23 de jun. de 2008

Descobertas diante da Telona


Muitos têm buscado o Jesus histórico nos últimos tempos. Querem saber se podemos confiar nos relatos dos evangelhos canônicos, desejam compreender o que está escrito e como foram concebidos os apócrifos ou pseudo-epígrafos. Dizem: “E este novo evangelho de Judas?”.

O que me surpreende é que não vejo o mesmo entusiasmo na busca por um Jesus pictórico, talvez pitoresco. O Jesus gracioso, envolvente e cativante, do “deixe que venham a mim os pequeninos”. O Cristo das gravuras infantis, do sorriso paterno e da misericórdia infindável. O Messias que nega a possibilidade de subir ao trono e se doa e que é Senhor da inclusão, do amor, da justiça social.

No ‘mundo’, busca-se um Jesus histórico. Na ‘igreja’, se fala de um Emanuel abstrato, cuja importância está no nascimento, na morte e na ressurreição, muitas vezes relegando ao esquecimento seu ministério de três anos na terra.

Nas telonas do cinema, em cartaz, vê-se um Aslan, o pitoresco, a gravura, a expressão artística de um Emanuel vívido e vivido por C.S. Lewis. Um verdadeiro ‘Deus Conosco’, que mostra ao Príncipe Cáspian e aos outros aquilo que ele realmente quer: relacionamento sincero. No seu rugido, sua justiça. Na sua imponência de leão, o reconhecimento de quem, factualmente, ele é. Na ternura de atitudes e expressões, ainda que um selvagem felino, ele revela como o rei é cheio de misericórdia.

Leitor, sugiro que você visite a sala de cinema mais próxima e descubra como narnianos podem se assemelhar ao povo de Israel nos momentos do exílio. Como os telmarinos se assemelham à raça humana em muitos aspectos. Enfim, faça as suas próprias descobertas pictóricas.

Victor Fontana, no blog Cristão inteligente. [via Pavablog]

PS. Se já assistiu, assita de novo... Vamos garantir todas as sequências de As Crônicas de Nárnia na telona...

Um comentário:

  1. Q texto maravilhoso!! Sou suspeita pra falar das Crônicas de Nárni... amo de mais! Sugiro a leitura do Livro das Crônicas q é mto mais completo e emocionante, cheio de princípios valiosos!

    "Descende de Adão e Eva - tornou Aslam. - É honra suficientemente grande para que o mendigo mais miserável possa andar de cabeça erguida, e também vergonha suficientemente grande para fazer vergar os ombros do maior imperador da Terra. Dê-se assim por satisfeito". Está em "Príncipe Caspian", uma das Crônicas de Nárnia.

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