humanas isso muda, porque não temos como provar empíricamente a validade de uma teoria. Cientificamente é impossível você afirmar qualquer teoria 100% válida nesta área. Homens são seres impressionantes pela capacidade de mudar...
ResponderExcluirEntendendo que a cultura muda e fazendo a relação com as escrituras, podemos ser mais efetivos na difusão do Evangelho.
Essas pessoas que não aceitam a mudança no mundo, tendem ser as mais conservadoras e vão acabar esquecidas no tempo...
Creio que na verdade, o cristianismo já vive essa situação descrita na segunda citação, pois muitos caminhos existem no meio cristão, são tantos e tão difusos que não se sabe ao certo que está falando a verdade. Não são todos cristãos? Então porque várias faces do mesmo Cristo?
ResponderExcluirA secularização fez com que abandonássemos a centralidade crucial do Cristo, o amor, agora o que vale é a lei da melhor oferta.
Agora o texto se lê assim: A demanda é grande, devemos aumentar a oferta.
Abração.
Ah uma certa contradição quando se tenta "encaixar" a pósmodernidade no quesito "Cristianismo" porque?: tende-se a usar os parâmetros vigentes para se explicar nosso modus vivendi,quanto mais se moderniza,mais os conceitos entram em processo de evolução. Verdades que se modificam, não dá né?
ResponderExcluirCraig, é claro, não escreve sobre o contexto brasileiro. Craig parece deixar de mencionar outros filósofos Europeus que falam sobre o pós-modernismo. E outros filósofos americanos, como John Caputo também. Sugiro a todos e a todas lerem o livro "PARA ENTENDER PÓS-MODERNIDADE" da Mary Rute Gomes Esperandio pela Editora Sinodal - um livro fininho mas muito bom. É de uma linguagem um pouco mais rebuscada, mas bem acessífel. Tomemos cuidado de não falarmos do que não entendemos como se entendêssemos. Sugiro nos esforçarmos um pouco mais.
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